quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Deus existe?


Amigos e amados irmãos em Cristo, a paz de Jesus!
Tenho percebido ao meu redor e no mundo propriamente dito, o quanto as pessoas tem se bastado a si mesmas estando fadadas ao insucesso e infelicidade e mesmo assim, muitas vezes não exergam ou não querem enxergar a realidade de suas vidas tão puramente egoístas. Algumas se dizem cristãs, outras que acreditam em um ser superior, outras possuem um lado espiritual independente de religião (essa é ótima, né?!) e alguns que se dizem ateus.

Estudando o catecismo da igreja e, um curso on-line que tenho feito, observei que a primeira parte trata da nossa profissão de fé que implica em crer em um Deus e na sua existência. Mas como provar que Deus existe? Porque algumas pessoas não acreditam na existência de Deus?

Que Ele existe, isso nós cristãos sabemos e podemos provar não por provas empíricas mas por argumentos que nos convencem e nos dão essa certeza. A nossa racionalidade vai buscando, investigando e questionando sobre a sua existência. Acredito que nossa estória pessoal, vida e crença familiar nos impulsionam a crer ou não crer, a querer saber mais ou não. Dessa forma, quando aparecem as dúvidas, surge a oportunidade de esclarecimento, dependendo apenas de nós mesmos resolver ou não essas dúvidas para encontrar as certezas. Cardeal Newman comparava pequenas certezas como pequenos fios de um cabo de aço que sozinhos são frágeis, mas juntos são robustos e sólidos, assim disse Pe. Paulo Ricardo em um curso sobre a catequese da igreja. Isso dizia para nos mostrar que quando as dificuldades do conhecimento vão sendo resolvidas, não deixam dúvidas mas criam certezas e convicções a respeito da nossa fé.

Mas então, como chegar a essa realidade da existência de Deus? Basta olhar ao nosso redor, olhar o mundo, a natureza o homem. Não é possível olhar tudo isso e achar que não exista um criador!? Além disso, no coração do homem também existe o sinal da existência de Deus. Mas se ele existe em meu coração, isso quer dizer que que sou d’Ele e para Ele, não fosse assim, não teria me criado. Por este motivo, muitos querem provar que não tem conhecimento de sua existência pois, implicaria se colocar sob o senhorio e obediência deste Deus. Vemos que o homem desde o pecado original já quis saber mais do que Deus, provando do fruto da árvore do bem e do mal, querendo desta forma mandar em si mesmo, não se sujeitar a obedecer o criador. Quis ser deus de sua vida, mesmo sem o ser e se deparou com o erro, o pecado, a dor, a ausência de estar em companhia e amizade de Deus. Foi livre escolha.

Por isso, hoje o homem tem dificuldade de aceitar que Deus existe, que fomos feitos por ele pois teremos de aceitar estar sob sua autoridade e obediência ao seu projeto. Dessa forma se vivermos e fizermos sua vontade seremos felizes, porém se desobedecermos viveremos a consequência de nossos atos. Agora, quando eu não acredito na existência de um Deus criador, logo me faço deus de mim mesmo e posso mandar em minha vida.

Vivemos em uma sociedade que caminha para o ateísmo, pois todas as vezes que me desvencilho da autoridade e obediência a Deus, acredito em minhas próprias convicções, estou me fazendo deus de mim mesmo e declarando não acreditar em um Deus vivo e verdadeiro, deixando de estar em obediência a Ele. Vemos isso de forma simples nas pequenas coisas como por exemplo “ter um lado espiritual independente de religião”, comentários do dia-a-dia como por exemplo não achar pecado isso, ou aquilo porque lhe convém, "sou católica mas uso anticoncepcional porque não tem nada a ver não acho pecado, sou a favor do aborto porque eu tenho direito sobre o meu corpo e minhas vontades, me confesso diretamente com Deus e não preciso de padre", etc... Ou seja, esses e outros pensamentos e comportamentos me levam a ser deus de mim mesmo pois decido o que é bom ou ruim para mim e não quero estar sob a obediência.

Mas, Deus é necessário para nossa alma. Porque??? Porque temos necessidade de um sentido, precisamos nos satisfazer para sermos felizes. Quando nossos projetos não se realizam, sentimo-nos frustrados, não alcançamos o nosso objetivo. Temos sede de um sentido em nossa vida e enquanto não encontramos o sentido, não nos satisfazemos, nos frustramos e deprimimos. Quantas e quantas pessoas no mundo hoje vivem com a doença do século – a depressão? Muitos podem me dizer que existem várias causas, sim existem. Mas, o fato é que em todos os casos, as pessoas só se deprimem por uma razão: a falta do sentido que se deparam em suas vidas, seja por falta de trabalho, pela perda de um ente querido, pelo uso de drogas, enfim, diversas causas que levam a razão principal que é a falta do sentido de suas vidas. Essa busca deve estar em primeiro lugar em nossos questionamentos: Qual o sentido de minha vida? É por isso que vivemos, em busca desse sentido. Já parou para se perguntar? Qual o sentido da minha vida, da sua vida?

Em tudo ao nosso redor, nas plantas, natureza, vemos um sentido para suas existências. Da mesmo forma, há também um sentido para a existência do homem e porque não haveria? Só não tem para quem não quer admitir e se colocar sob a autoridade de Deus, ou seja, para aqueles que se dizem ateus, pois requer se humilhar e admitir que são criaturas e não deuses. O homem torna-se portanto caminho de acesso para Deus se colocando sob sua autoridade, e para isso é necessário mais do que vontade, mas é necessário obediência e fé mais do que provas.

Termino este artigo, reescrevendo o n.35 do Catecismo da Igreja:
“As faculdades do homem o tornam capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-se ao homem e dar-lhe a graça de poder acolher esta revelação na fé. Contudo, as provas da existência de Deus podem dispor à fé e ajudar a ver que a fé não se opõe à razão humana.

Que Deus nos ilumine, nos dê sabedoria e nos faça sempre merecedores de sua presença em nossa vida. Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós!

Pati

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