quinta-feira, 15 de julho de 2010

VOCAÇÃO





Quando falamos de vocação se faz jus lembrar de que, a vocação fundamental e primária do ser humano, é o amor. Mas um amor desinteressado que vai além das palavras “I love you” e dos sentimentos “Eu gosto tanto de você…” Amar significa sair de si mesmo, do seu gosto, da sua vontade e dos seus próprios interesses e comodismos. Em outras palavras, ser dom para os outros.
O ser humano não pode realizar-se plenamente, senão no dom de si (GS, 24). Criados a imagem de Deus, que é Amor, só seremos plenamente felizes amando como Deus nos ama.
A vocação cristã é um encontro pessoal com Cristo. Toda a vida se unifica em torno a um só centro e ponto de referência: a amizade com Ele, viver com Cristo, por Cristo e em Cristo. Não se trata de um mero esforço singular e ascético, mas da descoberta da realização pessoal, portanto mais profunda e autêntica, explicitada conforme a tradição cristã.
Onde o dom da vida se torna recíproco, nasce assim a koinonia, a plena comunhão. Da amizade com Cristo nasce a Igreja, que é imagem “ícone” da Santíssima Trindade. Em Cristo, tomamo-nos um só Corpo, quase uma só Pessoa: “Vós todos sois um em Cristo Jesus”, nos dirá são Paulo (Gl 3,28).
A amizade com Jesus nos reúne na Igreja e a comunhão eclesial nos abre ao mundo, na missão evangelizadora. Portanto, toda a vocação é sempre em vista da missão de salvação do mundo.
Na Igreja, todos participamos da missão de irradiar o Evangelho, mas cada um conforme a vocação particular que Deus lhe deu, ou que está dando. Como saber qual é a minha vocação particular? Quem se esforçar por escutar a voz de Deus, no mais profundo da sua consciência, sendo acompanhado por pessoas idôneas, isto é, qualificadas segundo o magistério da Igreja, terminará descobrindo a própria vocação.
Poderíamos dizer também, que o contexto social pode favorecer ou até dificultar a descoberta da vocação, mas não inventá-la, nem destruí-Ia.
Temos que ter em mente que a vocação é uma iniciativa de Deus, é uma graça, não é uma conquista, e muito menos ainda, mérito nosso. É dom gratuito. O chamado de Deus penetra no nosso coração de modo suave, como quem entra na sua casa, sem bater à porta. Diria que, como a gota de água entra na esponja, sem fazer um só barulho.
O tentador, pelo contrário, age em nós com violência, como quando a gota cai sobre a pedra, mete-nos medo, inquieta-nos e desanima-nos, apresentando-nos muitas dificuldades. Depois de ter aderido a Cristo, o que nos inquieta, nos divide ou nos entristece vem com certeza do maligno. Toda vocação autêntica deverá ser decidida e vivida na paz e na constância.
É bom lembrar que, Deus nos chama, mas não nos força a respondê-Lo, Ele sendo Deus, sabe muito bem respeitar a nossa liberdade. Eu sou livre para acolher ou não o chamado de Deus. Maria disse o seu “fiat” (Lc 1,38), os santos disseram “sim”. Eu posso dizer, hoje, um “sim” pequeno e tímido, na esperança de dizer, amanhã, um “Sim” maior.
Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, como vemos na Sagrada Escritura (Rm 11,29). Nós podemos recuar, mas Deus é sempre fiel e constante no seu amor. Se Deus nos chama, mesmo que venhamos a desistir da vocação, nunca mais seremos os mesmos, porque Ele imprimiu em nós o seu selo (2 Cor 1,22). Ao chamar alguém, Deus diz: “Não temas. Eu estarei contigo!”
Pe. Martinho Maria de Porres, F.M.D.J.
Promotor Vocacional

Pe. Mateus Maria, FMDJ
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Panie Jezu Ufam Tobie!

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