quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"A Oração como encontro - Uma nova perspectiva de Vida" I Parte

Caríssimos irmãos, estamos nos aproximando de mais um fim de ano litúrgico, no próximo Domingo já entraremos no Tempo do Advento. Tempo em que a Igreja recorda da primeira vinda de Jesus, onde o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós e se prepara igualmente para sua segunda vinda. E hoje nos encontramos aqui para meditarmos, fazermos um checkup e vermos em que área da nossa vida precisamos mudar, e também nos reunimos para rezarmos e adorarmos o Senhor.

O tema deste retiro como vocês sabem é “A Oração como encontro – Uma nova perspectiva de Vida”. Este tema não é uma criação minha, ele já foi tratado por outro monge de mais notoriedade do que eu, cujo até um livro foi escrito. Anselm Grun, um monge beneditino alemão o trata de forma sucinta, buscando na herança monástica a base e o alimento para fundamentar este meio de alcançar a Deus na oração. Pois bem, eu aqui não estarei preso àquilo que ele escreveu, veremos esta herança monástica, sim, mas estaremos caminhando sob a guia da Sagrada Escritura no qual nos revela Deus que quer se comunicar com o homem e traze-lo para junto de Si.

Santa Teresinha do Menino Jesus definia a oração como “elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”. Santo Agostinho nos recorda que para rezarmos é fundamental que tenhamos um coração humilde, pois a humildade é o fundamento da oração, ela é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus e a oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele.

A maioria das pessoas define a oração como “um falar com Deus”, “conversar com ele”. Portanto, é um dialogo do homem com o seu Criador e Pai. Não é que esta definição esteja errada, ela está correta o que precisamos ver, e aqui entra o meu parecer, é que este diálogo pode cair diretamente num certo monólogo. Dialogar com uma pessoa é diferente que dialogar com Deus. Quando converso com uma pessoa eu entro na esfera da fala, mas também sou convidado a participar da escuta. Na oração, o diálogo com Deus, este convite pode parecer algo impossível de perceber. Isto devido às problemáticas que o homem moderno enfrenta. O homem não está sendo educado para escutar, as conpulsividades do homem está levando-o a este submundo, onde ele fala, fala, diz palavras até de forma frenética, mas não sabe, infelizmente parar e escutar o outro. Se isto acontece entre os humanos, imaginamos quanto a Deus.

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