quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Por que creio em Medjugorje - parte III



Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Damos seguimento hoje à transcrição de alguns capítulos do livro “Por que creio em Medjugorje”, do Padre Livio Fanzaga. Esta semana vamos ver que Medjugorje é um “oásis de paz” neste “mundo sem paz”.

DEUS ME PERMITE REALIZAR COM ELE ESTE OÁSIS DE PAZ
"A minha impressão é que nós cristãos não compreendemos ainda em todo o seu imenso valor a mensagem evangélica da paz. Quando se fala de paz pensamos quase instintivamente naquelas regiões do mundo onde existe guerra. Quase nunca nos detemos para meditar sobre o nosso coração, que frequentemente não está em paz nem com ele mesmo, nem com o próximo, nem com Deus. Um homem em paz se percebe num relance. Pode-se ver em seus olhos a luz, a tranqüilidade da alma e o acolhimento humilde. É calmo, disponível, otimista e até mesmo alegre. As tempestades da vida encrespam as ondas na superfície, mas não perturbam a paz profunda.
Não existe nada maior do que a paz de Deus. Ela é o início do paraíso. Para descrever a vida divina, Nossa Senhora nos diz que no céu existem a paz e a alegria. Estas duas expressões são frequentemente usadas juntas em suas mensagens. Pois bem, seu desejo e seu programa são que a paz e a alegria de Deus possam fluir para os nossos corações a fim de preenchê-los, para assim podermos doá-las àqueles que não as têm (25.10.1997). Neste seu intento, Maria se coloca no sulco profundo da mensagem evangélica. Quando ressoou pela primeira vez nos céus o anúncio divino da paz? Não foi porventura na noite de Natal, quando Jesus veio ao mundo? E a primeira saudação de Cristo ressuscitado, vencedor do mal, não foi porventura o da paz dirigido aos apóstolos fechados no cenáculo? A paz divina é o fruto da Redenção. É o anúncio fundamental do Natal e da Páscoa.
Maria, em Medjugorje, nos quer dar algo de essencial, sem a qual não se pode viver. Se em Lourdes se apresentou como a Imaculada Conceição e em Fátima como a Senhora do Rosário, em Medjugorje o nome de Maria é ‘Rainha da Paz’. Assim é chamada desde o início e já no terceiro dia das aparições deu chorando a sua mensagem principal. Várias vezes repetirá que este é o plano que recebeu de Deus, especialmente por ocasião da festa de Natal: ‘Queridos filhos! Eu os chamo à paz. Vivam a paz em seus corações e em seus ambientes, para que todos possam conhecer a paz que não vem de vocês, mas de Deus. (...) Celebrem o nascimento de Jesus com a minha paz, a paz com a qual eu vim, como Mãe de vocês, Rainha da Paz’ (25.12.1988).
O verdadeiro problema é entender, ou melhor, experimentar o que seja a paz divina: é o coração cheio do amor de Deus. Quando nos falta o amor, ficamos inquietos. Não temos paz e a procuramos. Quando o amor nos sacia, e isto só é possível com o amor divino, então nos sentimos em paz e transbordamos de alegria. Segundo São Paulo, o paraíso já está depositado em nós. Todas as mensagens da Mãe de Deus em Medjugorje têm esse objetivo. A fé, a oração, a penitência, a conversão e o início do caminho de santidade nos levam a gozar nesta vida da paz e da alegria divinas. Isto é o que o coração humano deseja e que procura em vão em outros lugares.
Todos aqueles que se deixaram guiar por Nossa Senhora sabem que a verdadeira felicidade não é uma ilusão e que é possível experimentá-la já nesta vida, ainda que levando diariamente a nossa cruz. Para realizar o seu plano de ‘fazer reinar a paz sobre toda a terra’ (25.12.1990), Nossa Senhora quer construir em Medjugorje ‘um oásis de paz’. Esta expressão impressionou muito os seguidores de Nossa Senhora, mesmo que não tenha sido compreendida imediatamente em toda a sua profundidade. E nasceu até mesmo uma família religiosa que leva este nome. Não nos iludamos. Antes das aparições, Medjugorje não era melhor que muitas outras paróquias da cristandade. Também ela era parte deste mudo inquieto e sem paz.
Deus misteriosamente escolheu este pedaço de terra pra fazer nele um oásis de paz de onde pudesse irradiar para todo o mundo a paz divina. Nossa Senhora anuncia este plano celeste, chamando os paroquianos a colaborarem: ‘Queridos filhos, Deus permitiu-me realizar, com Ele, este oásis de paz. Desejo convidá-los a conservá-lo de modo que se mantenha sempre puro. Existem aqueles que, com a sua indiferença, destroem a paz e a oração. Convido-os a testemunhar e a ajudar, com a sua vida, a conservar a paz’ (26.06.1986). Com infinita paciência, a Rainha da Paz coloca a mão no projeto. É necessário, antes de tudo, que haja a reconciliação com Deus. Um convite insistente à confissão adquire assim o seu verdadeiro valor. Trata-se, antes de mais nada, de reencontrar a amizade divina, caso contrário todo esforço é inútil: ‘Vocês não podem, filhinhos, realizar a paz se não estão em paz com Jesus. Por isso os convido à confissão, a fim de que Jesus seja a sua verdade e paz’ (25.01.1995).

Nossa Senhora certamente conseguiu, no curso dos anos, tocar os corações e construir o que desejava, apesar dos limites relativos à condição humana. De fato, quem chega em Medjugorje respira verdadeiramente, mesmo que não esteja consciente, um clima de paz que dificilmente se encontra em outro lugar. Isto aconteceu mesmo nos primeiros anos, quando o regime comunista controlava e não raramente procurava molestar a população."

(A ser continuado...)



Traduzido do italiano para o português por Tania



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