terça-feira, 30 de agosto de 2011

POR QUE CREIO EM MEDJUGORJE - Parte II


Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Continuando a leitura de alguns capítulos tirados do livro “Por que creio em Medjugorje”, do Padre Livio Fanzaga, concluímos hoje o capítulo “Paz, paz, paz: um mundo sem paz”, iniciado semana passada.


“A paz é o fruto de todas as mensagens que Nossa Senhora deu em Medjugorje. Ela vê o mundo assim como ele é na sua verdade diante de Deus. É um mundo orgulhoso que presume poder construir a si mesmo sem Deus e que procura na riqueza e no poder a razão de viver e de agir. Para este mundo inquieto não existe nem futuro nem salvação eterna (25.01.1997). Para que a humanidade entre no tempo de paz que o coração de Maria ‘aguarda com impaciência’ (25.06.1995) é necessário percorrer o caminho da conversão e do retorno a Deus.

De fato, os homens só poderão reconhecer-se como irmãos quando tiverem feito a paz com Deus, voltando a ser Seus filhos. Qualquer tentativa de realizar a paz sem Deus está condenada ao fracasso. Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os construtores. ‘Queridos filhos – advertiu Nossa Senhora alguns meses antes que irrompesse a guerra – hoje os convido a se decidirem por Deus, porque o afastamento de Deus tem como fruto a falta de paz em seus corações. Somente Deus é paz. Por isso, aproximem-se Dele através de sua oração pessoal e depois viverão a paz em seus corações. Assim, a paz dos seus corações poderá correr como um rio pelo mundo inteiro. Não falem de paz, mas construam-na!’ (25.02.1991). Quem não se lembra da insistência com que Maria nos exortou à oração e ao jejum durante os anos do tremendo conflito? ‘Só com a oração e o jejum se pode terminar a guerra’ (25.04.1992), afirmou num dos momentos mais turbulentos do conflito, quando satanás tentava ‘seduzir tantas almas quanto possível’.

Lembro-me que bem naqueles meses um grupo de várias centenas de italianos tentava chegar a Sarajevo, cercada pelas milícias opostas, para testemunhar a paz. Adiantaria esta marcha? – eu me perguntava, quando os organizadores me pediram que a tornasse conhecida através dos microfones da Rádio Maria. Fiquei hesitante até que troquei algumas palavras com o Mons. Tonino Bello, um dos organizadores da marcha junto com o Mons. Bettazzi. Estávamos no auge do inverno. Estes homens haviam decidido prosseguir em meio ao gelo, à fome, à miséria e ao perigo, para levar a mensagem da paz e da alegria a Sarajevo.

Mons. Bello me impressionou muito porque, enquanto conversávamos, nem parecia que ele fosse um bispo, pela forma tão tímida e humilde com que se apresentava. Já estava sofrendo, minado por um tumor que em breve o levaria para o céu. Falava com a humildade, mas, ao mesmo tempo, com o fervor e o zelo de um verdadeiro servo do Senhor. Eu tinha preparado uma objeção: ‘Monsenhor, me parece que a oração serve mais do que a marcha’. Mas depois não lhe disse nada. Convidei-o a falar sem medo da marcha pela paz através dos microfones da Rádio Maria. Compreendi que ele, muito mais do que nós, vivia a mensagem de Maria de sermos ‘alegres portadores de paz neste mundo sem paz’ (25.06.1995). Percebi que naquele gesto, que continha o risco de vida, estava a mais alta forma de oração e de jejum.

Nossa Senhora conduziu a paróquia de Medjugorje durante o tenebroso período da guerra, pedindo orações, jejum, sacrifícios e impulsos de amor. Ela mesma, no final, agradeceu pela ajuda recebida a fim de esmagar a cabeça da serpente do ódio e da limpeza étnica: ‘Queridos filhos! Hoje eu lhes agradeço pelas suas orações. Todos vocês me têm ajudado para que esta guerra termine o mais depressa possível Eu estou perto de vocês, rezo por cada um de vocês, e suplico-lhes: rezem, rezem, rezem! Somente através da oração nós podemos vencer o mal e proteger tudo aquilo que Satanás quer destruir em suas vidas’ (25.02.1994).
Por que será que foi com a oração que se pôde acabar com a guerra? A razão profunda deve ser procurada na raiz mesma da guerra, a qual reside num coração que vê no irmão um adversário. Para que o olhar mude e o inimigo se torne um amigo é necessário que o amor do Pai celeste entre no coração. Então aquele que você queria aniquilar se torna um irmão a abraçar. Mas isso só é possível quando na oração se faz a experiência do amor com que Deus ama infinitamente e sem exceção a todos os homens. Um mundo sem Deus e sem oração é inevitavelmente um mundo sem amor e sem paz. Para este mundo não há futuro senão o espectro da autodestruição. Mas se o homem retorna para Deus e experimenta a sua paz, então o futuro verá a civilização do amor.”

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