quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bispo descreve experiências exorcizando demônios


No livro “Eu, bispo exorcista”, o então diocesano de Isernia-Venafro, Itália, descreve suas experiências de exorcista e as surpreendentes conclusões a que foi levado durante uma década de prática do Exorcistado (D. Andrea Gemma, “Io, vescovo esorcista” (“Eu, bispo exorcista”), Editora Mondadori, Milão, 2002, 208 pp. Todas as citações do post são extraídas desse livro. Não sabemos se o livro foi vertido ao português) ..

Na manhã de 29 de junho de 1992, o novo bispo de Isernia-Venafro, D. Andrea Gemma, saía da Basílica Vaticana, olhando pensativo para a Praça de São Pedro. As palavras de São Mateus, ”as portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16,18), ecoavam em seu espírito com um atrativo sobrenatural. E lhe inspiravam graves considerações:

1) a ação do demônio não só não diminuiu, mas multiplicou-se;
2) o demônio é consciente de que dispõe de pouco tempo;
3) Nosso Senhor Jesus Cristo deu à Igreja enorme poder contra Satanás;
4) para não ser derrotado, o demônio faz tudo para agir no silêncio;
5) chegou o momento de desmascarar a ação insidiosa de Lúcifer e enfrentá-lo de viseira erguida, com as armas de que a Igreja dispõe. (pp. 11-12).

Por que não se fala da necessidade de exorcismo? Voltando à sua diocese, a 170 km de Roma, D. Andrea decidiu pôr em prática o mandato divino “expulsai os demônios” (Mc 16,17). Porque, explica ele, para o bispo, exorcizar “não é uma escolha, é obrigação” (p. 21). Dever grave de instituir exorcistas E cita o Pe. Gabriele Amorth que foi durante muitos anos exorcista oficial da diocese de Roma:

“Um bispo que não estabelece pelo menos um exorcista na sua diocese não está isento de pecado mortal por grave omissão” (p. 24).

O resultado foi surpreendente. O poder do inferno se lhe revelou em todo o seu horror e em toda a sua extensão. “Quantas vezes — escreve o bispo —, nos meus colóquios cotidianos, freqüentemente difíceis, com os doentes de todo tipo, esta verdade se punha diante de mim: ‘Por que não nos falaram antes destas coisas? Por que não nos alertaram com uma adequada instrução? Por que não nos preservaram a nós, grei de Cristo, da devastação dos lobos famintos?” (p. 113).

“Se todos os bispos fossem como você, estaríamos completamente vencidos, e imediatamente” (p. 12), gritou-lhe um demônio por meio de uma mulher possessa, acrescentando em uma outra ocasião: “[mas] vocês são poucos” (p. 62).

Poder da promessa de Nossa Senhora em Fátima Em 1992, o prelado publicou a pastoral As portas do inferno não prevalecerão. Nela, alertava: “A ação infestante e obscura de Satanás [...] está, acreditai-me, mais difundida e é mais nefasta do que se possa pensar” (p. 15). Na pastoral, D. Andrea convocou a diocese para “uma luta sem quartel, concertada e eficaz contra o mal e as suas artes” (p. 16).

O bispo promoveu orações públicas que congregavam multidões vindas de muito longe. O Maligno se externava visivelmente, e aqueles que sofriam alguma ação diabólica eram levados à sacristia para serem objeto de exorcismos específicos.

O bispo não imaginava que sua pastoral daria a volta ao mundo, sendo traduzida em várias línguas. Cartas, imprensa, pessoas de toda Itália e até do exterior, apelando ao seu socorro porque sentiam alguma ação diabólica ou estavam possessas, lhe mostraram que muitos fiéis estavam esperando algo do gênero.

Nos exorcismos, D. Andrea pôde constatar o enorme poder de Nossa Senhora e da Igreja sobre as potências do abismo:

“Se quero ver o demônio realmente furioso, basta jogar-lhe água benta, pronunciando esta minha doce certeza: ‘por fim, o Coração materno de Maria triunfará’. ‘Sim!!!’, me responde, sempre rangendo os dentes. Mas algumas vezes acrescenta um desafio: ‘neste meio tempo, quantos levaremos conosco’...” (p. 63).

 D. Andrea interrogou várias vezes os demônios possuidores: — ”Vós, que vexais as vossas vítimas, tirais algum proveito ou alívio disso? — Não, pelo contrário, nós sofremos um maior agravamento das nossas penas. — E, então, por que o fazeis? — Por ódio, por ódio, por ódio” (p. 61)....

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