quinta-feira, 28 de abril de 2011

A MISERICÓRDIA DA SALVAÇÃO ETERNA - LITURGIA DIÁRIA , 29 DE ABRIL DE 2011

A MISERICÓRDIA DA SALVAÇÃO ETERNA
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
« A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos impende »(Lc 10,42). A MISERICÓRDIA da eterna salvação é, sem dúvida, o mais importante, e, contudo, é aquele de que os cristãos mais se esquecem!



Não há diligência que não se efetue, nem tempo que não se aproveite para obter algum cargo, ganhar uma demanda, ou contratar tal casamento... Quantos conselhos, quantas precauções se tomam! Não se come, não se dorme!...E para alcançar a salvação eterna? O que se faz? Nada se costuma fazer; ao contrário, tudo o que se faz é para perdê-la, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juízo, o inferno, a glória e a eternidade não fossem verdades de fé, mas apenas fábulas inventadas pelos poetas. Quanta aflição quanto se perde um processo ou uma colheita e quanto cuidado para reparar o prejuízo!... Quando se extravia um cavalo ou um cão, quantas diligências para encontrá-los. Muitos perdem a graça de Deus, e entretanto dormem, riem e gracejam!...“Mas vós, disse São Paulo, vós, meus irmãos, pensai unicamente no magno assunto de vossa salvação, pois constituiu o negócio da mais alta importância”. É, sem contestação, o negócio mais importante, porque é das mais graves conseqüências, em vista de se tratar da alma, e, perdendo-se esta, tudo está perdido. Devemos estimar a alma – disse São João Crisóstomo, como o mais precioso dos bens. Para compreender esta verdade, basta considerar que Deus sacrificou seu próprio Filho à morte para salvar nossas almas (Jo 3,16). O Verbo Eterno não vacilou em resgatá-las com seu próprio sangue (I Cor 6,20). Daí esta palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Que dará o homem em troco de sua alma?” (Mt 16,26). Se tem tamanho valor a alma, qual o bem do mundo que poderá dar em troca o homem que a vem a perder? Razão tinha São Filipe Neri em chamar de louco o homem que não trabalhava na salvação de sua alma. Se houvesse na terra homens mortais e homens imortais e aqueles vissem estes se aplicarem afanosamente às coisas do mundo, procurando honras, riquezas e prazeres terrenos, dir-lhes-iam sem dúvida: « Quanto sois insensatos! Podeis adquirir bens eternos e só pensais nas coisas miseráveis e passageiras, condenando-vos a penas eternas na outra vida!... Deixai-os, pois, nesses bens só devem pensar os desventurados que, como nós, sabem que tudo se acaba com a morte!... ». Isto, porém, não é assim: todos somos imortais...A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos impende (Lc 10,42). “Que aproveita ao homem, disse o Senhor, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt 16,26). Se tu te salvas, meu irmão, nada importa que no mundo hajas sido pobre, perseguido e desprezado. Salvando-te, acabar-se-ão os males e serás feliz por toda a eternidade. Mas se te enganares e te perderes, de que te servirá no inferno haveres desfrutado de todos os prazeres do mundo, teres sido rico e cortejado? Perdida a alma, tudo está perdido: honras, divertimentos e riquezas. Dirá Deus para ti no dia do Juízo, que coloquei-te neste mundo não para divertir-se, nem enriquecer, nem adquirir honras, senão para salvar sua alma, infelizmente a tudo tu atendeste, menos à salvação de tua alma! Os mundanos não pensam no presente e nunca no futuro. Este é o único negócio, porque só temos uma alma. “Com receio e com tremor, trabalhai na vossa salvação” (Fl 2,12). Quem não receia nem teme perder-se não se salvará, porque para se salvar é preciso trabalhar e empregar violência (Mt 11,12). Negócio importante, negócio único, negócio irreparável. Não há falta que se possa comparar, diz Santo Eusébio, ao desprezo da salvação eterna. Todos os demais erros podem ter remédio. Perdido os bens, é possível readquirir outros por meio de novos trabalhos. Perdido um emprego, pode ser recuperado. Ainda no caso de perder a vida, se salvar a alma, tudo está preparado. Mas, para quem, se condena, não há possibilidade de remédio. Morre-se uma vez, e perdida uma vez a alma, está perdida para sempre. Só restará o pranto eterno com os outros míseros insensatos do inferno, cuja pena e maior tormento consiste em pensar que para eles já não há mais tempo de remediar sua desdita (Jr 8,20). qual não seria o pesar daquele, que, tendo podido prevenir e evitar com pouco esforço a ruína de sua casa, a encontrasse um dia desabada, e só então considerasse seu descuido, quando não houvesse já remédio possível? E se alguém objetar: Mesmo que cometa este pecado, porque ei de condenar-me?... Acaso, não poderei salvar-me? Responder-lhe-ei: Também pode ser que te condenes. Ainda direi que até há mais probabilidade em favor de tua condenação, porque a Sagrada Escritura ameaça com este tremendo castigo os pecadores obstinados, como tu o és neste instante. “Ai dos filhos que desertam!” (Is 30,1), diz o Senhor. “Ai daqueles que se afastam de mim” (Os 7,13). E não pões ao menos, com esse pecado cometido, a tua salvação eterna em grande perigo e grande incerteza? E qual é esse negócio que assim se pode arriscar? Não se trata de uma casa, de uma cidade, de um emprego; trata-se, diz São João Crisóstomo, de padecer uma eternidade de tormentos e de perder um paraíso de delícias. E esse negócio, que tanto te deve importar, queres arriscá-lo por um “talvez”? Acaso, esperas que Deus aumente para ti suas luzes e suas graças depois que tu hajas aumentado ilimitadamente tuas faltas e pecados? O dia da morte é chamado o dia da perda, porque perdermos as honras, as riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos. Por esta razão diz Santo Ambrósio que não podemos chamar nossos, esses bens, porque não podemos levá-los conosco para o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade. “De que serve, pois, ganhar o mundo inteiro, se à hora da morte, perdendo a alma, tudo perde?”... Oh! Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires moveu a dar a vida por Cristo! Por meio destas máximas soube Santo Inácio de Loyola chamar para Deus inúmeras almas, entre elas a alma formosíssima de São Francisco Xavier que, residindo em Paris, ali se ocupava em pensamentos mundanos. “Pensa, Francisco, lhe disse um dia o Santo, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre; mas ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar essa felicidade? Mais que tua vida? E no fim dela, levarás tua dita para a eternidade? Existe, porventura, algum poderoso que tenha levado para o outro mundo uma moeda sequer ou um criado para seu serviço?...” Movido por estas considerações, São Francisco Xavier renunciou ao mundo, seguiu Santo Inácio de Loyola e se tornou um grande santo. É mister pesar os bens na balança de Deus e não na do mundo, que é falsa e enganadora (Os 12,7). Os bens do mundo são desprezíveis, não satisfazem e acabam depressa. “Meus dias passaram mais depressa que um correio; passaram como um navio...” (Jo 9,25). Passam e fogem velozes os breves dias desta vida; e o que resta por fim dos prazeres terrenos? Passaram como navios. O navio não deixa vestígio de sua passagem (Sb 5,10). “O tempo é breve...os que se servem do mundo, sejam como se dele não se servissem, porque a figura deste mundo passa...” (I Cor 7,31). Procuremos, pois, viver de maneira que à hora de nossa morte não se nos possa dizer o que se disse ao néscio mencionado no Evangelho: “Insensato, nesta noite há de exigir de ti a entrega de tua alma; e as coisas que juntaste, para que serão?” (Lc 12,20). E logo acrescenta São Lucas: “Assim é que sucede a quem enriquece para si, e não é rico aos olhos de Deus” (Lc 12,21). Mais adiante diz: “Procurai entesourar para o céu, onde não chegam os ladrões nem rói a traça” (Mt 6,20). Façamos, pois todo o esforço para adquirir o grande tesouro do amor divino. “Que possui o rico, se não tem caridade? E se o pobre tem caridade, o que não possui?”, diz Santo Agostinho. Quem possui todas as riquezas, mas não possui a Deus, é o mais pobre do mundo. Mas o pobre que possui a Deus possui tudo... E quem é que possui a Deus? Aquele que o ama. “Quem, permanece na caridade, em Deus permanece, e Deus nele” (I Jo 4,16)


DIA : 29 DE ABRIL DE 2011



PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 4, 1-12

OITAVA DA PÁSCOA - (branco, glória, pref. da Páscoa I - ofício próprio) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - 1E, enquanto êles falavam ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o magistrado do templo, e os saduceus, 2contrariados porque ensinavam ao povo e anunciavam, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos. 3Prenderam-nos e os meteram no cárcere até o outro dia, pois já era tarde. 4Muitos, porém, dos que tinham ouvido a pregação creram; e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil. 5No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém os chefes do povo, os anciãos, os escribas, 6com Anás, sumo sacerdote, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem pontifical. 7Colocando-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em que nome fizestes isso? 8Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: Chefes do povo e anciãos, ouvi-me: 9se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, 10ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós. 11Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos. - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (SALMO 117)

REFRÃO: A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular
1. Aleluia. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia. Diga a casa de Israel: Eterna é sua misericórdia. - R.
2. E vós, que temeis o Senhor, repeti: Eterna é sua misericórdia. - R.
3. A pedra rejeitada pelos arquitetos tornou-se a pedra angular. Isto foi obra do Senhor, é um prodígio aos nossos olhos. Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade. - R.
4. Senhor, dai-nos a salvação; dai-nos a prosperidade, ó Senhor! Bendito seja o que vem em nome do Senhor! Da casa do Senhor nós vos bendizemos. O Senhor é nosso Deus, ele fez brilhar sobre nós a sua luz. Organizai uma festa com profusão de coroas. E cheguem até os ângulos do altar. - R.

EVANGELHO : João 21, 1-14

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - 1Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. 3Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. 4Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. 5Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe. 6Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. 7Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. 8Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). 9Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. 10Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. 11Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. 12Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. 14Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/05/1996 - Hoje, desejo agradecer-lhes por todas as suas orações e sacrifícios que Me ofereceram, durante este mês a Mim consagrado. Filhinhos, desejo também que todos vocês sejam ativos neste tempo que, através de Mim, está unido ao Céu de modo especial. Rezem para compreender que, com a sua vida e com o seu exemplo, é preciso que todos vocês colaborem na obra da salvação. Filhinhos, Eu desejo que os homens se convertam e vejam em vocês a Mim e ao meu Filho Jesus. Eu intercederei por vocês e ajudá-los-ei a se tornarem luz. Ajudem aos outros, porque, ajudando-os, as suas almas também encontrarão a salvação - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


"...O Senhor, se exige alguma coisa da alma, dá-lhe a possibilidade de executá-la e, pela graça, torna-a capaz de realizar o que dela exige. E, assim, ainda que a alma seja a mais miserável, pode, por ordem do Senhor empreender coisas que ultrapassam o seu entendimento. O sinal, pelo qual se pode conhecer que o Senhor está com essa alma, é que nela se manifesta esse poder e essa força de Deus que a torna corajosa e valente. Quanto a mim, sempre de início me atemorizo um pouco com a grandeza do Senhor, mas depois penetra na minha alma uma paz profunda e imperturbável, uma força interior para o que o Senhor está exigindo em determinado momento" (DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA, 1090)



Segundo SÃO TOMÁS, Deus nos abandona no perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos. SÃO BERNARDINO DE SENA diz que dentre todos os conselhos de Jesus Cristo, o mais importante e como que a base de toda a religião, é aquele pelo qual nos recomenda a fuga da ocasião de pecado. Se fores, pois, tentado, e especialmente se te achares em ocasião próxima, acautela-te para não te deixares seduzir pelo tentador. O demônio deseja que se se entretenha com a tentação, porque então torna-se-lhe fácil a vitória. Deves, porém, fugir sem demora, invocar os santos nomes de JESUS e MARIA, sem prestar atenção, nem sequer por um instante, ao inimigo que te tenta. S. Pedro nos afirma que o demônio rodeia cada alma para ver se a pode tragar: “Vosso adversário, o demônio, vos rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar” (I Ped 5, 8). SÃO CIPRIANO, explicando essas palavras, diz que o demônio espreita uma porta por onde possa entrar na alma; logo que se oferece uma ocasião perigosa, diz consigo mesmo: ‘eis a porta pela qual poderei entrar’, e imediatamente sugere a tentação. Se então a alma se mostrar indolente para fugir da tentação, cairá seguramente, em especial se se tratar de um pecado impuro. É a razão por que ao demônio mais desagradam os propósitos de fugirmos das ocasiões de pecado, que as promessas de nunca mais ofendermos a Deus, porque as ocasiões não evitadas tornam-se como uma faixa que nos venda os olhos para não vermos as verdades eternas, as ilustrações divinas e as promessas feitas a Deus - [SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO , Escola da Perfeição Cristã, Compilação de textos do Santo Doutor pelo padre Saint-Omer, CSSR, IV Edição, Editora Vozes, Petrópolis: 1955, páginas 44-48]



A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTA CATARINA DE SENA -Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347. Voltada à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e de frágil constituição física, conseguia mover homens para a reconciliação e paz como um gigante.Dotada de dons místicos, recebeu espiritual e realmente as chagas do Cristo; além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da qual teve origem sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação dos seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois Papas, sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380, repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".Santa Catarina de Sena, rogai por nós!



































































































































































































































































































































































































































































































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