quarta-feira, 9 de março de 2011

Tarde demais!


Prezados irmãos, a paz! Nosso estimado padre Jozo nos exorta a mantermos nossa lâmpada acesa, antes que seja "tarde demais", e nos lembra que “normalidade é a paz, não a guerra, normalidade é a tranquilidade, não o nervosismo!". Boa leitura!

“Desejo fazer referência à parábola das dez virgens (cf. Mt 25,1-13). A noiva escolhe dez meninas amigas para acompanhá-la às bodas. Elas devem ficar acordadas, com suas lâmpadas, esperando pela chegada do noivo. Cinco delas não consideraram como um privilégio a confiança que a noiva tinha colocado nelas; ficaram cansadas e adormeceram. Esqueceram as lâmpadas, esqueceram o óleo, esqueceram tudo pensando que, na chegada do noivo, as outras cinco jovens as avisariam e elas ficariam prontas em tempo para recebê-lo.
Mas não foi assim! Eis que, quando chegou o noivo, não tiveram tempo de acender as lâmpadas, faltava o óleo, faltava tudo. As virgens prudentes, que tinham permanecido vigiando, entraram junto com a noiva e participaram do banquete, as tolas ficaram de fora.
Diz a parábola: a porta foi fechada. Quando as jovens tolas conseguiram acender suas lâmpadas, bateram insistentemente à porta: “Abram, somos amigas”. Mas era tarde demais e receberam esta resposta: “Não vos conheço”. Lembrem-se também da porta fechada da Arca de Noé: “O Senhor fechou a porta atrás de Noé” (cf. 7,16). Quando começou o dilúvio, muitos teriam querido entrar, mas a porta não foi aberta, porque era tarde demais.
Na parábola das virgens, caríssimos irmãos, eu vejo a lâmpada que a Igreja recebeu desde o seu início. Somos, portanto, responsáveis pelo encargo que recebemos durante a nossa vida, somos responsáveis pela nossa missão. Tu podes recusar a tua lâmpada. Muito bem! Podes esquecê-la. Muito bem! Podes adormecer. Muito bem! Mas o que acontece depois? Acontece que não há luz para seguir o verdadeiro caminho que leva à vida, não consegues encontrar a porta! Se nossa lâmpada não estiver acesa, nós estamos nas trevas, nas indecisões, não conseguimos aceitar os outros.
Uma pessoa, num lugar desconhecido e sem luz, não se move, tem medo. A vida é um mistério, não sabemos o que acontecerá no futuro. Cada momento é um momento novo, cada experiência é uma experiência nova. Mas a pessoa que não tem medo diante das situações e das adversidades da vida é aquela cuja lâmpada está acesa e, quando chega um momento difícil, consegue fazer a escolha de aceitar a vontade de Deus com força, generosidade e alegria. Infelizmente, muitos estão nas trevas como os doentes que não conseguem mover-se porque esqueceram a lâmpada e não sabem dar um sentido à sua vida. O que acontece nos hospitais? Quem pode curar todos os enfermos do mundo?
Não existe, caríssimos, um remédio, nem existem cientistas que possam ajudar todas as pessoas. Não existem. Não! Porque, quem não pode iluminar, não pode ajudar. Nós devemos saber que é a Igreja que tem a única resposta válida: o dom da oração, para iluminar cada instante da nossa existência. São muitas as doenças incuráveis do nosso tempo que se tornaram assim porque são doenças do espírito. A pessoa precisa de certezas!
Normalidade é a paz, não a guerra!
Normalidade é a tranqüilidade, não o nervosismo!
Normalidade é a segurança, não o vazio!
A pessoa que não reza, logo fica doente espiritualmente.
Vereis que, logo, nos hospitais os médicos darão um conselho: 'Comecem a rezar, comecem a rezar'. Mas será tarde demais!"

Pe. Jozo Zovko

Traduzido do italiano para o português por Tania Laier

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