quarta-feira, 23 de março de 2011

"Cantai ao Senhor um Cântico Novo"







Retiro realizado na Casa de Retiros "Mosteiro Menino Jesus" pregado pelo Padre Martinho Maria de Porres, FMDJ


A Águia e as Galinhas

Certo dia um camponês, enquanto caminhava por uma floresta, encontrou um filhote de águia, machucado e desprotegido. Levou-o consigo para casa, colocou no seu galinheiro o pequeno pássaro, onde ele pode se ambientar e se recuperar. O filhote aos poucos cresceu e aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar da mesma maneira que elas.
Um belo dia um naturalista percorrendo aquelas redondezas, passou na casa do camponês e vendo a águia ciscando o chão, como as demais galinhas, foi falar com o senhor:
- Isto não é uma galinha, é uma águia!
O camponês retrucou:
- Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha, como as outras!
O naturalista disse;
- Não, uma águia é sempre uma águia, quer ver uma coisa...
Levou a águia para cima da casa do camponês, elevou-a nos braços e disse:
- Voa, você é uma águia, assuma a sua natureza! Mas a águia não voou, e o camponês disse:
- Eu não falei que ela agora é uma galinha!
Mas o naturalista respondeu:
- Amanhã, veremos...
No dia seguinte, logo de manhã. Eles subiram até o alto de uma montanha. O naturalista levantou a águia e disse:
- Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo. Veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua verdadeira natureza e voe como águia que é...
A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no início, sem entender por que tinha ficado tanto tempo alienada, como se fosse uma galinha. Então, ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, devagar, suas asas e partiu num voo lindo, até que desapareceu no horizonte azul.

No capítulo 17 do Evangelho segundo são João, Jesus intercederá ao Pai pelos seus discípulos, mas também por todos aqueles que um dia viriam segui-Lo!

Caríssimos irmãos, o Filho de Deus veio a este mundo para nos lembrar e nos mostrar a nossa verdadeira natureza, não somos daqui deste mundo, pertencemos ao Pai. Não pertencemos ao mundo, estamos aqui de passagem por isso não devemos nos alienar, vivendo ou até ciscando como se fossemos ficar aqui eternamente. Precisamos, como dirá são Paulo: “combater o bom combate” e corrermos em busca daquele verdadeiro prêmio o incorruptível. Que a Palavra de Deus faça ecoar dentro de nós neste dia, um cântico novo semelhante aquele que a Virgem Santíssima, a Rainha da Paz, cantou no seu Magnificat, que nossa alma também engrandeça o Senhor...

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