sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Entrevista com Jim Caviezel, o Ator Protagonista de "A Paixão de Cristo", um Testemunho de Fé e Amor a Medjugorje


Jim Caviezel: "Se não fosse por Medjugorje, eu não teria atuado no filme "A Paixão de Cristo".


Jim Caviezel tornou-se um ator mundialmente conhecido pelo papel principal no filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson. Quem é esse ator que de forma tao impressionante interpretou Jesus? Particularmente ele afirma que se não fosse por Medjugorje, não aceitaria interpretar esse papel. A saber, em Medjugorje ele tinha experimentado uma dimensão da fé que era desconhecida a ele até então. Em Fevereiro veio a Medjugorje pela sexta vez como peregrino, e visitou Viena depois dessa viagem. Quando estava em Viena teve a entrevista com o cristão Stelzer para a revista “Oase des Friedens”, e esta entrevista traduzida em croata pode ser encontrada na edição nova de “Glasnik mira” de Medjugorje.

Jim, você poderia nos dizer como você soube a respeito Medjugorje?
Minha esposa veio a Medjugorje enquanto eu estava na Irlanda, durante as filmagens do “Conde de Monte Cristo”. As coisas não estavam indo tão bem, embora eu trabalhasse sete dias por semana. Um dia ela me ligou e eu pude notar pelo tom de sua voz que estava acontecendo uma mudança. Ela começou falar sobre Medjugorje, e sobre a vinda de um dos videntes a Irlanda… eu a interrompi dizendo: “Escute, eu tenho realmente um trabalho sério a fazer, não posso lidar esses videntes agora.” Além do mais, eu pensava que não é porque sou católico que tenho necessariamente que aceitar Lourdes ou Fátima ou Medjugorje. Esse era o meu pensamento. Eu recordo que na escola católica que frequentei há tempos em minha vida, uma vez nós ouvimos sobre Medjugorje, nós ficamos muito entusiasmados com os acontecimentos, mas quando ouvimos que o bispo local estava rejeitando as aparições e as considerando falsas, nós consequentemente perdemos interesse.
Então, o vidente Ivan Dragicevic veio a Irlanda. Eu disse desde o início que eu não teria tempo para ele, já que eu tinha que trabalhar sem parar. Um dia, meu colega de trabalho Jim Harris não estava se sentindo bem. Me deram o dia de folga e então pude assistir a uma aparição. Fiquei comprimido no fundo da igreja e não sabia exatamente o que iria acontecer. Quando o homem que estava ao meu lado em sua cadeira de rodas caiu de joelhos no momento da aparição, eu fui tocado profundamente. Eu pensei, este homem deficiente, apesar de todas suas dores está se ajoelhando no assoalho de pedra frio e rezando!
Hoje eu percebo que foi somente por Deus que me conhece tão bem soube onde exatamente precisava me tocar para chamar minha atenção! Embora possa soar estranho, no domingo da mesma semana, eu tive outro dia de folga e pude encontrar Ivan, que era o desejo especial da minha esposa. Na hora da aparição eu ajoelhei-me perto dele e disse em meu coração: “Ok, aqui estou. Eu estou pronto. Faça comigo o que você quiser.” No mesmo momento eu senti algo me preenchendo. Era tão simples e também tão único. Quando eu me levantei, lágrimas escorriam em minha face e eu comecei chorar com o todo meu coração.
Ivan disse-me: “Jim, o homem encontra sempre tempo para aquilo que ama. Se alguém que não tem tempo, de repente encontra uma garota e se apaixona por ela, encontrará sempre tempo para ela. As pessoas não têm tempo para Deus porque não o amam.” E continuou: “Deus está convidando-o a rezar com o coração.” Eu lhe perguntei: “Como o farei?”. “Começando a rezar”, respondeu. Nesse momento as portas de meu coração foram abertas. Eu nunca antes tinha pensado que isso fosse possível. Fomos a um restaurante, e eu devo admitir que o vinho e a comida nunca foram tão saborosos quanto o que provei naquela noite em particular. Algo começou a mudar dentro de mim. Minha esposa quisera muitas vezes me ensinar como rezar o rosário, mas eu sempre me recusava a aprender. Agora eu queria rezar, mas não sabia exatamente como. Eu apenas senti que meu coração estava aberto.
Uma manhã quando estava indo ao trabalho, eu disse ao motorista que me levava todos os dias para as filmagens: “Eu não sei o que você vai pensar sobre isso, mas eu queria começar a rezar o rosário.” Para a minha surpresa, ele apenas respondeu: “Sim, vamos rezar.” Senti a luz do amor aquecendo meu ser, eu podia perceber onde eu estava realmente, por quantas tentações eu passei, onde estavam meus sentimentos, o quanto fraco eu era e quanto eu julgava as outras pessoas.

Quando você veio a Medjugorje pela primeira vez?
Após o termino das filmagens, que foi em Malta, eu decidi vir a Medjugorje. Quando eu tinha vinte anos, uma voz dentro de mim me dizia que eu deveria me tornar um ator. Quando eu falava sobre isso com meu pai, ele costumava dizer: “Se Deus quer algo de você, certamente é para que você se torne um padre, por que iria querer que fosse um ator?” Eu não entendia isto naquela época. E eu me perguntava, Deus quer que eu seja um ator, ganhar muito dinheiro e tornar-me rico? Eu estava ciente do desequilíbrio no mundo entre aqueles que têm muito e muitos que têm pouco para viver e sabia que não era o que o Deus queria e eu devia fazer uma escolha, se servirei à riqueza que não traz a felicidade permanente ou a Deus que quer guiar minha vida. Naquele tempo, Medjugorje lembrou-me de Belém e eu pensei: Jesus nasceu em um lugar pequeno, da mesma maneira que a mãe de Deus está aparecendo em montes no meio de uma vila pobre. Aqueles quatro dias que passei em Medjugorje eram, naquele tempo, um momento decisivo, um momento de mudança. No começo eu fiquei impressionado em ver a quantidade de pessoas que rezavam em Medjugorje. Naquilo tudo eu vi uma semelhança com o basquete, e eu pensei que lá você não joga uma partida por dia, mas sempre, constantemente. O mesmo é na escola onde você não lê apenas uma vez por dia, mas sempre, repetidamente. Naqueles primeiros dias em Medjugorje eu fiquei inquieto enquanto rezava, porque eu não estava acostumado a rezar muito e eu pedia que Deus me ajudasse. Após quatro dias, a única coisa que eu queria fazer era rezar. Sempre que rezava, me sentia unido a Deus. Essa foi minha experiência e eu gostaria que todo católico experimentasse! Talvez quando criança, eu senti algo similar e acabei esquecendo. Agora, me foi dada a oportunidade novamente. A mesma experiência continuou em casa. Em nossa família nós vivemos os sacramentos juntos. Nós levamos as crianças à escola, nós todos rezamos juntos o rosário, às vezes quando eu não começo rezar, meu filho então inicia.
Quando eu vim a Medjugorje pela segunda vez, eu esperava ter aquelas experiências iniciais outra vez, mas dessa vez foi diferente. Após o almoço em um daqueles dias, os peregrinos convidaram-me a ir com eles visitar o Pe. Jozo Zovko em Siroki Brijeg. Aquele era, sobretudo, desejo da minha esposa. Eu não conhecia Pe. Jozo pessoalmente, mas eu estava muito impressionado por todas as histórias que eu ouvi sobre ele. Encontrei-me com ele. Ele colocou suas mãos em meus ombros. Colocou suas mãos em minha cabeça. Nesse momento eu senti as palavras dentro de mim: “Eu te amo, meu irmão. Este homem ama Deus.” Pe. Jozo virou espontaneamente para seu intérprete e perguntou-lhe em croata quem eu era e que queria falar comigo. Aquele era começo de uma amizade que dura até hoje.
Essa foi a época logo depois que terminamos de filmar “Paixão de Cristo”, e nesse tempo eu pude experienciar todas as forças de oposição dentro de mim a respeito desse filme.


Você poderia nos dizer por que você se sentiu assim e qual era a ligação entre o filme e Medjugorje?
Você conhece a expressão “cruzando o rio Rubicão”. Isso significa que não tem mais volta, você alcança um ponto e não há mais como voltar atrás. O filme “Paixão de Cristo” foi o tal Rubicão para mim. Quando começamos a gravar, eu tinha 33 anos apenas, como Jesus. Eu quis saber sempre se eu era mesmo digno de interpretar Jesus. O vidente Ivan Dragicevic incentivou-me e disse-me que Deus não necessariamente escolhe sempre o melhor, e citou-se como exemplo. Se não fosse por Medjugorje eu não teria nunca aceitado esse papel, mas foi em Medjugorje que meu coração se abriu à oração e aos sacramentos. Eu sabia que tinha que estar muito perto de Jesus se quisesse interpretar Seu papel. Diariamente eu fazia confissão e ia à Adoração Eucarística. Mel Gibson vinha sempre à missa também, considerando o fato de a missa ser em latim. Isso foi bom, pois dessa maneira eu aprendi latim.
Surgiam sempre as tentações de que era necessário defender-me e naquelas batalhas internas, eu costumava frequentemente sentir uma grande paz interior. Por exemplo, quando a mãe de Deus se aproxima, e eu lhe digo: “Eis que faço nova todas as coisas.” Nós repetimos essa cena quatro vezes e eu ainda sentia que era a primeira vez.
Depois, alguém bateu na cruz e meu ombro esquerdo foi deslocado. Devido à dor intensa, eu perdi o equilíbrio e senti o peso da cruz. Eu estava com a minha face na terra e o sangue jorrou de meu nariz e minha boca. Eu repeti as palavras que Jesus disse a sua mãe: “Eis, que faço nova todas as coisas.” Meu ombro doía terrivelmente quando eu tomei a cruz novamente e a senti o quanto preciosa ela era. Nesse ponto, eu parei de atuar e eu podia somente ver Jesus. Como se resposta para minhas orações fosse: “Eu quero que a pessoas vejam em Ti, Jesus, não a mim!” Graças à oração contínua do rosário, eu não sei quantos rosários eu rezei durante a filmagem, eu sentia uma atmosfera muito especial. A maioria da equipe não sabia sobre Medjugorje, eram todos grandes atores e nós estávamos felizes de estarmos juntos. Mas como iria apresentar-lhes Medjugorje, senão através de minha própria vida? Medjugorje para mim significa viver os sacramentos, na unidade com a Igreja.
Graças a Medjugorje eu comecei a acreditar que Jesus estava realmente presente na Eucaristia e que perdoa meus pecados. Com Medjugorje eu pude experienciar o quanto a oração do rosário é poderosa e o que a missa diária representa. Como eu poderia ajudar outras pessoas a aumentarem sua fé em Jesus?
Eu percebi que isso só pode acontecer se Jesus estiver presente em mim através da Eucaristia, assim as pessoas iriam ver Jesus através de minha vida. Quando nós estávamos filmando a cena da última ceia, eu carregava relíquias dos santos e um pequeno pedaço da cruz de Cristo em meu bolso. Eu sentia o forte desejo de que Jesus estivesse realmente presente e eu pedi ao padre para expor o Santíssimo Sacramento. A princípio ele não queria, mas eu fui persistente em meu pedido porque eu estava convencido de que as pessoas poderiam reconhece-Lo melhor em mim. O padre estava com o Santíssimo Sacramento em suas mãos, ao lado do cameraman e junto com ele se aproximou de mim. Quando as pessoas que estão prestando atenção ao filme vêem o brilho em meus olhos, não percebem que vêem realmente Jesus, o reflexo da Hóstia Consagrada em meus olhos.
O mesmo aconteceu na cena da crucificação: o padre estava presente, com o Santíssimo Sacramento em suas mãos e eu rezava continuamente… O grande desafio do filme não foi, como eu pensei inicialmente, de decorar os textos em Latim, aramaico ou hebraico, mas todos aqueles esforços físicos prolongados. Durante a última cena, eu tive o ombro torcido e deslocava-se todas as vezes que a cruz batia. Quando nós gravamos cenas do flagelação, eu fui machucado por aqueles chicotes duas vezes e eu tive um corte de 14 cm nas costas. Meus pulmões estavam cheios do líquido e eu tive pneumonia, alem da falta de sono cronica, já que durante meses eu tive que me levantar as 3:00 da manha, só a maquiagem demorava aproximadamente 8 horas… Um outro desafio em particular era o frio, temperaturas mal acima de zero, que era difícil de resistir na cena da crucificação. Meu traje inteiro foi feito de uma única parte de tela clara. Quando nós gravamos a última cena, as nuvens estavam muito baixas e um relâmpago atingiu a cruz na qual eu fui amarrado. De repente se fez um silêncio inoperante em torno de mim e eu senti meu cabelo arrepiar. Estava cercado de 250 pessoas que viram meu corpo inteiro sendo iluminado e todos viram o fogo à esquerda e no meu lado direito também. Muitos ficaram chocados com o que viram.
Eu sei que “A Paixão de Cristo” é um filme do amor, talvez um dos maiores filmes de amor. Jesus é hoje assunto de muitas controvérsias, mais do que nunca. Há muitos fatores que ameaçam este mundo, mas a fé em Jesus é a fonte de alegria. Penso que Deus nos está convidando em especial neste tempo, e nós precisamos responder a esta chamada com nossa alma e coração.

Fonte: Centro de informação; Mir" Medjugorje (www.medjugorje.hr)
Texto traduzido do Inglês para o Português, por Telma

Um comentário:

  1. É um filme muito bom, mas eu sinto que a violência é muito acentuada. Mel Gibson fez um trabalho fabuloso com A Paixão de Cristo é um grande grande filme, sem hesitação, embora muito cruel e triste para o meu gosto. Este filme me lembra Ressurreição, uma adaptação interessante centrado na ressurreição de Cristo, do ponto de vista de um ateu. Adicionando o contexto romano essencial, então temos uma natureza sugestiva com uma gama infinita de decisões e reações que não diferem da nossa percepção emocional. Um roteiro decente por Kevin Reynolds, que também atua como diretor. Além disso, ressuscitado poderia servir como uma sequela de A Paixão de Cristo.

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