sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PAPA ADVERTE CONTRA OS FALSOS PROFETAS , E O ESPÍRITO DO ANTICRISTO



PAPA ADVERTE CONTRA OS FALSOS PROFETAS , E O ESPÍRITO DO ANTICRISTO

Na missa de terça-feira, 7 de janeiro, na residência Santa Marta, o Papa Francisco pregou sobre o discernimento dos espíritos, para distinguir se uma ideia ou impulso vem de Deus ou do “espírito do Anticristo”

Desenvolvendo o texto da carta do Apóstolo João, Francisco salientou um critério chave de discernimento para evitar falsas profecias e sinais: comprovar que se aproximem de Deus mediante a humildade e o serviço

Conhecer o nosso próprio coração

O Papa desenvolveu sua homilia partindo da exortação de São João: “Permaneçam no Senhor”. Um “conselho de vida”, disse, que João repete de modo “quase obsessivo”

O Apóstolo indica “uma das atitudes do cristão que quer permanecer no Senhor: conhecer o que acontece no próprio coração”. Por isso, ele encoraja a não darmos crédito a qualquer espírito, mas sim pormos “à prova os espíritos”. É necessário saber “discernir os espíritos”, discernir se uma coisa nos faz “permanecer no Senhor ou nos afasta Dele”

“O nosso coração sempre tem desejos, ânsias, pensamentos”. Porém, “eles são do Senhor ou alguns deles não afastam do Senhor?” É aqui que o Apóstolo João nos exorta a “pôr a prova” o que pensamos ou desejamos, salienta o Papa

“Se esses pensamentos seguem na linha do Senhor, assim tudo bem, caso contrário… Ponham à prova os espíritos para saber se provêm de Deus, porque muitos falsos profetas vieram a este mundo. Profetas ou profecias ou propostas: “Tenho vontade de fazer isso!”. Porém, isso não te leva ao Senhor, te afasta Dele. Por isso é necessário a vigilância. O cristão é um homem ou uma mulher que sabe vigiar seu coração. E tantas vezes nosso coração, com tantas coisas que vão e vêm, parece um mercado do bairro: de tudo, você encontras de tudo ali… É, não! Devemos provar- isso é do Senhor e isso não – para permanecermos no Senhor”

O critério: a humildade e o serviço

Qual é então o critério para entender se uma coisa vem de Cristo ou do anticristo? São João, afirmou o Papa, tem uma ideia clara, “simples”. “Cada espírito que reconhece Jesus Cristo, encarnado, é de Deus. Cada espírito que não reconhece Jesus Cristo não é de Deus: é o espírito do anticristo”. Porém, o que significa então “reconhecer que o Verbo se encarnou?” Quer dizer “reconhecer o caminho de Jesus Cristo”, reconhecer que Ele, “sendo Deus se abaixou, se humilhou” até a “morte de cruz” : “Aquele é o caminho de Jesus Cristo: o rebaixar-se, a humildade, também a humilhação. Se um pensamento, se um desejo te leva sobre o caminho da humildade, do rebaixar-se, de serviço aos outros, é de Jesus. Porém, se te leva ao caminho da suficiência, da vaidade, do orgulho, ao caminho do pensamento abstrato, não é de Jesus”

Um exemplo: as tentações do deserto

O Papa deu um exemplo vivido pelo mesmíssimo Jesus: as tentações do deserto : “Pensemos nas tentações de Jesus no deserto: as três propostas que o demônio faz a Jesus são propostas que queriam afastá-lo daquele caminho, o caminho do serviço, da humildade, da humilhação, da caridade. Porém, a caridade feita com a vida, Não? Jesus disse que não às três tentações : Não, este não é o meu caminho!”

O Papa convidou a todos os presentes a pensarem justamente sobre o que acontece em nossos corações. Aquilo que pensamos e o que queremos, a avaliar os espíritos. Eu ponho a prova o que penso, o que quero, o que desejo ou aceito tudo?”

“Tantas vezes, nosso coração é um caminho, todos passam por ali… Pôr a prova. E escolher sempre as coisas que vem de Deus? Sé, quais são as que vêm de Deus? Conheço o verdadeiro critério para discernir meus pensamentos, meus desejos? Pensemos nisso e não nos esqueçamos que o critério é a Encarnação do Verbo. O Verbo veio em carne: Isso é Jesus Cristo!”

E o Papa insistiu no exemplo de Cristo: “Jesus Cristo que se fez homem, Deus se fez homem, se rebaixou, se humilhou por amor. Para servir a todos nós. E o Apóstolo João nos conceda esta graça de conhecer o que acontece em nosso coração e ter a sabedoria de discernir o que vê, de Deus e o que não vem de Deus”

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