terça-feira, 18 de junho de 2013

A AMARGURA PERSISTENTE

                                 A AMARGURA PERSISTENTE

 Há uma caverna bem escura e bem trancada no fundo do coração humano, que não tem a intenção de ceder assim tão facilmente à aproximação de Jesus ressuscitado. Esta caverna contem vasilhas mais ou menos importantes e suas emanações tóxicas espalham-se disfarçadamente por todos os azimutes. O que contem esta caverna? As nossas amarguras! Se se tratasse de boas garrafas de vinhos finos que se guardam para as grandes ocasiões. Isto explicaria... esta porta duplamente blindada; mas a amargura! Por que guardá-la assim?

É de natureza da amargura, agarrar-se como essas nódoas que nenhum detergente consegue tirar, incrustando-se e resistindo aos nossos esforços.
Quem não ouviu uma parente declarar, por vezes até no leito da morte: “_Perdoei a todos, mas fulano de tal, depois do que ele fez à minha filha, isso nunca!”

Ó caverna selada... quem a vencerá?Parece que ainda estou a ouvir o Padre Daniel Ange dizer numa homilia: “_Perdoar? Não é difícil! É impossível!”
Se Jesus para nos dar a paz, teve de sofrer Ele próprio o sacrifício que pesava sobre nós, se morreu na Cruz, Ele, o Autor da Vida, para vencer os nossos pecados nos seus aspectos mais ignóbeis, é porque esta paz não é humana; é uma graça que só Deus pode dar, um dom sobrenatural que nenhum homem pode fabricar ou vender.
Então, mesmo que eu dê a minha saúde e o meu dinheiro a Deus, o meu futuro e tudo o que me é precioso, se tiver azedume contra meu irmão, a Paz de Jesus vem sobre mim mas não consegue entrar. Por vezes, não compreendo muito bem esta amargura., faço dela um bem mais precioso do que as minhas joias, agarro-me a ema como se fosse um membro do meu próprio corpo, faço dela um alimento indispensável... Ora, é um veneno que me destrói!
Jesus Ressuscitado aguarda o m,ais pequeno grito da minha parte, para me libertar dele.
_”Senhor, aceita esta amargura! Entrego-a a Ti! Mas ela está muito incrustada em mim, como ela está anexada num ferimento que sangra e que ainda me magoa, vem Tu próprio busca-la, não consigo sequer tocar-lhe! Jesus, Tu que bebeste o vinagre da esponja que o soldado Te estendia para a Cruz, vem Tu próprio absorver o vinagre da minha amargura, e espalha em mim o Teu perdão. Jesus, eu não sinto a misericórdia por esta pessoa, então, dá-me a Tua!”
-“Quando não se consegue perdoar, deve-se querer perdoar. E querer perdoar já é perdoar! Quando não se quer mesmo perdoar, pode desejar-se querer perdoar. Desejar querer perdoar já é perdoar!.”

O coração de Deus é imensamente grande e  magnânimo! Ele aproveita a mais pequena parcela de boa vontade da nossa parte, para instigar em nós a misericórdia! Assim, a amargura persistente, e a sua armadura metálica, transformam-se em perfume, porque Jesus transforma tudo pela Sua graça transformante. Ele que veio buscar e salvar o que estava perdido, veio pelos doentes e pecadores, então consto da lista! Ele próprio  desmontou os ferrolhos da minha caverna sórdida, e absorveu a minha amargura. Então posso olhar de frente o meu maravilhoso Salvador, resplandecente de Luz que também me diz: _”Que a paz esteja contigo!”


Irmã Emmanuel ( O menino escondido de Medjugorje)

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