Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Neste texto, Pe. Livio Fanzaga nos lembra que  o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio, havia proclamado solenemente Maria como Mãe da Igreja.  Em Medjugorje, nossa santa Mãe desenvolve justamente esta Sua missão tão importante.
 
Nossa Senhora se apresenta em Medjugorje como Rainha da Paz.  Na população dos Balcãs, onde Satanás havia soprado o vento do ódio, a presença da Rainha da Paz tem despertado as forças do bem que teriam impedido a eclosão de um conflito de proporções imprevisíveis. A realização da paz sobre toda a terra, como fruto da conversão e do retorno do homem a Deus, é o objetivo para o qual a serva do Senhor está conduzindo com infinita paciência uma humanidade que se está perdendo nas trevas do mal. 

    Mas o que é mais marcante nas aparições de Medjugorje é a atitude profundamente materna de Maria. Poderíamos dizer que em nenhum outra aparição a Mãe de Deus se manifesta também como Mãe da Igreja. Cada uma de suas mensagens começa com a célebre expressão: Queridos filhos. Quem são esses filhos? Em primeiro lugar, os paroquianos, mas, em seguida, todo o povo de Deus e, finalmente, a humanidade inteira. Por acaso Jesus, ao morrer na cruz, não confiou, na pessoa de João, todos os homens aos cuidados maternos de Maria? Nas aparições de Medjugorje, Nossa Senhora manifesta-se em primeiro lugar como mãe que cuida do bem-estar espiritual de seus filhos, especialmente de sua salvação eterna, e que demonstra uma grande preocupação para com os perigos que a humanidade está correndo nesta difícil passagem da história.

    Em Medjugorje Maria desempenha seu papel maternal com uma preocupação especial pela caminhada espiritual de cada um dos seus filhos. Seu coração abraça especialmente a Igreja e suas necessidades. Convida-nos a rezar pelo Papa, pelos bispos, pelos sacerdotes e pelas vocações. Mas acima de tudo Ela se preocupa com o despertar da fé, o retorno ao fervor da vida cristã e o caminho de santidade com o qual todo cristão, sem exceção, deve comprometer-se. Ela afirma que seu coração materno se alegra com cada um de nós que se decide por Deus, enquanto que derrama lágrimas de sangue por cada filho que se está perdendo no pecado. 
 
Qualquer um que tenha acompanhado desde o início as aparições de Medjugorje nunca deixará de se surpreender com a maneira com que a Rainha da Paz realiza sua tarefa materna. Nas suas atitudes há uma autoridade real, que não admite réplicas quando manifesta um desejo preciso. Mas, ao mesmo tempo, há uma infinita humildade, tanto que em algumas ocasiões não hesita em “implorar” a nossa conversão, tornando-se mendicante de uma decisão que, em última análise, é apenas para o nosso próprio bem. Mas, acima de tudo, emerge a sua preocupação com o progresso espiritual de cada um. Seu coração, afirma, está olhando com ansiedade cada um de nossos passos no caminho da santidade. Como mãe Ela aconselha, ensina, corrige, exorta, encoraja, ergue, é paciente e perdoa. Quem poderia descrever as infinitas nuances do coração materno de Maria, que emergem das mensagens de Medjugorje? 

Há um ponto de contato entre Lourdes e Medjugorje. Em Massabielle, Nossa Senhora se manifesta como a Imaculada Conceição, logo após o Papa Pio IX ter proclamado o dogma da fé. Em Medjugorje, a Virgem desenvolve, como nunca antes, a sua tarefa materna para com a Igreja, depois do Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio, ter proclamado solenemente Maria Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. Não há dúvida de que essa tão longa presença de Maria entre nós, é uma das manifestações mais extraordinárias do seu coração de mãe.