quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O JUÍZO PARTICULAR E O CÉU/PARAÍSO - LITURGIA DIÁRIA , 15 DE SETEMBRO DE 2011

O JUÍZO PARTICULAR E O CÉU/PARAÍSO
O Papa Bento XII declarou, na sua Constituição dogmática 'Benedictus Deus' (1336), que as almas completamente purificadas entram no Céu e contemplam imediatamente a Deus, vendo-O "face a face", pois o Deus Vivo manifesta-se-lhes imediata e abertamente, de maneira clara e sem véus. As almas, em virtude dessa suprema visão - visão beatífica - são verdadeiramente felizes, tendo assim a Vida eterna e o eterno Descanso. (Dz 530; cf. Dz 40, 86, 693, 696)


Imediatamente depois da morte, tem lugar o Juízo particular, no qual a Justiça Divina decide a sorte eterna dos que faleceram (Verdade de Fé). Ao separar-se do corpo, a Alma humana é imediatamente julgada por Deus. Em substância, o Juízo consiste na apreciação dos méritos ou deméritos contraídos durante a vida terrestre, em virtude dos quais o Supremo Juiz pronuncia a sentença que decide o nosso destino eterno. As almas não comparecem, perante o Divino Juiz, localmente, à maneira dum tribunal terrestre, mas intelectualmente, não para serem objecto de debates contraditórios, mas para receberem a correspondente sanção. Não haverá juízos de discussão, mas somente de retribuição. O Deus Vivo dá à alma a consciência clara dos seus méritos ou deméritos. Da mesma forma, a sentença será puramente interior, de forma que fique impressa na inteligência de cada um. Ir ao Tribunal diante de Deus, significa que a alma reconhece interiormente, diante de Deus, o que ela é, o que vale, o que fez, o que usou bem ou mal, e disto se segue, por conseguinte, a sua sorte eterna. Opõem-se esta doutrina à teoria ensinada por diversas seitas antigas e modernas, segundo a qual, apoiando-se em Apocalipse (20, 1 ss) e nas profecias do Antigo Testamento, sobre o futuro Reino do Messias, sustinha que Cristo e os justos estabeleceriam sobre a Terra um reinado de mil anos, antes que venha a Ressurreição universal, e só então viria a Bem-aventurança definitiva. A Doutrina do Juízo particular não foi definida directamente, mas é um pressuposto do Dogma de que as almas dos defuntos vão imediatamente, depois da morte, para o Céu, para o Inferno, ou para o Purgatório. O Catecismo da Igreja Católica diz, no n.º 1022: «Cada homem recebe, na sua alma imortal, a retribuição eterna, logo depois da sua morte, num juízo particular que põe a sua vida na referência de Cristo, quer através duma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do Céu, quer para ser condenada imediatamente (ao Inferno) para sempre». «No entardecer da nossa vida, seremos julgados sobre o Amor de Deus» (S. João da Cruz, Ditos 64). A Sagrada Escritura fornece-nos um testemunho indirecto do Juízo particular, pois ensina que as almas dos defuntos recebem a sua recompensa, ou o seu castigo, imediatamente depois da morte (cf. Eclo 1, 13; 11, 28 s). O pobre Lázaro é levado ao seio de Abraão, imediatamente depois da sua morte, enquanto o rico Epulão é entregue, também imediatamente, aos tormentos do Inferno (Lc 16, 22 s). O Redentor, moribundo, diz ao bom ladrão: «Hoje, estarás comigo no Paraíso» (Lc 23, 43). Judas foi para "o lugar que lhe correspondia" (Act 1, 25). Em Ezequiel, diz Deus: «Por isso, Eu vos julgarei, a cada um segundo a sua maneira de agir» (Ez 18, 30). Para S. Paulo, a morte é a porta da Bem-aventurança, em união com Cristo: «Desejo morrer para estar com Cristo» (Fl, 1, 23). Impressionante, mas é verdade: Por detrás de meia dúzia de dezenas de anos (em média), neste mundo, esconde-se uma Eternidade magnífica (para os justos).....Estamos todos a caminho, e então não existe mais retorno. Por isso, só a Felicidade em Deus deve ser a nossa vocação. Renunciar a ela é um gravíssimo crime, punido com a infelicidade eterna, pois significa renunciar a Deus e ao Amor infinito que nos é oferecido por Cristo Redentor. Deus não morreu numa cruz, no meio de tormentos inenarráveis para a inteligência humana, para que o homem vivesse como um demónio, isto é, separado e inimigo de Deus.....Quem ama é grato. E quem ama a Deus sabe dizer obrigado, com a vida e com a inteligência. Se Deus nos pede que obedeçamos à Sua Lei, para nos dar a Vida eterna, por que não fazê-lo, em lugar de arriscarmos uma eternidade maldita? Para quê renegar a Deus? Quem como Deus? Ai daqueles que resolvem hostilizar Deus! Sabemos o que aconteceu a Satanás. Acreditemos ou não, estamos a caminho, e dentro em breve encontrar-nos-emos com Aquele que nos moldou e criou à Sua imagem e semelhança. Ai daqueles que, nesta vida de provação, nada quiseram com Deus! O Deus que não quiseram conhecer em vida, dizia Santo Agostinho, não os reconhecerá na morte, e para eles será a sentença: «Não vos conheço!» (Mt 25, 12). As almas dos justos que, no instante da morte, se encontram livres de todo a culpa e pena de pecado, entram logo no Paraíso (Verdade de Fé). O Concílio de Florença ensina que: «As almas dos que morrem sem necessidade de purificação, ou depois de realizá-la no Purgatório, são imediatamente recebidas no Céu, e vêem claramente a Deus Uno e Trino, tal como Ele é. Umas, no entanto, com mais perfeição do que outras, conforme a diversidade de merecimentos» (Denz 693). A título de exemplo, se alguém contemplar o mar, da praia, não o vê em toda a sua imensidade e profundidade; mas é evidente que vê o mar, tal e qual ele é em si mesmo. Apesar de tudo, este exemplo é bastante imperfeito, pois aquele que contempla o mar, desde a praia, não o vê em toda a sua imensidade, mas os Bem-aventurados do Céu vêem toda a Essência Divina, mas sem esgotar a Sua infinita Cognoscibilidade, isto é, os infinitos modos de conhecer e amar a Deus. É como que, se elevados muito acima do mar, pudéssemos contemplar todo o mar, mas penetrando na profundidade do mar em grau desigual. Os Eleitos do Céu vêem a Deus na Sua totalidade, mas não totalmente. Assim mesmo, os eleitos no Céu vêem claramente a Deus, tal como é em Si mesmo: Uno em essência e Trino em pessoas, com todos os Seus atributos essenciais. Contudo, uns contemplam-No com mais perfeição do que outros, em função dos méritos adquiridos na vida terrena. O Céu consiste na visão imediata e plena de Deus: «Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal e qual é» (1 Jo 3, 2). A Escolástica insiste no carácter sobrenatural da Visão beatífica, e exige uma especial iluminação de entendimento, a que chamou de "lumen gloriae" (luz da Glória), que seria um dom sobrenatural e habitual do entendimento, que o capacita para o acto da Visão de Deus. (Cf. Sum. Th. I, 12, 4 e 5). Jesus apresenta a Felicidade celeste sob a simples imagem dum banquete de bodas (Mt 25, 10; cf. Mt 22, 1 ss; Lc 14, 15 ss), qualificando esta Bem-aventurança de «Vida» ou «Vida eterna». (Cf. Mt 18, 8s; 19, 29; 25, 46; Jo 3, 15 ss). Eis a condição essencial para alcançar a Vida eterna, conhecendo a Deus e a Cristo: «Esta é a Vida eterna: que te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e ao Teu enviado Jesus Cristo» (Jo, 17, 3). Aos limpos de coração, Jesus promete-lhes que verão a Deus: «Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus» (Mt 5, 8). S. Paulo insiste no carácter misterioso do Céu: «Nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, nem veio à mente do homem, o que Deus preparou para os que O amam» (1 Cor 2, 9; cf. 2 Cor 12, 4). São Pio X, no seu Catecismo, diz: "O Céu é o gozo eterno de Deus, nossa Felicidade, e por Ele a posse de todos os bens, sem mal algum. E merece o Céu quem é bom, isto é, quem ama e serve fielmente a Deus, morrendo na Sua Graça". A visão directa de Deus, "face a face, tal como é em Si mesmo" (1 Jo 3, 2), enche a alma de uma felicidade tão imensa e indizível, que nenhuma mente humana a pode conceber, e da qual, neste mundo, jamais teremos a menor ideia. A Felicidade celestial consiste na possessão e no gozo fruitivo do Bem absoluto e infinito, que é Deus. O Bem-aventurado torna-se participante da Natureza Divina. E é tal essa Felicidade, que todos os outros prazeres, que são imensos, são como uma gota de água no oceano; ou como se a um multimilionário lhe dessem apenas alguns cêntimos. Pois bem, a felicidade humana, no seu gozo e prazer máximos aqui na Terra, não passa de um átomo de felicidade, quando comparado com o universo e todos os átomos. E pensarmos nessa totalidade de átomos, que é possuirmos um Corpo glorioso, que brilhará mais do que o nosso Sol natural: «Então, os Justos brilharão como o Sol, no Reino de Seu Pai. Os que têm ouvidos, ouçam» (Mt 13, 43). Os Corpos dos eleitos brilharão com um resplendor único, uns mais do que outros, segundo o grau de glória que tiverem alcançado nesta vida terrena. O dom da Claridade manifestou-o também o Senhor, no dia da Sua Transfiguração, em que os três Apóstolos Lhe viram o Rosto mais resplandecente que o Sol. (Cf. Mt 17, 2). Relembro que o grau de Glória no Céu redundará segundo o grau de Graça santificante atingido nesta vida; ou seja, quem mais se pareceu com Cristo na Terra, tanto maior participação terá na Sua Glória celeste. Além disso, os corpos dos eleitos possuirão o dom da Agilidade, em virtude do qual, poderão deslocar-se à velocidade do pensamento, a locais remotíssimos, atravessando distâncias fabulosas, num só instante:«Mas, os que põem a sua esperança em Iavé, renovam as suas forças, abrem asas como as águias, correm e não se fatigam, caminham e não se cansam» (Is 40, 31). Este dote do Corpo glorioso permitirá aos bem-aventurados deslocarem-se sem estarem presos às leis da gravidade, ou a quaisquer outras leis materiais. Voarão, diríamos nós, na nossa linguagem humana; mas voarão de forma perfeitíssima, em completa e total liberdade. A Subtileza será outro dom espantoso, que os Bem-aventurados possuirão, pois o Corpo glorioso dos eleitos estará completamente espiritualizado (semelhante aos Anjos): «O mesmo se dará com a Ressurreição dos mortos: Semeado corruptível, o corpo ressuscitará incorruptível; semeado desprezível, ressuscitará reluzente de glória; semeado na fraqueza, ressuscitará cheio de força; semeado em corpo psíquico, ressuscitará em corpo espiritual» [1 Cor 15, 42-43] - NOVÍSSIMOS DO HOMEM

LITURGIA DO DIA 15 DE SETEMBRO DE 2011

PRIMEIRA LEITURA : Hebreus 5, 7-9



NOSSA SRA. DAS DORES - (branco, seq.facultativa, pref.de Maria - ofício da memória) - Leitura da carta aos Hebreus - 7Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade. 8Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. 9E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (SALMO 30)


REFRÃO: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
1. Junto de vós, Senhor, me refugio. Não seja eu confundido para sempre; Inclinai para mim vossos ouvidos, apressai-vos em me libertar. Sede para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza bem armada para me salvar. -

2. Inclinai para mim vossos ouvidos, apressai-vos em me libertar. Sede para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza bem armada para me salvar. Pois só vós sois minha rocha e fortaleza: haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome. - R.
3. Vós me livrareis das ciladas que me armaram, porque sois minha defesa. Em vossas mãos entrego meu espírito; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel. - R.
4. Mas eu, Senhor, em vós confio. Digo: Sois vós o meu Deus. Meu destino está nas vossas mãos. Livrai-me do poder de meus inimigos e perseguidores. - R.
5. Quão grande é, Senhor, vossa bondade, que reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós, aos olhos de todos. - R.

EVANGELHO : João 19, 25-27


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. 27Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 24/04/1986 - Hoje os convido a rezar. Vocês esquecem, queridos filhos, que todos vocês são importantes. De modo particular são importantes, na família, os anciãos: estimulem-nos a rezar. Todos os jovens sejam, com a própria vida, exemplos para os outros; e testemunhem a Jesus. Queridos filhos, Ihes suplico: comecem a modificar-se a vocês mesmos, mediante a oraçáo e, para vocês, ficará claro o que devem fazer - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE



O dom da Subtileza (Subtilidade) significa a "espiritualização" do corpo glorificado. Existirá um domínio absoluto da alma sobre a matéria; o corpo não oferecerá a menor resistência à alma. O corpo, que antes era grosseiro e compacto, despirá no Céu a mortalidade e tornar-se-á sutil e espiritual, e assim já não precisará de alimentação, de sono, ou de quaisqer outras funções animais. A matéria corporal, perderá a sua pesadez e torpeza, ficando espiritualizada, aptíssima para seguir em tudo os voos ou exigências da alma. Além disso, o Corpo dos bem-aventurados será um corpo impassível. Este dom da Impassibilidade impedirá que os corpos sintam qualquer dor, sofrimento ou incómodo. Tanto o fogo, como o frio, em graus absolutos, não terão qualquer efeito sobre o Corpo glorioso dos eleitos, pelo que poderiam literalmente andar na estrela Sol, por exemplo, sem sofrerem qualquer incómodo com isso. Serão corpos incorruptíveis, e como tal impassíveis a qualquer dor ou sofrimento. Mas repito, todos estes dotes do Corpo glorioso, assim como todos os deleites dos sentidos que os eleitos experimentarão no seu corpo, em completo deleite de felicidade e prazer, são meras sombras em relação à suprema Felicidade que advirá da nossa união com a Essência Divina que, elevando misteriosamente as nossas faculdades intelectuais, permitir-nos-á contemplar Aquele que é o Amor e a Beleza infinitos, o nosso DEUS CRIADOR e PAI ETERNO. À Felicidade essencial do Céu, que brota da Visão imediata de Deus, acrescenta-se uma Felicidade acidental, procedente do conhecimento natural e do amor aos bens criados (Sentença comum). É também motivo de Felicidade acidental, para os Bem-aventurados, conhecerem as Obras maravilhosas de Deus, encontrarem-se na companhia de Cristo (em relação à Sua Natureza Humana), da Virgem Imaculada, dos Anjos e Santos, e voltarem a encontrar-se com os seres queridos e amigos que tiveram durante a vida terrena. A união da Alma com o Corpo glorioso, no dia da Ressurreição final, significará um aumento acidental de Glória celestial
A IGREJA CELEBRA HOJE , NOSSA SENHORA DAS DORES - Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!" Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo. Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor. Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!!















































































































































































































































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