domingo, 22 de maio de 2011

Madres do Deserto – Santa Sinclética – Parte IV


Depois de falarmos um pouco da vida de Santa Sinclética iniciaremos hoje a ver os seus ensinamentos. Esses serão divididos em temas de maneira que seja mais proveitoso para nossa alma.

A salvação é a caridade
Santa Sinclética dirige as palavras, às suas discípulas: “Minhas queridas filhas, todos e todas sabemos como salvar-nos, porém, por negligência pomos em perigo nossa salvação. Desde o princípio temos que cumprir o que aprendemos por graça de Deus: Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente e ao teu próximo como a ti mesmo. Assim começa a observância da lei, aí está a plenitude da graça. A fórmula é breve em seu enunciado, porém de grande transcendência e sem limites. Todo o bem para nossa alma, depende dela. Ponho por testemunha Paulo, quando disse que a plenitude da lei é a caridade. Quanto os homens podem dizer ou realizar de bom pela graça do Espírito Santo, provém da caridade e nela termina. Tal é pois a salvação: a caridade.”

A castidade perfeita
“Sabemos que, como procedente da caridade, cada uma de nós sabe o que tem que fazer para tender ao mais perfeito.”

A estas palavras, as ouvintes começaram a formular perguntas com o desejo de compreender o que queria dizer madre Sinclética. Esta lhes respondeu: “Não conheceis a parábola do Evangelho referente às sementes que deram fruto, uma cem, outra setenta, outra trinta por um? O número cem significa nossa profissão religiosa, o sessenta o estado dos que guardam a continência, e o de trinta a condição dos que vivem castamente no matrimônio. Bom é passar de trinta a sessenta, pois é melhor passar do menor ao maior...; pois passar do maior ao menor não deixa de ser perigoso. Com efeito, quem consentiu uma vez no mal não pode resistir, nem sequer nas coisas pequenas, e se não se emenda, pouco a pouco, vai caindo no abismo da perdição.

Para nós, que nos consagramos, a excelência de nossa profissão nos obriga a uma pureza de vida e à castidade. Por isso temos que vigiar para não cair na superficialidade nem na tibieza, porque se nos deixarmos arrastar pelos sentidos, olhando sem controle, entregando-nos ao riso fácil e desmedido, deixando a nossa língua correr libertina nas sendas escabrosas da ociosidade ou maledicência, quando esta foi feita para cantar os louvores divinos. Não somente temos que evitar dizê-las, mas também temos que cerrar nossos ouvidos a tais palavras.

Podemos observar tudo isso se nos deixarmos guiar pela prudência e regularmos as saídas. Não cessemos de vigiar, pois os “ladrões”, mesmo contra a nossa vontade, invadem nossos sentidos. Não é verdade que uma casa cujas portas e janelas que estão abertas, se enfumaçada do exterior e a escurece? O que podemos fazer nós, consagradas ao Deus vivo, andar errante nas praças públicas?”

Na próxima semana continuamos...
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J

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