quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JESUS FOI TENTADO PELO DIABO ?? - PARTE II - LITURGIA DIÁRIA , 16 DE DEZEMBRO DE 2010

JESUS FOI TENTADO PELO DIABO ? - PARTE II

"É Ele o real, a realidade mesma, ou não é nada? É o bem, ou devemos nós mesmos inventa-lo? A questão acerca de Deus é a questão fundamental que se levanta na encruzilhada da existência humana. O que é que o redentor do mundo deve ou não fazer: é disto que se trata nas tentações de Jesus. O tentador diz a Ele:
“Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pão” ( Mt 4,3)
…estas palavras serão ditas, pouco depois, pelos escarnecedores junto a cruz:
“Se és o Filho de Deus, então desce da cruz…” (Mt 27,40)
Escárnio e tentação andam aqui perfeitamente juntos: para se tornar digno de fé, Jesus deve apresentar a prova para a sua pretensão - TRECHO DO LIVRO "JESUS DE NAZARÉ" , DE PAPA BENTO XVI



.....A tentação do deserto - Assim, segundo os evangelistas, a primeira tentação de Jesus tem por cenário o deserto. Ali, os escritores imaginam que Ele, após 40 dias sem comer, sente fome e o tentador o incita a deixar o seu plano de jejum e converter as pedras em pão. Ora bem, o povo de Israel teve a mesma experiência. Depois de sair da escravidão do Egipto e entrar na liberdade do deserto, durante 40 anos experimentou uma fome parecida. Perante a escassez de alimento, o povo caiu na tentação. Revoltou-se contra Moisés, desejou poderes especiais para fazer aparecer alimento, e até chegou a desejar ter poder para voltar para a escravidão do Egipto, onde comia bem (Ex 16). Muitos anos depois, Moisés havia de lhes atirar esta fraqueza à cara, dizendo-lhes que deveriam ter pensado que não só de pão vive o homem, mas também de tudo o que sai da boca do Senhor (Dt 8,3). Mas, quando lhe sobreveio essa mesma tentação, Jesus negou-se a usar os seus poderes especiais em benefício próprio; e, recordando aquelas palavras de Moisés, apresentou-as ao diabo e derrotou-o. A tentação do pináculo - O segundo encontro entre Jesus e o diabo tem lugar, segundo Mateus, no tecto de uma das galerias do Templo, sobre um precipício com mais de 100 metros que dava para o rio Cédron. Ali é convidado a atirar-se para o vácuo, para provar que Deus cuida sempre dele e não permite que lhe suceda qualquer mal. E, entretanto, realizará um milagre maravilhos. Também Israel tinha passado por uma situação parecida. Na localidade de Massá, no deserto, tinha faltado a água. Sabiam que Javé estava com eles e nunca os abandonava. Mas para prová-lo e ver se era certo que Deus não permitiria que nada lhe acontecesse, exigiram a Moisés que fizesse aparecer água com um sinal maravilhoso. Caíram na tentação de usar a Deus. E apesar disso, Deus fez-lhes o milagre, sem mais (Ex 17,1-7). Mas Moisés, recordando este episódio, anos mais tarde repreendeu-os: «Nunca mais voltem a tentar a Deus» (Dt 6,16). Agora era Jesus quem tinha esta mesma tentação: pôr Deus à prova, atirando-se do tecto abaixo para ver se era certo que Deus sempre estava com Ele. Mas o Senhor, recordando outra vez o conselho de Moisés, voltou a citá-lo ao diabo para o vencer. A tentação do monte - A terceira vez que Jesus defronta o tentador é num monte muito alto, donde, numa visão imaginária, contempla todos os reinos de então. Desta vez, Satanás vai directamente ao assunto e mostra-lhe a finalidade das suas tentações: abandonar o serviço exclusivo do Pai e converter- se num adorador do diabo, para obter melhores benefícios e riquezas na sua vida aqui na terra
Também Israel teve esta tentação no deserto: abandonar Javé e fabricar para si um ídolo, um bezerro de oiro a quem adorar. E tinha sucumbido à tentação (Ex 32). Com a sua infinita e habitual paciência, Moisés dirigiu um discurso ao povo antes de este entrar na terra prometida, pedindo-lhe que agora não se deixassem tentar pelos outros deuses que ali pudessem encontrar, pois «só a Deus se deve adorar, e unicamente a Ele se deve dar culto» (Dt 6,13). Segundo os evangelistas, Jesus teria vivido esta mesma tentação de adorar a outro além de Deus-Pai. E superou-a novamente com as palavras de Moisés, que lhe serviram de arma vencedora. Em substituição do vencido - Israel tinha sido derrotado em todas as provas do deserto. Foram tantas as transgressões e os desprezos por Javé, que Deus não pôde engrandecer o povo, como era seu projecto. É certo que este conseguiu instalar-se na terra prometida; mas dali não conseguiu transmitir para toda a humanidade os ares de paz, de amor, de prosperidade que Deus tinha pensado. Não soube ensinar como deve viver um povo com Deus no meio dele. Por isso, os profetas, olhando para o futuro, confiaram que Deus mandaria um Messias com a força suficiente para vencer todas as tentações e transformar em realidade as antigas esperanças do povo. Com a vinda do Senhor, os evangelistas sugerem que se inaugura um “novo povo de Israel”, formado por Jesus Cristo e os seus seguidores, os cristãos. Estes têm agora a difícil tarefa de recomeçar todos os dias a conquista dessa terra prometida, que agora é o mundo inteiro, e instaurar nele uma nova era de harmonia, de paz e de salvação que o Israel dos patriarcas não tinha podido conseguir. E desta vez será possível, porque o iniciador da tarefa, Jesus, saiu triunfante das provas, e todo aquele que viver unido a Ele pode, doravante, vencer também as tentações. Por isso os autores reuniram as tentações apenas no início da sua vida pública. Para indicar que se alguém se esforçar por vencê-las, fica logo com o caminho livre para o êxito, e tem garantido o triunfo final, como Jesus. Baseados na sua vida - Nenhum exegeta sustenta que Jesus foi realmente levado para o deserto, que ali sentiu fome e foi tentado, que depois subiu ao templo de Jerusalém, e terminou no cimo de um monte. Toda esta coreografia é uma criação dos evangelistas a fim de transmitirem um ensinamento. Mas fica ainda a pergunta: Estes relatos das tentações foram totalmente inventados pelos hagiógrafos, ou fundamentaram-se em episódios reais da vida de Jesus? Tudo leva a pensar nesta segunda hipótese. Com efeito, para a primeira tentação a palavra “pão” dá-nos uma pista sobre quando pode ter sucedido a Jesus. Provavelmente foi no dia em que, confrontado com a fome da multidão, multiplicou os pães (Mc 6,30-44). São João relata que, ao ver o sinal miraculoso que Ele tinha realizado, a gente quis apoderar-se dele para fazê-lo rei a fim de ter sempre alguém que lhe resolvesse as necessidades materiais. Jesus, perante a miséria e a dor da gente, ter-se-ia inclinado a aceitar; mas, ao dar-se conta de que era uma tentação, retirou-se só para a montanha (Jo 6,14-15). Quem foi o diabo desta primeira tentação? Foi o próprio povo, que o tentava para que continuasse a tirar mais pão do nada, e reduzisse apenas a isso a sua missão. Também as outras. Quando poderá ter-lhe ocorrido a segunda tentação? O tentador pede-lhe que faça um milagre “a partir de cima, atirando-se para o vazio” para convencer a gente dos seus poderes extraordinários. O diabo desta tentação é muito mais esperto e inteligente que o da primeira, e além disso conhece bem a Bíblia, pois cita-lhe o salmo 91. Também aqui temos uma pista. Sabemos que um dia “se aproximaram dele os fariseus e saduceus, e para o tentarem pediram-lhe que lhes fizesse um sinal no céu», e assim acreditariam definitivamente nele (Mt 16,1). Jesus já pregava há alguns anos, mas a dureza de coração desta gente tinha-a impedido de se converter, e o único que conseguia colher eram burlas. Agora tinha a possibilidade de os confundir com algum milagre prodigioso e tapar-lhes definitivamente a boca. Mas reagiu perante a nova tentação e, «deixando-os, foi-se» (16,4). Quem foi o tentador, nesta prova? O domínio que tem da Bíblia, dá-nos um indício: alguém que conhece muito bem a religião. De facto, foram as autoridades religiosas que, intrigadas pela actividade que Jesus desenvolvia entre o povo, o desafiaram a que executasse um grande milagre para mostrar até onde chegava o seu poder. A terceira tentação, a do facilitismo, na qual o diabo lhe propõe conquistar todos os reinos do mundo sem sofrimentos nem sacrifícios, simplesmente adorando-o, sofreu-a Jesus quando Simão Pedro, ao ouvi-lo anunciar a sua futura paixão e sofrimentos, o aconselhou a que não se deixasse matar na cruz, mas que conquistasse o mundo de um modo mais fácil. Jesus, mal o pensou, respondeu-lhe: «Afasta-te da minha vista, Satanás» (Mt 16,21-23). O diabo, desta vez, foi o próprio apóstolo Pedro. Modelo a imitar - Jesus foi tentado durante toda a sua vida. Mas a experiência das suas provações foi resumida pelos evangelistas em três tentações. Com isto, pretenderam dizer que também nós seremos tentados toda a vida. Que estejamos preparados para isso. Só a pessoa não comprometida pode vangloriar-se de nunca ser tentada. Pelo contrário, as tentações intensificam-se à medida que alguém se vai aproximando do seu ideal. Mas, sobretudo, quiseram ensinar-nos que se Jesus, como homem, pôde superar as suas tentações, também qualquer pessoa humana pode fazê-lo. Uma tentação nunca é superior às forças humanas. Ninguém, ao cair, deve dar o pretexto de que a tentação foi mais forte do que ele; pois, de Cristo em diante, os que se deixam guiar pelo Espírito saem sempre vitoriosos. Especialmente se conhecerem a Palavra de Deus, graças à qual, Jesus pôde vencer os embates do diabo


Mensagem do dia 25/12/2007
“Queridos filhos! Com grande alegria eu lhes trago o Rei da Paz para que Ele os abençoe com Sua bênção. Adorem-no e dêem tempo ao Criador, o qual anela o coração de vocês. Não se esqueçam de que vocês são passageiros sobre esta terra e que as coisas podem lhes dar pequenas alegrias, no entanto, através de Meu Filho, a Vida Eterna lhes é dada. Por isso Eu estou com vocês, para conduzi-los na direção que seus corações anseiam. Obrigada por terem respondido a Meu apelo!” MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


























"Podemos admitir a sua ação sinistra onde a negação de Deus se torna radical, sutil ou absurda; onde o engano se revela hipócrita, contra a evidência da verdade; onde o amor é anulado por um egoísmo frio e cruel; o nome de Cristo é empregado com ódio consciente e rebelde; onde o espírito do Evangelho é falsificado e desmentido; onde o desespero se manifesta como a última palavra....."
PAPA PAULO VI - AUDIÊNCIA PÚBLICA DE 15 DE NOVEMBRO DE 1972






















Dia: 16/12/2010

PRIMEIRA LEITURA : Isaías 54, 1-10

III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I - ofício do dia)

Leitura do livro do profeta Isaías - Naqueles dias, 1Dá gritos de alegria, estéril, tu que não tens filhos; entoa cânticos de júbilo, tu que não dás à luz, porque os filhos da desamparada serão mais numerosos do que os da mulher casada, declara o Senhor. 2Amplia o espaço da tua tenda, desdobra sem constrangimento as telas que te abrigam, alonga tuas cordas, consolida tuas estacas, 3pois deverás estender-te à direita e à esquerda; teus descendentes vão invadir as nações, povoar as cidades desertas. 4Nada temas, não serás desapontada. Não te sintas perturbada, não terás do que te envergonhar, porque vais esquecer-te da vileza de tua mocidade. Já não te lembrarás do opróbrio de tua viuvez, 5pois teu esposo é o teu Criador: chama-se o Senhor dos exércitos; teu Redentor é o Santo de Israel: chama-se o Deus de toda a terra. 6Como uma mulher abandonada e aflita, eu te chamo. Pode-se repudiar uma mulher desposada na juventude? - diz o Senhor teu Deus. 7Por um momento eu te havia abandonado, mas com profunda afeição eu te recebo de novo. 8Num acesso de cólera volvi de ti minha face. Mas no meu eterno amor, tenho compaixão de ti. 9Vou fazer hoje como no tempo de Noé: tal como jurei então que o dilúvio de Noé não mais se abateria sobre a terra, do mesmo modo faço juramento de não mais me irritar contra ti, e de nunca mais te atemorizar. 10Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará e jamais meu pacto de paz vacilará, diz o Senhor que se compadeceu de ti. - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (29)

REFRÃO: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

1. Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, / e não deixastes rir de mim meus inimigos! / Vós tirastes minha alma dos abismos / e me salvastes quando estava já morrendo!-R.

2. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, / dai-lhe graças e invocai seu santo nome! / Pois sua ira dura apenas um momento, / mas sua bondade permanece a vida inteira; / se à tarde vem o pranto visitar-nos, / de manhã vem saudar-nos a alegria.-R.

3. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! / Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! / Transformastes o meu pranto em uma festa, / Senhor meu Deus, eternamente he de louvar-vos!-R.

EVANGELHO : Lucas 7, 24-30

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 24Depois que se retiraram os mensageiros de João, ele começou a falar de João ao povo: Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. 26Mas, enfim, que fostes ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e mais do que profeta. 27Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro ante a tua face; ele preparará o teu caminho diante de ti (Ml 3,1). 28Pois vos digo: entre os nascidos de mulher não há maior que João. Entretanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 29Ouvindo-o todo o povo, e mesmo os publicanos, deram razão a Deus, fazendo-se batizar com o batismo de João. 30Os fariseus, porém, e os doutores da lei, recusando o seu batismo, frustraram o desígnio de Deus a seu respeito. - Palavra da salvação



A IGREJA CELEBRA HOJE - SÃO JOSÉ MOSCATI
José Moscati viveu corajosamente até 1927 e testemunhou a Verdade, tanto assim que encontramos em seus escritos: "Ama a Verdade, mostra-te como és, sem fingimentos, sem receios, sem respeito humano. Se a Verdade te custa a perseguição, aceita-a; se te custa o tormento, suporta-o. E se, pela Verdade, tivesses que sacrificar-te a ti mesmo e a tua vida, sê forte no sacrifício"
São José Moscati, rogai por nós!













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