quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mistério da Fé, pelo Pe. Jozo Zovko



Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! O Pe. Jozo Zovko era pároco em Medjugorje há exatos 30 anos, ou seja, quando do início das aparições da Gospa. Através desta reflexão, ele nos ajuda a contemplarmos mais profundamente o Mistério dos Mistérios: o Mistério da nossa fé.

Mistério da fé

Jesus, na Eucaristia, está vivo e ressuscitado. Durante a elevação, também nós podemos exclamar com fé, como S. Tomé: “Sim, Tu és o meu Senhor e o meu Deus!” (Jo 20, 28). Te agradeço! Te amo!
Assim como o Espírito Santo, ao descer sobre a Bem-Aventurada Virgem, realizou o milagre da Encarnação do Verbo, descendo agora sobre o nosso pão e o nosso vinho realiza o milagre da transubstanciação. E Se faz presente realmente o Corpo do Senhor! Nós cremos, como a Virgem Santa, que “A Deus tudo é possível” (Lc 1, 37). Cremos que o Senhor é onipotente, que Ele disse e fez! Este é um Mistério que não se pode submeter à análise experimental, não pode ser objeto de estudo científico.
Não se pode submeter a fé à experimentação. Não! Nós cremos no Mistério e ele permanecerá sempre “Mistério da Fé”. Mistério no qual eu creio, que eu aceito, que eu amo e que me faz sentir vivo.
O sacerdote, durante o ofertório, coloca o vinho no cálice e depois acrescenta uma gota de água, que se mistura com o vinho. Aquela gotinha de água é um símbolo importante para compreender o Mistério. Na Pessoa de Cristo estão unidas a natureza divina e a humana. Também a gota de água, que não vale nada, que não tem preço, se mistura com o vinho e então não se pode mais distinguir dele nem se separar. Depois, durante a transubstanciação, se torna o Sangue Precioso de Cristo. Aquela gota é transformada, através da força do Espírito Santo e da oração da Igreja, em Sangue divino. Isto é o Mistério!
Muitas vezes tu pensas que a tua vida, o teu trabalho, o teu sofrimento não têm valor. No entanto, tu podes unir-te a Deus na Eucaristia. Cristo é grande, maravilhoso e te faz participante da Sua natureza divina. Agora tu estás nEle e a tua grandeza não vem de ti, mas de Cristo. Esta é uma graça de Deus. Os padres da Igreja afirmam que Eva nasceu de uma costela de Adão. Assim acontece conosco. Toda a Igreja nasce do lado aberto de Cristo e dEle nós recebemos a graça divina. É aqui, portanto, que podes te esconder, construir a tua vida, oferecer a tua vida para que seja transformada em vida divina, para que seja útil, salva e salvação para os outros. Isto vem por meio da Eucaristia.
O sacerdote, quando está por iniciar o Santo Sacrifício, beija o Altar. Por que?... Vocês se lembram o que escreveu o Profeta Isaías? “Diz o Senhor: te gravei na palma de minhas mãos. Não posso esquecer-te. Como a mãe não pode esquecer seu filho, eu também jamais te esquecerei. Te amo. Escrevi o teu nome sobre a palma da minha mão” (cf Is 49, 16). Eu vejo, no Altar da nossa Igreja, a palma da mão de Javé. Não desejaríamos todos beijar aquela palma onde Deus escreveu o nosso nome com o Sangue de Seu Filho? O Altar é o Coração aberto de Cristo! E onde está o Coração, aí estão o Amor e a Vida! Em cada Santa Missa acontece sempre a transusbstanciação. Aquilo que acontece com o pão e o vinho continua sempre em nós e na Igreja. Como escreveu São Paulo: “Não sou mais eu que vivo, mas Cristo que vive em mim. Esta vida que vivo na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim” (Gal 2, 20). Este é o fruto da Eucaristia: não vivo mais como pecador, como orgulhoso, como quem não sabe, não compreende, não ama... Não! Não vivo mais eu, Ele vive em mim, Ele em mim é generoso, humilde e misericordioso. Esta é a regra a seguir e praticar. De onde os nossos santos receberam a força para superar as provas, a graça para amar Jesus e o próximo, para viver na santidade? Da Eucaristia!
Jesus está realmente presente e diz ao Seu povo: quem não Me come não pode viver: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele” (Jo 6, 56). Esta aliança é a Vida! São Francisco e Santa Clara de Assis choravam diante do Tabernáculo. Choravam diante da Cruz. São Francisco soluçava pelas estradas... Um dia, seus confrades lhe perguntaram: “Por que choras?”. Ele respondeu: “O Amor não é amado!”. Não sei amar o Senhor, estou triste porque não seu amar Jesus!
Se Francisco, o enamorado do Filho de Deus, dizia: “Não sei amar”, o que podemos nós dizer? Devo empenhar-me em começar a amar. Ela, a Mãe de Jesus, é Quem deseja ensinar-me a amar Seu Filho na Eucaristia, a amar Seu Filho na Bíblia, a amar Seu Filho sobre a cruz, no próximo, na Igreja.
Traduzido do italiano para o português por Tania

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