domingo, 1 de maio de 2011

REMÉDIOS CONTRA O PECADO : JEJUM, ESMOLA E ORAÇÃO - LITURGIA DIÁRIA , 02 DE MAIO DE 2011

REMÉDIOS CONTRA O PECADO : JEJUM , ESMOLA E ORAÇÃO
"Como é possível vencer na luta entre a carne e o espírito, entre o bem e o mal, luta que marca a nossa existência? : a oração, a esmola e o jejum" - PAPA BENTO XVI


O Catecismo diz que: “Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo Sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção. Pela Liturgia da Igreja Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.Mas para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração, precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda, sobretudo, que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.A meta da Quaresma é a expiação dos pecados, pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo. Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm como objetivo livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte, mas a carne é fraca”. A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9). “A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados” (Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” (Eclo 29,15). Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17). Quaresma é, pois, tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos. Assim podemos nos preparar para o Banquete pascal glorioso, encontrando-se com o Senhor ressuscitado e glorioso com a alma renovada no seu amor. A Importância do Jejum : A Igreja chama o jejum, a esmola e a oração, de “remédios contra o pecado”; pois cada uma dessas atividades, a seu modo, nos ajudam a vencer o maior mal deste mundo, o pecado. A oração nos fortalece em Deus, a esmola (obras de caridade) “cobre uma multidão de pecados”; e o jejum fortalece o nosso espírito contra as tentações da carne e do espírito, e nos liberta e abre para os valores superiores da alma. “Ordenai um jejum” (Jl. 1, 14). São as palavras que ouvimos na primeira leitura da Quarta-feira de Cinzas, quando começa a quaresma. O jejum no tempo da Quaresma é também a expressão da nossa solidariedade com Cristo, preso, torturado, flagelado, coroado de espinhos, condenado à morte, crucificado e morto. Ao jejuar devemos concentrar-nos não só na prática da abstenção do alimento ou das bebidas, mas no significado mais profundo desta prática. O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver, disso se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar seja da forma que for. O jejum tem como finalidade nos levar a um equilíbrio necessário, e ao desprendimento daquilo que podemos chamar de “atitude consumística”, característica da nossa civilização. O homem orientado para os bens materiais, muitas vezes abusa deles. Hoje se busca acima de tudo a satisfação dos sentidos, a excitação que disso deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade de sensações cada vez maior. E isso acaba gerando um vazio no coração do homem moderno, pois sem Deus ele não pode se satisfazer. O barulho do mundo e o prazer das criaturas não conseguem preencher o seu coração. A criança, hoje, e também muitos adultos, vivem de sensações, procura sensações sempre novas… E torna-se assim, sem se dar conta, escravo desta paixão atual; a vontade fica presa ao hábito, a que não sabe opor-se. O jejum nos ajuda a aprender a renunciar a alguma coisa. Ele nos faz capazes de dizer “não” a nós mesmos, e nos abre aos valores mais nobres de nossa alma: a espiritualidade, a reflexão, a vontade consciente. O jejum nos coloca de pé e de cabeça para cima. Há muitos que caminham de cabeça para baixo; isso acontece quando o corpo comanda o espírito e o esmaga. É o prazer do corpo que o comanda e não a vontade do espírito. É preciso entender que a renúncia às sensações, aos estímulos, aos prazeres e ainda ao alimento ou às bebidas, não é um fim em si mesmo, mas apenas um “meio”, deve apenas preparar o caminho para conquistas mais profundas. A renúncia do alimento deve servir para criar em nós condições para poder viver os valores superiores. Por isso o jejum não pode ser algo triste, enfadonho, mas uma atividade feliz que nos liberta. Os Padres da Igreja davam grande valor ao jejum. Diz, por exemplo, São Pedro Crisólogo (†451): “O jejum é paz do corpo, força dos espíritos e vigor das almas” e ainda: “O jejum é o leme da vida humana e governa todo o navio do nosso corpo” (Sermão VII: sobre o jejum, 3.1). Santo Ambrósio (†397) diz: “A tua carne está-te sujeita (…): Não sigas as solicitações ilícitas, mas refreia-as algum tanto, mesmo no que diz respeito às coisas lícitas. De fato, quem não se abstém de nenhuma das coisas lícitas, está também perto das ilícitas" (Sermão sobre a utilidade do jejum, III. V. VII). Até escritores, que não pertencem ao cristianismo, declaram a mesma verdade. Esta é de alcance universal. Faz parte da sabedoria universal da vida. O jejum confere à oração maior eficácia. Por ele o homem descobre, de fato, que é mais “senhor de si mesmo” e que se tornou interiormente livre. Se dá conta de que a conversão e o encontro com Deus, por meio da oração, frutificam nele. Assim, o jejum não é algo que sobrou de uma prática religiosa dos séculos passados, mas é também indispensável ao homem de hoje, aos cristãos do nosso tempo. A Bíblia recomenda muito o jejum, tanto o Antigo como o Novo Testamento; Jesus o realizou por quarenta dias no deserto antes de enfrentar o demônio e começar a sua vida pública, e muito o recomendou. “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Mt 17,20). “Boa coisa é a oração acompanhada de jejum, e a esmola é preferível aos tesouros de ouro escondidos”. (Tb 12,8). O nosso jejum deve ser acompanhado de mudança de vida, conversão, arrependimento dos pecados e volta para Deus. O profeta Isaías chamava a atenção do povo para isso: “De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não prestais atenção? É que no dia de vosso jejum, só cuidais de vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários. Passais vosso jejum em disputas e altercações, ferindo com o punho o pobre. Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz. O jejum que me agrada porventura consiste em o homem mortificar-se por um dia? Curvar a cabeça como um junco, deitar sobre o saco e a cinza? Podeis chamar isso um jejum, um dia agradável ao Senhor? Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? – diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo”. (Is 58,3-6). Cada um de nós tem a própria individualidade, por isso, cada um deve realizar a forma de jejum que mais lhe seja adequada

MENSAGEM DO DIA 25/08/1996 - Escutem, porque desejo falar-lhes e convidá-los a terem mais fé e confiança em Deus, que os ama sem medida. Filhinhos, vocês não sabem viver na graça de Deus, por isso chamo a todos vocês, mais uma vez, a levar a palavra de Deus em seus corações e em seus pensamentos. Filhinhos, coloquem a Sagrada Escritura em local visível em suas famílias, leiam-na e vivam-na. Ensinem aos seus filhos porque, se vocês não forem um exemplo para eles, na falta de Deus, eles se afastam. Reflitam e rezem, e então Deus nascerá em seus corações e os seus corações ficarão alegres - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE





DIA : 02/05/2011

PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 4, 23-31

SANTO ATANÁSIO BISPO E DOUTOR - (branco, prefácio pascal ou dos pastores - ofício da memória) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - Naqueles dias, 23Postos em liberdade, voltaram aos seus irmãos e referiram tudo quanto lhes tinham dito os sumos sacerdotes e os anciãos. 24Ao ouvirem isso, levantaram unânimes a voz a Deus e disseram: Senhor, vós que fizestes o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há. 25Vós que, pelo Espírito Santo, pela boca de nosso pai Davi, vosso servo, dissestes: Por que se agitam as nações, e imaginam os povos coisas vãs? 26Levantam-se os reis da terra, e os príncipes se reúnem em conselho contra o Senhor e contra o seu Cristo (Sl 2,1s.). 27Pois na verdade se uniram nesta cidade contra o vosso santo servo Jesus, que ungistes, Herodes e Pôncio Pilatos com as nações e com o povo de Israel, 28para executarem o que a vossa mão e o vosso conselho predeterminaram que se fizesse. 29Agora, pois, Senhor, olhai para as suas ameaças e concedei aos vossos servos que com todo o desassombro anunciem a vossa palavra. 30Estendei a vossa mão para que se realizem curas, milagres e prodígios pelo nome de Jesus, vosso santo servo! 31Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus. - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 2)

REFRÃO: Felizes hão de ser todos aqueles / que põem sua esperança no Senhor
1. Por que tumultuam as nações? Por que tramam os povos vãs conspirações? Erguem-se, juntos, os reis da terra, e os príncipes se unem para conspirar contra o Senhor e contra seu Cristo. Quebremos seu jugo, disseram eles, e sacudamos para longe de nós as suas cadeias! - R.
2. Aquele, porém, que mora nos céus, se ri, o Senhor os reduz ao ridículo. Dirigindo-se a eles em cólera, ele os aterra com o seu furor: Sou eu, diz, quem me sagrei um rei em Sião, minha montanha santa. - R.
3. Vou publicar o decreto do Senhor. Disse-me o Senhor: Tu és meu filho, eu hoje te gerei. Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações; tu possuirás os confins do mundo. Tu as governarás com cetro de ferro, tu as pulverizarás como um vaso de argila. - R.

EVANGELHO : João 3, 1-8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 1Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele. 3Jesus replicou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus. 4Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez? 5Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. 6O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito. 7Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo. 8O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito. - Palavra da salvação

O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA DIZ : §1434 As múltiplas formas da penitência na vida cristã A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8). §1438 Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). §2043 O quarto mandamento ("Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja") determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração. O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades



A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO ATANÁSIO - Atanásio foi o sucessor do bispo de Alexandria, embora tivesse apenas 31 anos, e dirigiu a Igreja de Alexandria por 46 anos, período de muito sofrimento e perseguição. Os arianos não lhe deram descanso e, com o apoio do imperador, espalharam muitas calúnias contra Atanásio, que por cinco vezes teve de fugir de sua sede episcopal. Refugiava-se no deserto onde conheceu e conviveu com o grande Santo Antão. Durante cinco anos ficou lá escondido, saindo somente à noite para dirigir sua igreja e consolar seus fiéis. Atanásio foi firme e inquebrantável com seus numerosos escritos. Manteve viva a fé no Verbo Encarnado. Faleceu reconhecido por toda a Igreja, com 77 anos. E como reconhecimento de seu trabalho, fidelidade e fundamentais obras escritas para a Santa Igreja foi declarado Doutor da Igreja. Santo Atanásio, rogai por nós!





































































































































































































































































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