sábado, 24 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL COM MARIA!!!


Uma chave teológica muito bonita para entendermos este grande mistério do natal, é olhar para o evangelho e ver o belo exemplo dos Magos que encontram Jesus em "Belém", e a palavra "Betlehem" significa "casa do pão". Assim, na humilde da gruta de Belém, estava o verdadeiro pão da vida, o verdadeiro grão de mostarda que, morrendo, deu a vida para o mundo.
"Eu sou o pão da vida", "Eu sou o pão vivo que desceu do céu", "o pão que Eu hei de dar é a minha carne, pela vida do mundo" (Jo 6, 35.41.51).
O Menino, colocado por Maria na Manjedoura, é o Homem-Deus que veremos pregado na Cruz, é o mesmo Redentor que está presente no sacramento da Eucaristia. Na manjedoura de Belém deixou-se adorar, sob as pobres aparências de um recém-nascido. Maria, José, os pastores; os magos, o adoraram, e nós também podemos faze-lo, adorando-O na Hóstia consagrada, adoramo-lO sacramentalmente, Ele se faz presente em corpo, sangue, alma e divindade, e oferece-se a nós como alimento de vida eterna.
É interessante também compararmos o evangelho e escutar a narração de Lucas, cap. 2,6-7 relata: “Ela deu a luz ao seu Filho primogênito, envolveu com faixas e o colocou em uma manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala”. Em uma de suas conferências, o bispo de Molfeta, Dom Tonino Belo, o qual está em processo de beatificação, um santo bispo, muito humano, pacífico e generoso, próximo de seu rebanho, comenta com as seguintes palavras:
“E o colocaram em uma manjedoura”. No espaço de poucas linhas, vemos a palavra manjedoura, e no estilo Lucano, vemos sem duvida, que ele quis pintar Maria nesta cena, como aquela que enche o cestinho vazio da mesa. Se é verdade que na manjedoura se coloca o alimento para os animais, não é difícil ler naquela colocação a intenção de Maria de apresentar Jesus, desde a sua primeira aparição, como o alimento do mundo. Ou melhor, como o pão do mundo.
Sobre a palha, se apresenta o grão triturado e cozido pelos homens. Sobre a manjedoura, envolto em faixas, como o pão assado sobre a mesa, o pão descido do céu. Ao lado da manjedoura, como diante do tabernáculo, a fornalha daquele pão (Maria). Maria tinha entendido bem o seu papel, desde quando se viu conduzida pela providência divina, a dar a luz em uma cidade longe da sua, chamada a casa do pão. Por isso, na noite em que foi excluída, por não terem lugar de acolhida, usou a manjedoura, como a cestinha de uma mesa (onde se coloca o alimento, o pão). Isto quase para antecipar, com este gesto profético, o convite que Jesus, na noite da traição, fez ao mundo inteiro: “Tomai todos e comei, este é o meu corpo que é oferecido em sacrifício por vós!”. Maria é aquela que nos trás o pão, não somente o pão espiritual.” Mas o pão para o mundo!
Como é belo a este ponto ver a grande relação que existe entre Maria e a Eucaristia, a tal ponto de Maria ser chamada a mulher eucarística, aquela que colocou Jesus na manjedoura, é aquele que enche o cestinho da nossa vida, com o verdadeiro pão da vida.
Maria é então a mulher eucarística, porque é a Kekaritoméne, é aquela que está totalmente sobre o influxo do favor e da iniciativa de Deus, de tal modo que o agir de Deus em sua vida é dinâmico, e permanece, e é feito apenas de gratuidade, de dom, de graça, pois é Deus que se doa a ela de forma total e plena, a ponto de ser seu filho.
Foi no seio de Maria que a Palavra se fez carne. Foi no seio virginal e santo de Maria que Deus fez a nova e eterna aliança dom a humanidade, assumindo a nossa carne.
No início da criação Deus por meio de sua palavra "Faça-se", criava as coisas e o homem, agora, por meio do "Faça-se em mim" de Maria, Deus cria o novo homem, e nos faz filhos no Filho.
Agradeçamos este imenso dom de termos uma Mãe, que nos ama, que nos doou o Senhor Jesus!
Feliz Natal, que este grande presente de Deus, possa agir nos vossos corações, e se tornar carne da vossa carne.
Que Deus os abençoe!
Vos quero bem!
Pe. Fernando Tadeu

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