terça-feira, 18 de março de 2014

Entrevista com o Pe. Francesco Rizzi, autor do livro “Medjugorje. O novo mundo de paz”



Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Em março de 2008, o Padre Livio Fanzaga entrevistou o sacerdote italiano, Pe. Francesco Rizzi, autor do livro “Medjugorje. O novo mundo de paz”. Pe. Francesco atuou em Medjugorje na recepção de peregrinos de língua italiana. Nas palavras de padre Lívio, “com seu livro Pe. Francesco pretende mostrar como as mensagens da Rainha da Paz estão em perfeita sintonia com a imagem de Nossa Senhora que a Igreja e a liturgia nos oferecem. É, portanto, um trabalho teológico-pastoral que visa demonstrar que o rosto da Rainha da Paz é exatamente o rosto de Maria que nós conhecemos pela fé”.

Padre Livio – Quantos anos o senhor tem?
Padre Francesco – O senhor diz que eu sou jovem, mas não muito! Tenho 42 anos de idade.
Padre Livio – Onde o senhor nasceu?
Padre Francesco - Eu nasci em Roma e sempre vivi em Roma. Tive meu primeiro encontro com Medjugorje há cerca de vinte anos atrás. Naquela época, eu era um jovem em busca, e agora digo brincando que aqueles três dias foram fatais para mim, porque foi ali que recebi a minha vocação franciscana. A primeira vez que fui a Medjugorje foi em julho de 1988. 

Padre Livio - Vejo que você é formado em economia e comércio. Estes estudos já estavam concluídos ou o senhor os terminou depois? 
Padre Francesco - Eu ainda precisava completá-los. Sabe, quando voltei para casa depois da experiência de Medjugorje, fiquei muito entusiasmado e me acontecia pensar: “Bem, talvez o Senhor não queira que eu continue meus estudos universitários”. Em vez disso, conheci um bom frei que me disse: “Não, não o deixo entrar na ordem se primeiro você não terminar regularmente seus estudos”. Então, eu terminei a faculdade e entrei na Ordem Franciscana em 1991.

Padre Livio - O que o impressionou na primeira vez que você esteve em Medjugorje? 
Padre Francesco - A primeira vez que fui a Medjugorje, fiquei impressionado com a grande paz que se respirava neste lugar, as pessoas que se encontravam, os peregrinos que rezavam, mas me impressionaram muito também os franciscanos: naquela época estava lá o Padre Slavko, que dirigia a oração e a adoração eucarística. Bem, talvez o que mais me impressionou de tudo tenha sido a adoração eucarística, eu me apaixonei imediatamente por ela. 

Padre Livio - Como você chegou a sentir o desejo de ir a Medjugorje? 
Padre Francesco - Eu tinha ouvido alguns amigos meus falarem sobre Medjugorje. A partir desse momento surgiu em mim um forte desejo de ir a Medjugorje. Eu disse: “Por que não fazer essa experiência?”. Então, fui lá de carro: pensar que a primeira vez que fui lá estava sozinho e não conhecia absolutamente o caminho! Na verdade, levei quase dois dias fazendo toda a volta pelo litoral. Naquela época não era possível telefonar com tanta facilidade como se pode fazer hoje, e em casa pensaram que eu tivesse me perdido. Naquela época ainda havia o comunismo e me disseram que até mesmo levar um rosário no bolso era perigoso e ele poderia ser confiscado. Quando cheguei na casa paroquial, encontrei o Padre Slavko, a quem perguntei onde poderia ir para dormir. Indicou-me um hotel, onde fiquei por dois ou três dias. Quando voltei para a Itália, pensei que se tratara de momento passageiro, mas quando, no ano seguinte, decidi retornar a Medjugorje, tomei consciência da minha vocação. 

Padre Livio - Então, a sua vocação franciscana nasceu em Medjugorje? 
Padre Francesco - Sim. Por algum tempo, pensei que poderia fazer uma outra escolha, como, por exemplo, a consagração. Depois, eu percebi que a minha verdadeira vocação era de natureza franciscana. Continuei meus estudos em Roma e, em seguida, entrei na ordem dos Frades Menores. 

Padre Livio - O que o senhor pensa do fato de ter recebido a vocação em Medjugorje e agora ter sido convidado a servir na paróquia de Medjugorje? 
Padre Francesco  Nunca tinha pensado em semelhante coisa. Foi por meio da decisão de meu Padre Provincial, Padre Aldo La Neve, que eu pedi para fazer uma experiência missionária fora do serviço na paróquia. E aconteceu justamente em Medjugorje. No meu primeiro ano, trabalhei no orfanato da Ir. Josipa, mantendo-me também no serviço da paróquia. Esta experiência está-se prolongando até hoje, e agora eu já estou aqui há quatro anos e meio.

Padre Livio - O que o senhor pode dizer sobre estes seus quatro anos e meio de sacerdócio num lugar particularmente desafiador? 
Padre Francesco - Como sacerdote, posso dizer-lhe que Nossa Senhora nos ajuda a entender melhor o Evangelho. Parece estranho, mas eu entendi o Evangelho graças às mensagens da Rainha da Paz, graças à oração, graças aos lugares e também graças aos peregrinos. Quando os peregrinos chegam, você vê que eles têm uma grande fome e sede de Deus. Na Itália, as pessoas, quando ouvem um sacerdote pregando, ficam sempre olhando o relógio; mas aqui é diferente, porque todos ficam muito mais atentos, todos escutam de bom grado a Catequese, participam da adoração eucarística, e ninguém deixa Medjugorje sem antes ter se confessado. Estamos sempre nos confessionários e vemos como todos os dias vêm pessoas que nos dizem que talvez há vinte, trinta, ou até mesmo 40 anos não se confessam. Isso acontece todos os dias, e para nós é normal. Especialmente quando começam as peregrinações de meados de março até novembro, quando ocorre a Solenidade da Imaculada Conceição, o Festival da Juventude, o evento para os sacerdotes... Os acontecimentos em Medjugorje são muitos e uma coisa que impressiona é o número crescente de peregrinos que chegam: no ano passado, segundo mostram os dados oficiais, tivemos mais de 2 milhões de visitantes e quase um terço deles era de italianos. 

Padre Livio - No ano anterior, no entanto, o número de peregrinos foi de um milhão e meio. 
Padre Francesco - Sim, de fato tem havido um aumento considerável e quem sabe quantos mais virão ainda este ano. 
(a ser continuado)

Traduzido do italiano para o português por Tania

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