domingo, 18 de agosto de 2013

PRECIOSA É AOS OLHOS DO SENHOR A MORTE DE SEUS SANTOS” - LITURGIA DIÁRIA , 19 DE AGOSTO DE 2013




PRECIOSA É AOS OLHOS DO SENHOR A MORTE DE SEUS SANTOS”
Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum eius – “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de seus Santos” (Ps. 115, 5)


Sumário. A morte assusta os pecadores, que sabem que da primeira morte, do estado de pecado, passarão à segunda, que é eterna. A morte é, porém, o consolo das almas boas, que, confiadas nos merecimentos de Jesus Cristo, tem indícios suficientes para estarem moralmente certas de se achar na graça de Deus. Para estas a morte é preciosa, porque é um repouso suave depois das angústias padecidas no combate contra as tentações, ou em aplacar os temores e os escrúpulos de desagradar ao Senhor. Oh, que consolo poder dizer: Nunca mais ofenderei ao meu Deus!
                                                                                    
I. A morte assusta os pecadores, que sabem que da primeira morte, do estado de pecado, passarão à segunda, que é eterna. Não amedronta, porém, as almas boas, que, confiadas nos méritos de Jesus Cristo, têm suficientes indícios para terem certeza moral de que se acham na graça de Deus. – Por isso aquele Proficiscere: Parte, ó alma, deste mundo, que tanto perturba os que morrem contra a sua vontade, não perturba os santos, que desprenderam o coração de todo o amor terrestre e com todas as veras sempre disseram: Deus meus et omnia – “Meu Deus e meu tudo”.

Para estes a morte não é um tormento, mas o repouso depois das angústias padecidas no combate contra as tentações e das inquietações causadas pelos escrúpulos e temores de ofender a Deus. Neles se realiza o que escreve São João: Beati mortui qui in Domino moriuntur! Amodo iam dicit Spiritus: ut requiescant a laboribus suis (1) – “Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor! Desde agora diz o Espírito que descansem de seus trabalhos”. – Quem morre no amor de Deus, não se perturba pelas dores que acompanham a morte; muito ao contrário, nelas se compraz, oferecendo-as a Deus como os últimos restos da sua vida. Oh! Que paz tão profunda goza o que morre resignado, abraçado com Jesus Cristo, que escolheu para si uma morte amargosa e desolada, a fim de nos obter uma morte suave e resignada!

Ó meu Jesus, Vós sois meu Juiz, mas sois também meu Redentor, que morreu para me salvar. Não era mais digno de Vos amar, mas, pelos vossos benefícios, me atraístes a vosso amor. Se é vossa vontade que eu morra desta doença, de boa mente aceito a morte. Sei que não mereço entrar logo no céu; contente estou de ir ao purgatório para ali padecer quanto Vos agrada. A minha pena mais grave será ver-me longe de Vós, suspirando por ir ver-Vos e amar-vos face a face. Portanto, meu amado Salvador, tende piedade de mim.


II. Não se pode viver nesta vida sem culpas. Eis o motivo porque as almas amantes de Deus desejam a morte. Este pensamento enchia o Padre Vicente Carafa de consolação na hora da morte; ele disse: “Visto que acabo de viver, acabo de ofender ao meu Deus”. Certa pessoa mandou, aos que a assistiam, que na hora da morte lhe repetissem muitas vezes estas palavras: Consola-te, visto ter chegado o tempo em que não poderás mais ofender a 

a teu Senhor.

Com efeito, o que é para nós nosso corpo senão uma prisão, na qual a alma está encarcerada sem poder unir-se a seu Deus? Pelo que o amante São Francisco exclamou na hora da morte, com o Profeta: Educ de custodia animam meam (2) – Senhor, livrai-me a alma deste cárcere que a impede de Vos contemplar. – São Pionio Mártir, quando já estava ao pé do patíbulo, mostrou-se tão alegre, que as pessoas presentes, admiradas de tão grande alegria, lhe perguntaram, como é que podia estar tão radiante de alegria, estando tão próximo da morte. “Estais enganados”, respondeu o Santo, “eu não vou à morte, mas à vida que me fará viver eternamente.”

Meu dulcíssimo Jesus, graças Vos dou por não me terdes deixado morrer quando estava em vossa desgraça e por Vos haverdes conquistado meu coração pela grande bondade que tivestes para comigo. Quando penso nos desgostos que Vos causei, quereria morrer de dor. Em vossas mãos deposito a minha alma que já estava perdida. Lembrai-Vos, Senhor, de que a resgatastes com o preço de vossa morte: Redemisti me, Domine, Deus veritatis (3). – Amo-Vos, ó bondade infinita, e desejo sair já deste mundo para Vos ir amar com amor mais perfeito no céu. Mas, enquanto ficar ainda nesta terra, fazei-me sempre conhecer melhor a obrigação que tenho de Vos amar. Meu Deus, dignai-Vos aceitar-me: sou todo vosso, a Vós me consagro e em Vós confio pelos merecimentos de Jesus Cristo. – Ó Maria, minha esperança, confio também na vossa intercessão (*II 310)



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1. Apoc. 14, 13.
2. Ps. 141, 8.
3. Ps. 30, 6.

(FONTE : SANTO Afonso Maria de Ligório . Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana
depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 290-293)



A  frase protestante “Igreja não salva, quem salva é Jesus”, traz uma conclusão falsa: “Igreja não importa”. Logo, as pessoas podem participar de qualquer igreja e ao mesmo tempo podem não congregar em nenhuma. Esse relativismo religioso deixa a doutrina apostólica da comunhão dos Santos de lado

A Igreja Católica não é uma instituição puramente compreensível neste mundo. Ela possuí três estados, porém continua sendo a mesma Igreja Católica, fundada por Cristo e apascentada por Pedro
A Igreja Católica é composta por uma igreja visível, dita militante que caminha neste mundo (que somos nós), uma igreja que está se purificando no purgatório (Igreja Padecente) e uma Igreja triunfante que já está na glória, junto de Deus. Porém a comunhão espiritual e a comunhão de bens entre os santos não é rompida com a morte. Isso deriva do lógico: Se Cristo venceu a morte, como poderia ela ainda nos separar?
A Comunhão dos Santos é a união entre todos os membros da Igreja e a palavra de Deus nos mostra essa realidade . Vejamos :
“Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito. Assim o corpo não consiste em um só membro, mas em muitos” (I Cor 12, 12-14)
Paulo mostra que quando somos batizados, somos agora um só corpo. Essa é a graça de receber o Espírito do Ressuscitado que nos torna filhos de Deus e membros do corpo de Cristo, isto é a Igreja
A morte já não seria mais uma barreira para os que estão na graça de Deus. Logo, os santos que morreram na graça de Deus também participam dessa comunhão e podem manifestar essa comunhão também com intercessão. Vejam:
“Quando recebeu o livro‚ os quatro Animais e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro‚ tendo cada um uma cítara e taças de ouro cheias de perfume (que são as orações dos santos)” (Ap 5‚8)
São João mostra que diante do cordeiro as orações dos santos são como taças cheias de perfumes
Agora uma observação: Nem todos os mortos podem interceder, apenas os que estão na presença de Deus. Aquelas almas condenadas ao inferno não participam dessa comunhão, como mostro nas passagens que seguem
“Com efeito, os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem mais nada; para eles não há mais recompensa, porque sua lembrança está esquecida” (Ecl 9‚5)
“Tudo que tua mão encontra para fazer, faze-o com todas as tuas faculdades, pois que na região dos mortos, para onde vais, não há mais trabalho, nem ciência, nem inteligência, nem sabedoria” (Ecl 9‚10)
Esses mortos que Eclesiastes cita, não são os mesmo mortos que diante do trono de Deus clamam por Justiça. Confira :
“Depois disso‚ vi uma grande multidão que ninguém podia contar‚ de toda nação‚ tribo‚ povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro‚ de vestes brancas e palmas na mão‚ e bradavam em alta voz: “A salvação é obra de nosso Deus‚ que está assentado no trono‚ e do cordeiro” (Ap 7‚9-10)
“Quando abriu o quinto selo‚ vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz‚ dizendo: “Até quando tu‚ que és o Senhor‚ o Santo‚ o Verdadeiro‚ ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?” (Ap 6‚ 9-10)
Viram a diferença? Os que podem interceder estão dentro da grande comunhão dos Santos.
Há testemunho da Igreja primitiva sobre essa comunhão? Sim, vou citar alguns:
São Clemente (Século I) : “Os que suportaram com confiança, herdaram glória e honra; foram exaltados, e Deus os inscreveu no seu memorial pelos séculos dos séculos. Amém”
Orígenes, pelo ano 250 d.C., afirmava que: “virtudes nesta vida são definitivamente aperfeiçoadas no além. Ora, a mais valiosa de todas é a caridade; esta, portanto, na outra vida é ainda mais ardente do que na vida presente. Por conseguinte, os santos exercem seu amor sobre os irmãos na terra, mediante a intercessão dirigida a Deus em favor das necessidades destes peregrinos”
Santo Inácio no ano 107 d.C, antes do seu martírio, escreveu: "Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus"
Então meus caros amigos, a Comunhão dos Santos não é uma doutrina nova. Ela é apostólica!
Mas a Comunhão dos Santos se resume em intercessão? Não! É algo muito maior
No Catecismo lemos: “Uma vez que todos os crentes formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros... assim, é preciso crer que existe uma comunhão dos bens na Igreja. Mas o membro mais importante é Cristo, por ser a Cabeça... Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz por meio dos sacramentos da Igreja.” [Sto. Tomás de Aquino, Symb. 13]. “Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum.” (CIC 947).
“O termo “comunhão dos Santos” tem, pois, dois significados intimamente interligados: “comunhão nas coisas santas (sancta)” e “comunhão entre as pessoas santas (sancti)”. (CIC 948)
Vamos entender: os bens espirituais da Igreja, pertencem a todos os santos (não apenas os canonizados), mas todos nós que buscamos a santidade
Pela comunhão dos santos, um ato de virtude, caridade, etc...torna-se patrimônio da Igreja podendo auxiliar um outro membro da Igreja que se precipita no abismo do pecado, porém, um ato pecaminoso pode ter conseqüência a todos os membros, pois somos um único corpo místico
A comunhão dos Santos é também comunhão entre os três estados da Igreja (Militante, padecente e triunfante) e as orações da Igreja desta terra pode contribuir para a purificação das almas do purgatório, bem como as orações dos santos diante de Deus contribuem para a nossa vida enquanto Igreja militante
É por isso que dizemos que um monge, que nunca sai do mosteiro, pode contribuir imensamente com Igreja. Pois os seus méritos diante de Deus são compartilhados por todos. Quando estamos em estado de graça conservamos essa graça no corpo (a Igreja) e esse bem espiritual é usufruído por todos
Em Atos 4, Lucas mostra que essa comunhão é espiritual e também material: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuíam, mas tudo entre eles era comum.” (At 4,32)
A Igreja é um só coração e uma só alma. E em relação aos bens, a Igreja passou a se ajudar mutuamente. Por isso que pagamos o dízimo diferente dos protestantes, para eles o dízimo que os Judeus pagavam para sustentar os levitas deve continuar ainda hoje, porém não mais aos levitas e sim as igrejas. Nós, porém usamos o termo “dízimo”, mas é a comunhão a nossa lei


LITURGIA DO DIA 19/08/2013
 
PRIMEIRA LEITURA: JUÍZES 2, 11-19

XX SEMANA COMUM , (VERDE - OFÍCIO DO DIA DA IV SEMANA DO SALTÉRIO) - LEITURA DO LIVRO DOS JUÍZES - Naqueles dias, 11Os israelitas fizeram então o mal aos olhos do Senhor e serviram os Baal. 12Abandonaram o Senhor, o Deus de seus pais, que os tinha tirado do Egito, e seguiram outros deuses, os dos povos que habitavam em torno deles; prostraram-se diante deles, excitando assim a cólera do Senhor. 13Abandonaram o Senhor para servirem Baal e Astarot. 14A cólera do Senhor inflamou-se contra Israel, e ele entregou-os nas mãos de piratas, que os despojaram, e vendeu-os aos inimigos dos arredores, de sorte que não puderam mais resistir-lhes. 15Para onde quer que fossem, a mão do Senhor estava contra eles para fazer-lhes mal, como o Senhor lhes tinha dito e jurado, e viram-se em grande aflição.16(Entretanto) o Senhor suscitava-lhes juízes que os livraram das mãos dos opressores, 17mas nem mesmo os seus juízes ouviam e continuavam prostituindo-se a outros deuses, adorando-os. Abandonaram depressa o caminho que tinham seguido seus pais, na obediência aos mandamentos do Senhor, e não os imitaram. 18Ora, quando o Senhor suscitava juízes, ele estava com o juiz para livrá-los de seus inimigos enquanto vivesse o juiz: o Senhor compadecia-se dos gemidos que soltavam diante de seus inimigos e de seus opressores. 19Mas, depois que o juiz morria, corrompiam-se e se tornavam ainda piores do que seus pais, seguindo outros deuses, servindo-os e adorando-os; e não renunciavam aos seus crimes e à sua obstinação - Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL(105)

REFRÃO:  LEMBRAI-VOS DE NÓS Ó SENHOR, SEGUNDO O AMOR PARA COM VOSSO POVO!

1.
 Não quiseram suprimir aqueles povos, que o Senhor tinha mandado exterminar; misturaram-se, então, com os pagãos, e aprenderam seus costumes depravados. -R.

2. Aos ídolos pagãos prestaram culto, que se tornaram armadilha para eles; pois imolaram até mesmo os próprios filhos, sacrificaram suas filhas aos demônios. -R.

3. Contaminaram-se com suas próprias obras, prostituíram-se em crimes incontáveis. Acendeu-se a ira de Deus contra o seu povo e o Senhor abominou a sua herança. -R.

4. Quantas vezes o Senhor os libertou! Eles, porém, por malvadez o provocavam, mas o Senhor tinha piedade do seu povo, quando ouvia o seu grito na aflição. -R

EVANGELHO: MATEUS 19, 16-22

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS
- Naquele tempo,16Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus: 17Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos. 18Quais?, perguntou ele. Jesus respondeu: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo. 20Disse-lhe o jovem: Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda? 21Respondeu Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! 22Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens - Palavra da salvação






MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Também hoje alegro-me com vocês e convido todos vocês à oração com o coração. Convido todos vocês, filhinhos, a agradecerem a Deus, aqui comigo, pelas graças que Ele lhes concede através de Mim. Desejo que compreendam que aqui desejo criar não apenas um lugar de oração, mas também um encontro de corações. Desejo que o meu Coração, o Coração de Jesus e o coração de vocês se fundam em um único coração de amor e de paz. Por isso, filhinhos, rezem e alegrem-se por tudo que Deus realiza aqui, não obstante satanás provocar litígios e intranqüilidade. Eu estou com vocês e conduzo  todos vocês pela via do amor. Obrigada por terem correspondido a meu apelo” - 25.07.99



A  IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO JOÃO EUDES - O santo deste dia foi definido por São Pio X como “autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria”. São João Eudes nasceu na Normandia, em 1601, num tempo em que o século XVII estava sendo marcado pelo jansenismo, quietismo e filosofismo . Ao viver numa família religiosa, João estranhou quando externando seu desejo de consagrar-se a Deus encontrou barreiras com o seu pai, que não foram maiores do que o chamado do Senhor, por isto com 24 anos estava sendo ordenado Sacerdote. Homem de Deus, soube colher e promover os frutos do Espírito para a época, tanto assim que foi importantíssimo para a renovação e formação do Clero, evangelização das massas rurais e difusão da espiritualidade centrada nos Corações de Jesus e de Maria, a qual venceu com o amor afetivo de Deus as friezas e tentações da época . São João Eudes com suas inúmeras missões e escritos influenciou fortemente todo o seu país e o mundo cristão. Depois de fundar a Congregação de Jesus e Maria (Eudistas), ao lado do ramo feminino chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, São João Eudes entrou no Céu em 1680 e foi canonizado em 1925. São João Eudes, rogai por nós!





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