quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O TÚMULO SERÁ A MORADA DO TEU CORPO‏ - LITURGIA DIÁRIA , 07 DE AGOSTO DE 2013

O TÚMULO SERÁ A MORADA DO TEU CORPO‏

DIVES CUM DORMIERIT, NIHIL SECUM AUFERT; APERIET ÓCULOS SUOS, ET NIHIL INVENIET – “O RICO, QUANDO DORMIR, NADA LEVARÁ CONSIGO; ABRIRÁ OS OLHOS E NADA ACHARÁ” (IOB 27, 19)

Sumário. Oh! Quão bem aprecia as coisas e dirige as suas ações, o que as aprecia e dirige tendo em vista a morte! Lembra-te, portanto, muitas vezes, meu irmão, de que todas as fortunas deste mundo acabam com um último suspiro, com um cortejo fúnebre. Em breve terás de ceder a outrem as tuas dignidades e riquezas. O túmulo será a morada do teu corpo até ao dia do juízo, e tua alma estará ou no céu, ou no inferno, para ali ficar eternamente. Então nada acharás senão o bem ou o mal que fizeste; tudo o mais terá acabado

É certa a morte. Ó céus! Sabem-no os cristãos, acreditam-no, vêem-no; como é, pois, que há tantos que vivem no esquecimento da morte, como se nunca tivessem de morrer? Se depois desta vida não houvesse nem inferno nem céu, poderiam pensar menos na morte do que atualmente pensam? E porque é que vivem tão mal como estão vivendo?


Meu irmão, se queres viver bem, procura viver o resto de teus dias sem perder a morte de vista. O mors, bonum est iudicium tuum (1) – “Ó morte, quão boa é a tua sentença!” Quão bem aprecia as coisas e dirige as suas ações o que as aprecia e dirige tendo em vista a morte! – A lembrança da morte faz perder o amor às coisas deste mundo, diz São Lourenço Justiniani: Consideretur vitae terminus, et non erit in hoc mundo quod ametur. Com  efeito; todos os bens do mundo se reduzem, na palavra de São João (2), aos prazeres dos sentidos, às riquezas e as honras. Ora, tudo isto é bem desprezível aos olhos do que reflete em que dentro em breve se tornará pó e será sepultado para servir de pasto aos vermes. Foi efetivamente à vista da morte que os santos desprezaram todos os bens da vida presente


Que louco não seria o viajante que só pensasse em fazer figura no país que atravessa, e não se importasse que assim se reduz a viver depois vida miserável no país onde tem de ficar a vida toda? E não será igualmente insensato o que só procura ser feliz neste mundo, onde se fica apenas uns poucos dias, e se arrisca a ser desgraçado no outro, onde deverá viver eternamente? – Quem possui alguma coisa apenas por empréstimo, pouca afeição lhe tem, pensando que em breve a tem de restituir. Os bens da terra nos são dados todos de empréstimo; seria, pois, loucura ligar-se-lhes afeição, já que em breve os havemos de abandonar. A morte nos privará de tudo

II. Meu irmão, todas as posses, todas as fortunas deste mundo terminarão com um último suspiro, um préstito fúnebre, um baixar à cova. Em breve terás de ceder a outrem a casa que construíste; o túmulo será a morada de teu corpo até ao dia do juízo, e depois irá ou ao céu ou ao inferno, para onde a alma já o terá precedido. E então nada acharemos senão o pouco que tivermos feito por amor de Deus, tudo o mais estará acabado


Porque, pois, esperar, ó meu Senhor? Esperarei até que venha a morte e me encontre tão miserável e enlameado de pecados, como estou atualmente? Se tivesse de morrer agora, morreria bem inquieto e mal satisfeito com a vida que levei. Não, meu Jesus, não quero morrer tão descontente. Agradeço-Vos por me haverdes dado o tempo de chorar os meus pecados e de Vos amar. Quero começar, a partir de agora. Pesa-me sobre todos os males de Vos ter ofendido, ó bondade suprema, e amo-Vos mais que todas as coisas, mais que minha vida. Dou-me todo inteiro a Vós; ó meu Jesus, desde já Vos abraço, Vos aperto ao coração, e Vos entrego toda a minha alma: In manus tuas commendo spiritum meum (3). Para vô-la dar, não quero esperar até o momento em que o Proficiscere lhe intimará a ordem de partir deste mundo. Não quero esperar até então para Vos rogar que me salveis


Iesus, sis mihi Iesus – “Ó Jesus, sêde meu Salvador”. Salvai-me agora, perdoando-me e concedendo-me a graça de vosso santo amor. Quem sabe se a consideração que estou lendo agora, não será o último apelo, a última misericórdia que me fazeis? Estendei-me a vossa mão, ó meu amor, e fazei-me sair do lodaçal da tibieza. Dai-me fervor, fazei que Vos obedeça com grande amor em tudo que pedis de mim. – Ó Pai Eterno, pelo amor de Jesus Cristo, dai-me a santa perseverança e a graça de Vos amar, mas de Vos amar muito durante o resto de meus dias. – Ó Maria, Mãe de misericórdia, pelo amor que tendes a vosso Filho Jesus, obtende-me estas duas graças: a perseverança e o amor

Meditações de Santo Afonso de Ligório




LITURGIA DO DIA 07 DE AGOSTO DE 2013

PRIMEIRA LEITURA: NÚMEROS 13, 1-2.25-33; 14, 1.26-30.34-35


XVIII SEMANA COMUM , (VERDE - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DO LIVRO DOS NÚMEROS - Naqueles dias, 1O Senhor disse a Moisés: 2"Envia homens para explorar a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada tribo patriarcal, tomados todos entre os príncipes." 25Tendo voltado os exploradores, passados quarenta dias, 26foram ter com Moisés e Aarão e toda a assembléia dos israelitas em Cades, no deserto de Farã. Diante deles e de toda a multidão relataram a sua expedição e mostraram os frutos da terra. 27Eis como narraram a Moisés a sua exploração: "Fomos à terra aonde nos enviaste. É verdadeiramente uma terra onde corre leite e mel, como se pode ver por esses frutos. 28Mas os habitantes dessa terra são robustos, suas cidades grandes e bem muradas; vimos ali até mesmo filhos de Enac. 29Os amalecitas habitam na terra do Negeb; os hiteus, os jebuseus e os amorreus habitam nas montanhas, e os cananeus habitam junto ao mar e ao longo do Jordão." 30Caleb fez calar o povo que começava a murmurar contra Moisés, e disse: "Vamos e apoderemo-nos da terra, porque podemos conquistá-la." 31Mas os outros, que tinham ido com ele, diziam: "Não somos capazes de atacar esse povo; é mais forte do que nós." 32E diante dos filhos de Israel depreciaram a terra que tinham explorado: "A terra, disseram eles, que exploramos, devora os seus habitantes: os homens que vimos ali são de uma grande estatura; 33vimos até mesmo gigantes, filhos de Enac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos comparados com eles." 1Toda a assembléia pôs-se a gritar e chorou aquela noite. 26O Senhor disse a Moisés e a Aarão: 27"Até quando sofrerei eu essa assembléia revoltada que murmura contra mim? Ouvi as murmurações que os israelitas proferem contra mim. 28Dir-lhes-ás: juro por mim mesmo, diz o Senhor, tratar-vos-ei como vos ouvi dizer.29Vossos cadáveres cairão nesse deserto. Todos vós que fostes recenseados da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, 30não entrareis na terra onde jurei estabelecer-vos, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Nun. 34Explorastes a terra em quarenta dias; tantos anos quantos foram esses dias pagareis a pena de vossas iniquidades, ou seja, durante quarenta anos, e vereis o que significa ser objeto de minha vingança. 35Eu, o Senhor, o disse. Eis como hei de tratar essa assembléia rebelde que se revoltou contra mim. Eles serão consumidos e mortos nesse deserto!" - Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL (105)


REFRÃO: LEMBRAI-VOS DE NÓS, Ó SENHOR, SEGUNDO O AMOR PARA COM VOSSO POVO!

1.
 Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos. -R.

2.
 Mas bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram o Senhor. -R.

3. 
Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. -R.

4. 
Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse. -R.

EVANGELHO: MATEUS 15, 21-28

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS - Naquele tempo, 21Jesus partiu dali e retirou-se para os arredores de Tiro e Sidônia. 22E eis que uma cananéia, originária daquela terra, gritava: Senhor, filho 23Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência: Despede-a, ela nos persegue com seus gritos. 24Jesus respondeu-lhes: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25Mas aquela mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: Senhor, ajuda-me! 26Jesus respondeu-lhe: Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos. 27Certamente, Senhor, replicou-lhe ela; mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos... 28Disse-lhe, então, Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora sua filha ficou curada - Palavra da salvação


MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE - "Queridos filhos! Hoje, convido-os a se tornarem minhas testemunhas vivendo na fé de seus pais. Filhinhos, vocês procuram sinais e mensagens e não vêem que Deus os convida, a cada manhã ao nascer do sol, a se converterem e a retornarem ao caminho da verdade e da salvação. Vocês falam demais, filhinhos, mas trabalham pouco em sua conversão. Por isso, convertam-se e comecem a viver minhas mensagens, não com palavras, mas com a vida. Dessa maneira, filhinhos, vocês terão a força para se decidirem pela verdadeira conversão do coração. Obrigada por terem correspondido a Meu apelo" - MENSAGEM DO DIA 25.09.98

A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO SISTO II E COMPANHEIROS MÁRTIRES - Os anos que se seguiram de 250 até 260 foram uns dos mais terríveis e ao mesmo tempos gloriosos do Cristianismo; terríveis devido à fúria dos imperadores Décio e Valeriano, e gloriosos por conta da têmpera dos inúmeros mártires, que foram os que mais glorificaram a Deus. O Santo Papa Sisto II, a quem celebramos neste dia, foi um destes homens que soube transformar o terrível em glória, a partir do seu testemunho de fé, amor e esperança em Cristo Jesus. Pertence à lista de cinco consecutivos Papas mártires, São Sisto II governou a Igreja durante um ano (257 – 258) e neste tempo semeou a paz e a unidade no seio da Igreja de Cristo. Foi Sisto decapitado pela polícia durante uma cerimônia clandestina que ele celebrava num cemitério da via Ápia. Foram ao mesmo tempo executados seis dos sete diáconos que o rodeavam. Só pouparam algum tempo o diácono Lourenço, seu tesoureiro, a quem deixaram quatro dias para entregar os bens da Igreja. Assim se procedia desde que o imperador Valeriano (+260) estabelecera a pena de morte “sem julgamento, só com verificação de identidade”, contra os Bispos, padres e diáconos da religião cristã. Desta forma, São Sisto II e seus companheiros mártires entregaram suas vidas em sinal de fidelidade a Cristo e foram recompensados com o tesouro da eternidade no Céu. São Sisto II e companheiros mártires, rogai por nós!



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