segunda-feira, 6 de maio de 2013

UM RETORNO Á TRADIÇÃO , PARA A RENOVAÇÃO DA IGREJA - LITURGIA DIÁRIA , 07 DE MAIO DE 2013


UM RETORNO Á TRADIÇÃO , PARA A RENOVAÇÃO DA IGREJA

“SÓ RETORNANDO À TRADIÇÃO DA IGREJA, PODEREMOS ENTRAR NA RENOVAÇÃO DA IGREJA DE HOJE , ONDE DEUS , SEU FILHO , JESUS CRISTO , E A PALAVRA SÃO SEU CENTRO” - (CARDEAL CANIZARES)


O purpurado , traçou um paralelo entre a situação atual e a que viveu em sua época São Tomás de Vilanova, onde foi Arcebispo de Valência 1544-1555 , a quem qualificou como de “tradição, reflexo do que foi o Concílio de Trento, em uma época de renovação na Igreja e na sociedade”, cujo episcopado se desenvolveu sob uma crise social e eclesial, como evocou

O purpurado valenciano concluiu sua homilia com outro novo paralelismo entre a figura do Santo Tomás de Vilanova e a do Papa Bento XVI, que seguia os passos deste santo, colocando no coração do homem e da Igreja o Deus-Amor; fazendo um contínuo chamamento à renovação da Igreja de hoje, ao retornar às fontes originais que são : Deus, seu filho Jesus Cristo e a Palavra ; e recuperar a importância do sacramento da reconciliação para poder levar a cabo essa conversão e renovação”

O TRADICIONALISMO É UMA AFIRMAÇÃO : Uma das coisas mais importantes que uma pessoa tem é a identidade. Isso explica porque os nomes são tão importantes para nós. Adão recebeu poder para designar as coisas no Jardim do Édem, mostrando que ele tinha domínio sobre o restante da criação, incluindo Eva, a quem nomeou. Quando uma criança descobre que um grande animal de olhar estranho tem um nome, ela encontra conforto neste fato, e se o papai pode identificá-lo, a coisa não deve ser tão terrível. Ela é conhecida

Os católicos tradicionais, ou tradicionalistas, designam a si mesmos dessa forma por causa de sua adesão às tradições da Igreja; uma vez que eles o fazem em vista do abandono em larga escala daquelas tradições por parte da hierarquia, assim como clero e fiéis, este é o motivo pelo qual a expressão “católicos” nem sempre é suficiente, embora devesse ser . Além desse conceito muito genérico do que é o tradicionalismo, há compreensões múltiplas e discrepantes do que exatamente define a identidade do tradicionalista. Evitando um dogmatismo rígido onde a Igreja não nos deu ainda uma definição dogmática — precisamos estar preparados para morrer pelo dogma católico, porém não por nossas próprias opiniões — gostaria de considerar o que o tradicionalismo é em sua essência

O contraste clareia a mente, então começarei com o que o tradicionalismo não é . O tradicionalismo não é uma negação . Ele não é uma recusa . Ele não é um apontar de dedos seguido de “você está errado!”. Existe um nome para essa ideologia : protestantismo . O protestantismo não é um conteúdo, mas sim um anti-conteúdo. Ele não é uma afirmação, mas sim uma negação

Certamente, o católico deve concordar com as condenações da Igreja , bem como com as suas definições , mas uma existência de condenação é contingente a duas coisas: a verdade que veio primeiro, e um erro que nega a verdade. Em outras palavras, uma condenação, embora boa e necessária, somente surge porque algum vilão (talvez o próprio Satanás) elaborou uma negação da verdade de Deus. Mas a verdade de Deus chegou primeiro


Os textos do Concílio de Trento nos dão uma ilustração disso. Trento afirma a verdade católica em seus decretos, que são textos comparativamente longos que explicam a doutrina católica em detalhes . Ao final daqueles decretos de rico conteúdo, em seguida, o Concílio condena os diversos erros em seus breves cânones

Assim, a curta resposta à pergunta referente à identidade do tradicionalista é que ele é um católico que afirma as verdades dogmáticas, os ensinamentos morais e às tradições litúrgicas da Igreja . Isso é substancial e primário. O fato de agir assim em face de oposição, não somente do mundo, mas de outras pessoas que se chamam católicos, é secundário e acidental . Não vamos inverter a ordem, se não permitiremos que o inimigo imponha a nossa identidade

Uma palavra sobre a busca por uma identidade : acredito que isso seja algo muito moderno, um produto da falta de raízes da cultura moderna, que nos serve a partir de nossas tradições, nossa terra e nossa gente. A modernidade nos homogeneíza, efetivamente desenraizando costumes e culturas locais. O católico é um membro da Igreja universal, mas ele não é um cidadão do universo por causa disso. Ele está localizado, e seu encontro com a Fé está no contexto de lugar, idioma e costume. Um católico do século quatorze na França e seu correligionário do quarto século no Egito possuíam a mesma fé, moral e religião (com padres, bispos, Missa, sacramentos, etc.), mas a variedade de idioma, ritual e costume era grande

Isso é como deveria ser. Recebemos a fé em nível local . Nós a vivemos em nossas famílias. Nós a pronunciamos em nossos idiomas. Nós a praticamos no prédio daquela igreja, com as pessoas daquela comunidade.  A vivência da fé verdadeira é o que produz uma cultura católica, e essa cultura é o que deve impressionar por si mesma nossos jovens, formando as suas convicções, inspirando as suas ações, comandando as suas reações. Uma identidade – genuína, em todo caso – é formada dessa maneira orgânica. Nós não as colocamos e retiramos como um aluno de faculdade indeciso faz com sua carreira universitária. Isso é o que o homem moderno, sem raízes e sem descanso, faz, e essa é uma das causas de sua insanidade

Em nossos dias, é claro, a Fé não está sendo vivida em lugares onde habitualmente estava. Os campanários italianos, que proporcionam àqueles que os ouvem um sentido de lar, ainda soam, mas freqüentemente anunciam o oferecimento de uma liturgia bizarra , a pregação de uma doutrina aguada e uma religiosidade de conformidade aos padrões do mundo . Assim , “espírito do campanário”, não representa totalmente o que fazia outrora . E isso vale para outros lugares na Igreja universal. Assim, essa é a razão pela qual os tradicionalistas viajam, às vezes grandes distâncias, para ouvir uma Missa tradicional , com a catequese e a cultura que a acompanham

Mas ainda podemos fazer muito para viver a Fé em nossas famílias e nossas comunidades. Ao fazê-lo, devemos resistir à tentação de transformar o tradicionalismo em uma ideologia , uma reação ou uma negação do que as outras pessoas fazem . O tradicionalismo é aquilo que somos, aquilo que sabemos, e aquilo que fazemos. Aqui, então, catalogaremos algumas das coisas que os tradicionalistas afirmam ou devem afirmar :

1-Afirmamos o credo católico em toda a sua integridade

2-Afirmamos que a Igreja Católica é a única esposa de Cristo, e que a sua Fé e a sua religião são os únicos caminhos divinamente revelados para se acreditar e servir ao Deus vivo. Conseqüentemente, a Igreja Católica é o único caminho para a salvação

3-Afirmamos que a verdade divina é atacada por inimigos da Igreja de Deus, e que os fiéis devem “pelejar pela fé, confiada de uma vez para sempre aos santos.” (Judas 1, 3)

4-Afirmamos a constituição sobrenatural da Igreja, a hierarquia natural da família e o domínio de Cristo Rei na sociedade. Na medida de nossas possibilidades, trabalharemos para preservar ou restaurar essas coisas em nossas próprias famílias e comunidades; porque o mundo, a carne e o demônio estão minando esta ordem estabelecida por Deus

5-Afirmamos que o louvor público de Deus pela Igreja e sua liturgia nos foram entregues com grande cuidado por nossos pais na Fé. Isso foi feito em uma bela variedade de ritos. É errôneo jogar fora esses tesouros de séculos de desenvolvimento cuidadoso sob a proteção do Espírito Santo. Assim, nós os praticaremos, honraremos, amaremos e ensinaremos aos nossos filhos

A resposta autêntica ao mal é uma vida de virtude e santidade cristã, que nada mais é do que a resposta fiel à vocação básica (o chamado batismal à santidade), vivida de acordo com o modo da “vocação secundária” (ou seja, sacerdócio, vida religiosa, matrimônio, o celibato no mundo)

Há muita coisa obscura e má na vida, mas se optarmos por permitir a nós mesmos sermos consumados por essas coisas, então, que vergonha . São Paulo observa que o que perdemos em Adão é muitíssimo superado por aquilo que ganhamos em Cristo (cf. Romanos 5:15 seg.). Não é necessário ter Fé para ver a maldade e o desespero ; eles são óbvios demais aos sentidos . A grande maravilha é a quantidade de bem que realmente existe, e para ver isso é necessário ter Fé : a água regenerando pecadores como filhos de Deus e herdeiros do Céu, o Próprio Deus descendo em nossos altares nas aparências de pão e vinho, o Evangelho sendo pregado aos pobres

E o próprio Evangelho, Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo! Esta é a “Boa Nova” : Boa, porque procede do bom Deus, e nova, porque precisa ser dita

Temos um tesouro na liturgia tradicional da Igreja . Também temos grandes comentários sobre ela, nenhum melhor do que o Ano Litúrgico de Dom Gueranger . Também temos a Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e Doutores , e os grandes monumentos intelectuais e artísticos da cultura católica que nasceram com as sociedades cristãs. Tudo o que temos, mais o Próprio Deus, os Anjos, os Santos, e a promessa de glória futura se perseverarmos! E não nos esqueçamos que temos Nossa Senhora, a Causa de Toda a nossa Alegria


Um  Prior de uma ordem monástica , num momento de rara beleza no clero disse : "eu não vou pegar o ônibus de casula, não vou passear na cidade com os paramentos. Isso não! As vestes litúrgicas são a marca distintiva do sacerdote, e para as demais coisas da vida eu uso o hábito, não as vestes sacerdotais. No altar, o homem de hábito morre e nasce o Cristo com seus paramentos: casula, alva, cíngulo, estola, amito, manípulo

Por que ele compreende isso? Por que ele pensa diferente da maioria do clero? A resposta é: ele crê em Cristo, crê na Missa, crê que é um sacerdote e não um presidente de celebração. A Tradição precisa de nós, e resistiremos!


Se, com tudo isso, precisarmos sair em busca de uma identidade, ou defini-la em termos puramente negativos contra alguma outra classe de pessoas, então, realmente, não temos idéia alguma sobre o que seja a Tradição




LITURGIA DO DIA 07 DE MAIO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ATOS DOS APÓSTOLOS 16, 22-34

VI SEMANA DA PÁSCOA , (BRANCO - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DO ATOS DOS APÓSTOLOS - Naqueles dias, 22O povo insurgiu-se contra eles. Os magistrados mandaram arrancar-lhes as vestes para açoitá-los com varas. 23Depois de lhes terem feito muitas chagas, meteram-nos na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. 24Este, conforme a ordem recebida, meteu-os na prisão inferior e prendeu-lhes os pés ao cepo. 25Pela meia-noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam um hino a Deus, e os prisioneiros os escutavam. 26Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos do cárcere. Abriram-se logo todas as portas e soltaram-se as algemas de todos. 27Acordou o carcereiro e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que os presos haviam fugido. Tirou da espada e queria matar-se. 28Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui. 29Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas. 30Depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: Senhores, que devo fazer para me salvar? 31Disseram-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família. 32Anunciaram-lhe a palavra de Deus, a ele e a todos os que estavam em sua casa. 33Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família. 34Em seguida, ele os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua casa por haver crido em Deus - Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL(137)

REFRÃO: Ó SENHOR, ME ESTENDEIS O VOSSO BRAÇO E ME AJUDAIS

1. Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, / porque ouvistes as palavras dos meus lábios! / Perante os vossos anjos vou cantar-vos / e ante o vosso templo vou prostrar-me. -R.

2. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, / porque fizestes muito mais que prometestes; / naquele dia em que gritei, vós me escutastes / e aumentastes o vigor da minha alma. -R.

3. Entendereis o vosso braço em meu auxílio /  e havereis de me salvar com vossa destra.  / Completai em mim a obra começada; / ó Senhor, vossa bondade é para sempre! / Eu vos peço: não deixeis inacabada / esta obra que fizeram vossas mãos! -R.

EVANGELHO: JOÃO 16, 5-11

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO JOÃO - Naquele tempo, 5Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: Para onde vais? 6Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração. 7Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei. 8E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo. 9Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim. 10Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; 11ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado - Palavra da salvação






MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Hoje convido todos vocês a decidirem-se pela santidade. Filhinhos, que para vocês a santidade esteja sempre em primeiro lugar em seus pensamentos e em cada situação, no trabalho e nas conversas. Dessa forma, vocês a colocarão em prática, pouco a pouco e, passo a passo, a oração e a decisão pela santidade entrarão em suas famílias. Sejam verdadeiros com vocês mesmos e não se prendam às coisas materiais, mas a Deus. Não se esqueçam, filhinhos, de que a vida de vocês é passageira como uma flor.  Obrigada por terem correspondido a Meu apelo” – MENSAGEM DO DIA 25.08.2001


A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTA FLAVIA DOMITILA - Era esposa do governador romano chamado Flávio Clemente, pertencente à família dos flavianos. Os imperadores Vespaziano, Tito e Domiciano pertenciam também a esta família. Os dois primeiros não aplicaram o edito de Nero, que tornava cada cristão um criminoso, mas Domiciano sim. Com interesses econômicos e de impostos, oprimia judeus e cristãos. Flávia, cujo marido permitia que ela vivesse a fé, vivia a caridade. Socorria os pobres, cuidava do enterro dos mártires. Porém, seu esposo foi assassinado por Domiciano, que não admitia ter uma cristã em sua família. Ele então desterrou Flávia para uma ilha, onde sofreu muitos maus tratos e foi martirizada. Peçamos a intercessão da santa de hoje, para que o nosso testemunho seja atual na fé e expresso na caridade. Santa Flávia Domitila, rogai por nós!

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