quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que há em Medjugorje?




Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Cada um de nós pode-se perguntar: o que há em Medjugorje  que atrai tantas pessoas, tantos peregrinos. O que eles veem? Também o Pe. Ljubo se colocou estas perguntas. Refletindo sobre tudo isso, ele nos diz:

“Hoje o homem não tem fome de comida, mas todos nós estamos com fome de Deus, de amor. Se tentarmos saciar esta fome com coisas, com alimentos, ficamos com mais fome ainda. Eu, como sacerdote, sempre me pergunto o que há em Medjugorje que atrai tantas pessoas, tantos crentes, tantos peregrinos. O que eles veem? E não se encontra uma resposta.  Medjugorje não é um lugar muito atraente, não há nada para ver, humanamente falando: duas montanhas cheias de pedras e dois milhões de lojas de souvenir, mas há uma presença, uma realidade que não se vê com os olhos, mas se sente no coração. Muitas pessoas me confirmaram isso, mas também eu experimentei que aqui existe uma presença, uma graça, aqui em Medjugorje é mais fácil abrir o coração, é mais fácil rezar, é mais fácil confessar-se. Através da leitura da Bíblia, se vê que Deus escolhe lugares concretos, escolhe pessoas concretas através das quais Ele anuncia e opera. 

E o homem, quando está diante de uma obra de Deus, se sente sempre indigno,  medroso, sempre se opõe. Até Moisés se opôs e disse: “Eu não sei falar”, e Jeremias disse: “Eu sou uma criança”. Também Jonas foge, porque se sente inadequado para aquilo que Deus lhe está pedindo, porque as obras de Deus são grandes. Deus faz grandes coisas por meio das aparições de Nossa Senhora, por meio de todos aqueles que disseram sim a Ela. Até mesmo na simplicidade da nossa vida cotidiana Deus faz grandes coisas. 

Olhemos para o Rosário, ele é semelhante à nossa vida diária, simples, monótono, é uma oração repetitiva. Do mesmo modo, se olharmos para a nossa vida, vemos que todos os dias fazemos as mesmas coisas. Desde a hora em que nos levantamos até irmos para a cama, muitas vezes fazemos as mesmas coisas todos os dias. Assim também na oração repetitiva. Hoje, por assim dizer, o Rosário pode ser uma oração que não é bem compreendida, porque hoje na vida se está sempre procurando algo novo, a qualquer custo. Se estamos vendo televisão, achamos que nas propagandas deve haver sempre alguma diferente, ou nova, criativa. Assim, também na espiritualidade procuramos algo de novo. No entanto, a força no cristianismo não está em algo sempre novo, a força da nossa fé está no poder de Deus que transforma os corações. Esta é a força da fé e do cristianismo. 

Como a nossa querida Mãe do Céu sempre diz, uma família que reza unida permanece unida. Por outro lado, uma família que não reza unida pode permanecer unida, mas a vida comunitária da família será sem paz, sem Deus, sem a bênção, sem as graças.  Por assim dizer, na sociedade atual não é moderno ser cristão, não é moderno rezar.  Há poucas famílias em que seus membros rezam juntos. Encontramos mil desculpas para não rezar, televisão, compromissos, trabalho e tantas coisas, então tentamos apaziguar a nossa consciência. Mas a oração é uma tarefa difícil. A oração é algo pelo qual o nosso coração anseia profundamente, procura, deseja, porque só na oração podemos apreciar a beleza que Deus quer preparar para nós e nos dar.” 
                                                                                                                       Pe. Ljubo Kurtovic

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