domingo, 5 de agosto de 2012

Viver com o horizonte de Deus, da fé. Cristo como centro e "pão" da nossa existência: Bento XVI, neste domingo, ao Angelus

Manter Jesus no centro da própria existência e ter como perspetiva de vida não apenas as necessidades materiais, mas o “horizonte de Deus”, o “horizonte da fé”: aspetos sublinhados por Bento XVI, hoje ao meio-dia, com centenas de peregrinos das mais diversas proveniências congregados no pátio interior da residência de Castel Gandolfo para com ele recitarem o Angelus dominical. O Papa comentou, como sempre, o Evangelho do dia, desta vez do capítulo sexto de São João, em que Jesus interpela a multidão pelo facto de O procurarem não por terem visto os sinais de Deus, mas apenas por terem sido saciados (com a multiplicação dos pães): “Jesus quer ajudar as pessoas a não ficarem apenas ao nível da satisfação imediata das próprias necessidades materiais, por muito importantes que sejam. Quer abrir a um horizonte da existência que não é simplesmente o das preocupações quotidianas do comer, do vestir, da carreira”. As pessoas não compreendem o que Jesus lhes propõe. Pensam que lhes pede o cumprimento de qualquer preceito, para que o milagre continue. A sua resposta é: “A obra de Deus é acreditardes n’Aquele que Ele mandou”. “O centro da existência, ou seja, aquilo que dá pleno sentido e firme esperança ao caminho tantas vezes difícil, é a fé em Jesus, é o encontro com Cristo. Não se trata de seguir uma ideia, um projeto, mas de O encontrar como uma Pessoa viva, de deixar-se tomar totalmente por Ele e pelo seu Evangelho. Jesus convida a não nos determos no horizonte humano, mas a abrir-nos ao horizonte de Deus, ao horizonte da fé. Ele exige uma única obra: acolher o plano de Deus, isto é, ‘crer n’Aquele que Ele enviou’.” Não é com a atividade humana que podemos “ganhar” (obter) Jesus, o verdadeiro pão que sacia a nossa fome de sentido, de verdade. Ele vem a nós apenas como dom do amor de Deus, como “obra de Deus”, que nos toca pedir e acolher. “Caros amigos, nas nossas jornadas cheias de ocupações e de problemas, mas também nas de repouso e distensão, o Senhor nos convida a não esquecer que, se é necessário preocuparmo-nos com o pão material e com o retemperar das forças, mais fundamental ainda é fazer crescer a relação com Ele, reforçar a nossa fé n’Aquele que é o ‘pão da vida’, que enche o nosso desejo de verdade e amor”. Radio Vaticano

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