segunda-feira, 2 de abril de 2012

Segunda Feira da Semana Santa

Laudes V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. R. Socorrei-me sem demora. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Hino O fel lhe dão por bebida sobre o madeiro sagrado. Espinhos, cravos e lança ferem seu corpo e seu lado. No sangue e água que jorram, mar, terra e céu são lavados. Ó cruz fiel sois a árvore mais nobre em meio às demais, que selva alguma produz com flor e frutos iguais. Ó lenho e cravos tão doces, um doce peso levais. Árvore, inclina os teus ramos, abranda as fibras mais duras. A quem te fez germinar minora tantas torturas. Leito mais brando oferece ao Santo Rei das alturas. Só tu, ó Cruz, mereceste suster o preço do mundo e preparar para o náufrago um porto, em mar tão profundo. Quis o cordeiro imolado banhar-te em sangue fecundo. Glória e poder à Trindade. Ao Pai e ao Filho Louvor. Honra ao Espírito Santo. Eterna glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor. A vós, Trindade clemente, com toda a terra adoramos, e no perdão renovados um canto novo cantamos. Salmodia Ant. 1 A minha alma está triste até à morte: ficai aqui e comigo vigiai. Salmo 41(42) Sede de Deus e saudades do templo Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba, de graça, a água da vida (Ap 22,17). –2 Assim como a corça suspira * pelas águas correntes, – suspira igualmente minh'alma * por vós, ó meu Deus! –3 Minha alma tem sede de Deus, * e deseja o Deus vivo. – Quando terei a alegria de ver * a face de Deus? –4 O meu pranto é o meu alimento * de dia e de noite, – enquanto insistentes repetem: * 'Onde está o teu Deus?' –5 Recordo saudoso o tempo * em que ia com o povo. – Peregrino e feliz caminhando * para a casa de Deus, – entre gritos, louvor e alegria * da multidão jubilosa. –6 Por que te entristeces, minh'alma, * a gemer no meu peito? – Espera em Deus! Louvarei novamente * o meu Deus Salvador! –7 Minh'alma está agora abatida, * e então penso em vós, – do Jordão e das terras do Hermon * e do monte Misar. –8 Como o abismo atrai outro abismo, * ao fragor das cascatas, – vossas ondas e vossas torrentes * sobre mim se lançaram. –9 Que o Senhor me conceda de dia * sua graça benigna – e de noite, cantando, eu bendigo * ao meu Deus, minha vida. –10 Digo a Deus: 'Vós que sois meu amparo, * por que me esqueceis? – Por que ando tão triste e abatido * pela opressão do inimigo?' –11 Os meus ossos se quebram de dor, * ao insultar-me o inimigo; – ao dizer cada dia de novo: * 'Onde está o teu Deus?' –12 Por que te entristeces, minh'alma, * a gemer no meu peito? – Espera em Deus! Louvarei novamente * o meu Deus Salvador! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. A minha alma está triste até à morte: ficai aqui e comigo vigiai. Ant. 2 É agora o julgamento deste mundo, e seu príncipe será lançado fora. Cântico Eclo 36,1-7.13-16 Súplica pela cidade santa, Jerusalém A vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo (Jo 17,3). –1 Tende piedade e compaixão, Deus do universo, * e mostrai-nos vossa luz, vosso perdão! –2 Espalhai vosso temor sobre as nações, * sobre os povos que não querem procurar-vos, – para que saibam que só vós é que sois Deus, * e proclamem vossas grandes maravilhas. – –3 Levantai a vossa mão contra os estranhos, * para que vejam como é grande a vossa força. –4 Como em nós lhes demonstrastes santidade, * assim mostrai-nos vossa glória através deles, –5 para que saibam e confessem como nós * que não há um outro Deus, além de vós! –6 Renovai vossos prodígios e portentos, * 7 glorificai o vosso braço poderoso! –13 Reuni todas as tribos de Jacó, * e recebam, como outrora, a vossa herança. =14 Deste povo que é vosso, tende pena, † e de Israel de quem fizestes primogênito, * e a quem chamastes com o vosso próprio nome! –15 Apiedai-vos de Sião, vossa cidade, * o lugar santificado onde habitais! –16 Enchei Jerusalém com vossos feitos, * e vosso povo, com a luz de vossa glória! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. É agora o julgamento deste mundo, e seu príncipe será lançado fora. Ant. 3 O autor de nossa fé, que a leva à perfeição, aceitou sofrer na cruz, desprezando a ignomínia; mas agora está na glória, à direita de Deus Pai. Salmo 18 A(19) Louvor ao Deus Criador O sol que nasce do alto nos visitará, para dirigir nossos passos no caminho da paz (Lc 1,78.79). –2 Os céus proclamam a glória do Senhor, * e o firmamento, a obra de suas mãos; –3 o dia ao dia transmite esta mensagem, * a noite à noite publica esta notícia. –4 Não são discursos nem frases ou palavras, * nem são vozes que possam ser ouvidas; –5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, * chega aos confins do universo a sua voz. –6 Armou no alto uma tenda para o sol; * ele desponta no céu e se levanta – como um esposo do quarto nupcial, * como um herói exultante em seu caminho. –7 De um extremo do céu põe-se a correr * e vai traçando o seu rastro luminoso, – até que possa chegar ao outro extremo, * e nada pode fugir ao seu calor. – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. O autor de nossa fé, que a leva à perfeição, aceitou sofrer na cruz, desprezando a ignomínia; mas agora está na glória, à direita de Deus Pai. Leitura breve Jr 11,19-20 Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa. Responsório breve R. Lembra-te de Cristo, ressuscitado dentre os mortos! * Ele é nossa salvação e nossa glória para sempre. R. Lembra-te. V. Se com ele nós morremos, também com ele viveremos. * Ele é. Glória ao Pai. R. Lembra-te. CÂNTICO EVANGÉLICO(BENEDICTUS) Lc 1,68-79 Ant. Ó Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, pois me enviaste. O Messias e seu Precursor –68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, * que a seu povo visitou e libertou; –69 e fez surgir um poderoso Salvador * na casa de Davi, seu servidor, –70 como falara pela boca de seus santos, * os profetas desde os tempos mais antigos, –71 para salvar-nos do poder dos inimigos * e da mão de todos quantos nos odeiam. –72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, * recordando a sua santa Aliança –73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, * de conceder-nos 74 que, libertos do inimigo, = a ele nós sirvamos sem temor † 75 em santidade e em justiça diante dele, * enquanto perdurarem nossos dias. =76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, † pois irás andando à frente do Senhor * para aplainar e preparar os seus caminhos, –77 anunciando ao seu povo a salvação, * que está na remissão de seus pecados; –78 pelo amor do coração de nosso Deus, * Sol nascente que nos veio visitar –79 lá do alto como luz resplandecente * a iluminar a quantos jazem entre as trevas = e na sombra da morte estão sentados † e para dirigir os nossos passos, * guiando-nos no caminho da paz. – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Ó Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, pois me enviaste. Preces Imploremos a Cristo Salvador, que nos remiu por sua morte e ressurreição; e digamos: R. Senhor, tende piedade de nós! Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória, – conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade. R. Vós, que, elevado na cruz, deixastes a lança do soldado vos traspassar, – curai as nossas feridas. R. Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida, – concedei de seus frutos aos que renasceram pelo batismo. R. Vós, que, pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido, – perdoai-nos também a nós pecadores. R. (intenções livres) Pai nosso... Oração Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela Paixão do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Conclusão da Hora O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Amém. Hora Média V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. R. Socorrei-me sem demora. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Hino Na fé em Deus, por quem vivemos, na esperança do que cremos, no dom da santa caridade, de Cristo as glórias entoemos. Ao sacrifício da Paixão na hora terça conduzido, Jesus levando a cruz às costas, arranca às trevas o perdido. Vós nos livrastes do decreto duma total condenação; do mundo mau livrai o povo, fruto da vossa redenção. A Cristo, ao Pai e ao Santo Espírito, Trindade Santa, Eterno Bem, nosso louvor e ação de graças hoje e nos séculos. Amém. Salmodia -- salmodia complementar -- Ant. Para mim, viver é Cristo e morrer é uma vantagem; minha glória é a Cruz do Senhor Cristo Jesus. Salmo 118 (119),41-48 VI (Vau) Meditação sobre a Palavra de Deus na Lei Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática (Lc 8,21). –41 Senhor, que desça sobre mim a vossa graça * e a vossa salvação que prometestes! –42 Esta será minha resposta aos que me insultam: * 'Eu conto com a palavra do Senhor!' –43 Não retireis vossa verdade de meus lábios, * pois eu confio em vossos justos julgamentos! –44 Cumprirei constantemente a vossa lei; * para sempre, eternamente a cumprirei! –45 É amplo e agradável meu caminho, * porque busco e pesquiso as vossas ordens. –46 Quero falar de vossa lei perante os reis, * e darei meu testemunho sem temor. –47 Muito me alegro com os vossos mandamentos, * que eu amo, amo tanto, mais que tudo! –48 Elevarei as minhas mãos para louvar-vos * e com prazer meditarei vossa vontade. – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Salmo 39(40),2-14.17-18 Ação de graças e pedido de auxílio Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo (Hb 10,5). I –2 Esperando, esperei no Senhor, * e inclinando-se, ouviu meu clamor. –3 Retirou-me da cova da morte * e de um charco de lodo e de lama. – Colocou os meus pés sobre a rocha, * devolveu a firmeza a meus passos. –4 Canto novo ele pôs em meus lábios, * um poema em louvor ao Senhor. – Muitos vejam, respeitem, adorem * e esperem em Deus, confiantes. =5 É feliz quem a Deus se confia; † quem não segue os que adoram os ídolos * e se perdem por falsos caminhos. –6 Quão imensos, Senhor, vossos feitos! * Maravilhas fizestes por nós! – Quem a vós poderá comparar-se * nos desígnios a nosso respeito? – Eu quisera, Senhor, publicá-los, * mas são tantos! Quem pode contá-los? –7 Sacrifício e oblação não quisestes, * mas abristes, Senhor, meus ouvidos; = não pedistes ofertas nem vítimas, † holocaustos por nossos pecados. * 8 E então eu vos disse: 'Eis que venho!' = Sobre mim está escrito no livro: † 9 'Com prazer faço a vossa vontade, * guardo em meu coração vossa lei!' – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. II =10 Boas-novas de vossa justiça † anunciei numa grande assembléia; * vós sabeis: não fechei os meus lábios! =11 Proclamei toda a vossa justiça, † sem retê-la no meu coração; * vosso auxílio e lealdade narrei. – Não calei vossa graça e verdade * na presença da grande assembléia. –12 Não negueis para mim vosso amor! * Vossa graça e verdade me guardem! =13 Pois desgraças sem conta me cercam, † minhas culpas me agarram, me prendem, * e assim já nem posso enxergar. = Meus pecados são mais numerosos † que os cabelos da minha cabeça: * desfaleço e me foge o alento! –14 Dignai-vos, Senhor, libertar-me, * vinde logo, Senhor, socorrer-me! –17 Mas se alegre e em vós rejubile * todo ser que vos busca, Senhor! – Digam sempre: 'É grande o Senhor!' * os que buscam em vós seu auxílio. =18 Eu sou pobre, infeliz, desvalido, † porém, guarda o Senhor minha vida, * e por mim se desdobra em carinho. – Vós me sois salvação e auxílio: * vinde logo, Senhor, não tardeis! Ant. Para mim, viver é Cristo e morrer é uma vantagem; minha glória é a Cruz do Senhor Cristo Jesus. Leitura breve Jr 31,2.3b.4a Isto diz o Senhor: Encontrou perdão no deserto o povo que escapara à espada; Israel encaminha-se para o seu descanso. Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia. De novo te edificarei, serás reedificada, ó jovem nação de Israel. V. Veneremos o sinal da santa cruz, R. Pela qual a salvação veio até nós. Oração Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela Paixão do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Conclusão da Hora V. Bendigamos ao Senhor. R. Demos graças a Deus. Ofício das Leituras V. Vinde, ó Deus em meu auxílio. R. Socorrei-me sem demora. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras. Hino Cantem meus lábios a luta que sobre a cruz se travou; cantem o nobre triunfo que no madeiro alcançou o Redentor do Universo quando por nós se imolou. O Criador teve pena do primitivo casal, que foi ferido de morte, comendo o fruto fatal, e marcou logo outra árvore, para curar-nos do mal. Tal ordem foi exigida na obra da salvação: cai o inimigo no laço de sua própria invenção. Do próprio lenho da morte Deus fez nascer redenção. Na plenitude dos tempos, a hora santa chegou e, pelo Pai enviado, nasceu do mundo o autor; e duma Virgem no seio a nossa carne tomou. Seis lustros tendo passado, cumpriu a sua missão. Só para ela nascido, livre se entrega à Paixão. Na cruz se eleva o Cordeiro, como perfeita oblação. Glória e poder à Trindade. Ao Pai e ao Filho, louvor. Honra ao Espírito Santo. Eterna glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor. Salmodia Ant. 1 Inclinai o vosso ouvido para mim, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! Salmo 30(31),2-17.20-25 Súplica confiante do aflito Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23,46). I –2 Senhor, eu ponho em vós minha esperança; * que eu não fique envergonhado eternamente! = Porque sois justo, defendei-me e libertai-me, † 3 inclinai o vosso ouvido para mim; * apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! – Sede uma rocha protetora para mim, * um abrigo bem seguro que me salve! –4 Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; * por vossa honra orientai-me e conduzi-me! –5 Retirai-me desta rede traiçoeira, * porque sois o meu refúgio protetor! –6 Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, * porque vós me salvareis, ó Deus fiel! –7 Detestais os que adoram deuses falsos; * quanto a mim, é ao Senhor que me confio. =8 Vosso amor me faz saltar de alegria, † pois olhastes para as minhas aflições * e conhecestes as angústias de minh’alma. –9 Não me entregastes entre as mãos do inimigo, * mas colocastes os meus pés em lugar amplo! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Inclinai o vosso ouvido para mim, apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! Ant. 2 Mostrai serena a vossa face ao vosso servo. II =10 Tende piedade, ó Senhor, estou sofrendo: † os meus olhos se turvaram de tristeza, * o meu corpo e minha alma definharam! –11 Minha vida se consome em amargura, * e se escoam os meus anos em gemidos! – Minhas forças se esgotam na aflição, * e até meus ossos, pouco a pouco, se desfazem! –12 Tornei-me o opróbrio do inimigo, * o desprezo e zombaria dos vizinhos, – e objeto de pavor para os amigos; * fogem de mim os que me vêem pela rua. –13 Os corações me esqueceram como um morto, * e tornei-me como um vaso espedaçado. –14 Ao redor, todas as coisas me apavoram; * ouço muitos cochichando contra mim; – todos juntos se reúnem, conspirando * e pensando como vão tirar-me a vida. –15 A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, * e afirmo que só vós sois o meu Deus! –16 Eu entrego em vossas mãos o meu destino; * libertai-me do inimigo e do opressor! –17 Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, * e salvai-me pela vossa compaixão! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Mostrai serena a vossa face ao vosso servo. Ant. 3 Seja bendito o Senhor Deus por seu amor maravilhoso! III –20 Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, * que reservastes para aqueles que vos temem! – Para aqueles que em vós se refugiam, * mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. –21 Na proteção de vossa face os defendeis * bem longe das intrigas dos mortais. – No interior de vossa tenda os escondeis, * protegendo-os contra as línguas maldizentes. –22 Seja bendito o Senhor Deus, que me mostrou * seu grande amor numa cidade protegida! –23 Eu que dizia quando estava perturbado: * “Fui expulso da presença do Senhor!” – Vejo agora que ouvistes minha súplica, * quando a vós eu elevei o meu clamor. =24 Amai o Senhor Deus, seus santos todos, † ele guarda com carinho seus fiéis, * mas pune os orgulhosos com rigor. –25 Fortalecei os corações, tende coragem, * todos vós que ao Senhor vos confiais! – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Ant. Seja bendito o Senhor Deus por seu amor maravilhoso! V. Quando eu for elevado da terra, R. Atrairei para mim todo ser. Primeira leitura Da Carta aos Hebreus 10,19-39 Perseverança na fé. Expectativa do dia do julgamento 19Irmãos, temos plena liberdade para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus. 20Ele nos abriu um caminho novo e vivo, através da cortina,quer dizer, através da sua humanidade. 21Temos um grande sacerdote constituído sobre a casa de Deus. 22Aproximemo-nos, portanto, de coração sincero e cheio de fé, com coração purificado de toda a má consciência e o corpo lavado com água pura. 23Sem desânimo, continuemos a afirmar a nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa. 24Sejamos atentos uns aos outros, para nos incentivar à caridade e às boas obras. 25Não abandonemos as nossas assembléias, como alguns costumam fazer. Antes, procuremos animar-nos mutuamente, e tanto mais quanto vedes o dia aproximar-se. 26De fato, se preferirmos continuar pecando, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não há sacrifícios que possam tirar os nossos pecados. 27Fica apenas a terrível expectativa do julgamento e o ardor de um fogo para devorar os rebeldes. 28Quem desobedece à Lei de Moisés, é condenado à morte, sem piedade, tendo como base o testemunho de duas ou três pessoas. 29Podeis então imaginar o castigo bem mais severo, que merecerá aquele que pisou o Filho de Deus, que profanou o sangue da Aliança, pelo qual foi santificado, e que insultou o Espírito da graça! 30Conhecemos aquele que disse: “A mim pertence a vingança, eu é que retribuirei”. E ainda: “O Senhor julgará o seu povo”. 31É terrível cair nas mãos do Deus vivo! 32Lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas. 33Às vezes, éreis apresentados como espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações; outras vezes vos tornáveis solidários dos que assim eram tratados. 34Com efeito, participastes dos sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. 35Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. 36De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu. 37Porque ainda bem pouco tempo, e aquele que deve vir, virá e não tardará. 38O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não encontrarei mais satisfação nele. 39Nós não somos desertores, para a perdição. Somos homens da fé, para a salvação da alma. Responsório Hb 10,35a.36; Lc 21,19 R. Não percais a confiança na palavra do Senhor; é preciso ter constância * Em fazer sua vontade e alcançar suas promessas. V. Pela vossa persistência, salvareis as vossas vidas. * Em fazer. Segunda leitura Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (Sermo Guelferbytanus 3:PLS 2,545-546) (Séc.V) Gloriemo-nos também nós na Cruz do Senhor! A Paixão de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é para nós penhor de glória e exemplo de paciência. Haverá alguma coisa que não possam esperar da graça divina os corações dos fiéis, pelos quais o Filho unigênito de Deus, eterno como o Pai, não apenas quis nascer como homem entre os homens, mas quis também morrer pelas mãos dos homens que tinha criado? Grandes coisas o Senhor nos promete no futuro! Mas o que ele já fez por nós e agora celebramos é ainda muito maior. Onde estávamos ou quem éramos, quando Cristo morreu por nós pecadores? Quem pode duvidar que ele dará a vida aos seus fiéis, quando já lhes deu até a sua morte? Por que a fraqueza humana ainda hesita em acreditar que um dia os homens viverão em Deus? Muito mais incrível é o que já aconteceu: Deus morreu pelos homens. Quem é Cristo senão aquele que no princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus: e a Palavra era Deus? (Jo 1,1). Essa Palavra de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Se não tivesse tomado da nossa natureza a carne mortal, Cristo não teria possibilidade de morrer por nós. Mas deste modo o imortal pôde morrer e dar sua vida aos mortais. Fez-se participante de nossa morte para nos tornar participantes da sua vida. De fato, assim como os homens, pela sua natureza, não tinham possibilidade alguma de alcançar a vida, também ele, pela sua natureza, não tinha possibilidade alguma de sofrer a morte. Por isso entrou, de modo admirável, em comunhão conosco: de nós assumiu a mortalidade, o que lhe possibilitou morrer; e dele recebemos a vida. Portanto, de modo algum devemos envergonhar-nos da morte de nosso Deus e Senhor; pelo contrário, nela devemos confiar e gloriar-nos acima de tudo. Pois tomando sobre si a morte que em nós encontrou, garantiu com total fidelidade dar-nos a vida que não podíamos obter por nós mesmos. Se ele tanto nos amou, a ponto de, sem pecado, sofrer por nós pecadores, como não dará o que merecemos por justiça, fruto da sua justificação? Como não dará a recompensa aos justos, ele que é fiel em suas promessas e, sem pecado, suportou o castigo dos pecadores? Reconheçamos corajosamente, irmãos, e proclamemos bem alto que Cristo foi crucificado por amor de nós; digamos não com temor, mas com alegria, não com vergonha, mas com santo orgulho. O apóstolo Paulo compreendeu bem esse mistério e o proclamou como um título de glória. Ele, que teria muitas coisas grandiosas e divinas para recordar a respeito de Cristo, não disse que se gloriava dessas grandezas admiráveis – por exemplo, que sendo Cristo Deus como o Pai, criou o mundo; e, sendo homem como nós, manifestou o seu domínio sobre o mundo – mas afirmou: Quanto a mim, que eu me glorie somente na cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo (Gl 6,14). Responsório R. Adoramos, Senhor, a vossa cruz, vossa paixão gloriosa recordamos. * Vós que sofrestes por nós, tende piedade! V. Suplicantes, Senhor, vos imploramos: vinde logo ajudar os vossos servos, que remistes pelo sangue precioso. * Vós que sofrestes. Oração Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela Paixão do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Conclusão da Hora V. Bendigamos ao Senhor. R. Graças a Deus.

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