sábado, 24 de março de 2012

O sentido do sofrimento está no Amor

Não fomos preparados para a morte, seja a nossa própria ou a de um ente querido. O motivo da não conformidade com essa experiência é que o homem não foi feito para a morte, mas sim para a vida. Nunca foi plano de Deus que o homem morresse. Porém o pecado trouxe esta condição à raça humana e com o pecado todos nós nos tornamos herdeiros da morte. Porém, sabemos que a morte não é o fim de tudo, porque em Cristo, o poder da morte morreu e com Ele, nos fez herdeiros da vida. Assim, para nós que cremos em Jesus Cristo, a morte é uma experiência possível de ser vivida e vencida.

Também não fomos educados para sofrermos... nem por amor a nós mesmos, muito menos para nos expormos por amor a alguém. Fomos educados para vencermos os outros, competirmos, termos prestígio e poder... Fomos poupados, por nossos pais, de todas as formas de sofrimento, como se ele fosse o motivo de toda infelicidade. Quando falamos de sofrimento vêm à nossa mente emoções e sensações ligadas a dor, a frustrações e a ausência de prazer. Com isso, somos propensos a pensar que o sofrimento não tem ligação com o amor. Mas na verdade, o sofrimento pode se tornar um trampolim e um degrau para nosso crescimento.

Nessa semana perdi uma querida amiga e irmã em Cristo. Um anjo que Deus colocou na minha caminhada, para eu crescer espiritualmente e que me ensinou, entre tantas coisas, fazer do sofrimento um instrumento para amar. Havia três anos que ela lutava contra um câncer de ovário e entre sorrisos, risadas e alegria, sofria dolorosamente. O sentido do seu sofrimento estava em Jesus Crucificado! E por amor a Jesus não se entregou à tristeza, não se tornou escrava do sofrimento, nem ficou parada, inerte esperando o “seu dia” chegar. Deixou-se purificar pelo sofrimento que a vida apresentava, com a certeza de que, por Amor, vale a pena passar por isso, pois o Amor nunca decepciona. Ele é sentido para as nossas vidas! E assim, suportava toda dor - física e espiritual - com paciência e esperança, e entregava toda sua angústia nas mãos de Nosso Senhor.

Com ela, aprendi que em meio a inúmeras dores e flagelos, não devemos nos afastar de Deus, senão ficaremos propensos a viver de forma agonizante. Devemos procurar auxilio divino, por meio de nossa fé, para encontrarmos esperança no sofrimento e então, compreenderemos a sua essência: a graça de compartilhar e de se associar ao sofrimento de Cristo na Cruz, pois “para ser amor tem que doer...” (Madre Tereza de Calcutá).

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