sexta-feira, 9 de março de 2012

"Eu quero aprender, sonhar, amar... mas sobretudo, QUERO NASCER!"


Diante da vida que nasce e da vida que morre, o homem egoísta não se deixa interrogar sobre o sentido mais autêntico da sua existência. Preocupa-se somente com o ‘fazer’ e, recorrendo a qualquer forma de tecnologia, para programar, controlar e dominar o nascimento e a morte.” (João Paulo II)

“A Igreja defendeu desde os primeiros tempos os mais fracos: teve a iniciativa de cuidar dos leprosos, quando eles eram afastados do convívio da sociedade. Pela Igreja foram fundados hospitais. Na própria cidade do Salvador, a Santa Casa de Misericórdia foi criada no ano da fundação da cidade, para acolher marinheiros com escorbuto e outras doenças. É luminosa a figura de irmã Dulce, dedicada inteiramente a acolher e curar a vida de quem era rejeitado por seus familiares e pelos órgãos públicos. Durante o regime militar, a Igreja foi a grande força para defender os presos políticos e torturados.

Hoje a Igreja defende os nascituros, os seres mais inocentes e maisindefesos que possam existir. A eles se atribui culpa pela pobreza, pelo subdesenvolvimento, pela violência nas grandes cidades, e agora são responsabilizados pela morte de mulheres pobres. Eles são condenados à morte. Na realidade, outros são responsáveis por esses males na atual sociedade. Outras deviam ser as providências para salvar a vida das mulheres pobres consideradas sem condições de ter um filho. Chamam-se políticas públicas as ações devidas a quem, sozinho, não consegue dar conta de suas responsabilidades naturais.

Elegeu-se um governo popular exatamente para defender a dignidade e a vida dos pobres e inocentes, não para eliminá-los.

A defesa da vida constitui uma conquista da civilização e seria muito grave retornar aos tempos quando nem todos os seres humanos eram considerados pessoas. Estes, então podiam ser comprados, vendidos, tratados como objeto, inclusive, mortos.

A vida humana não é um produto nosso; não é objeto de nossa fabricação, por isso não está a disposição de nosso arbítrio. Os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana, a começar do Direito à Vida, não são outorgados por instâncias políticas. Eles vêm antes de qualquer legislação humana, são preciosos porque subtraem a pessoa ao arbítrio de qualquer poder e à tirania de circunstâncias adversas. Os Governos e os seus órgãos legislativos podem apenas reconhecer esses direitos e devem tudo fazer para garanti-los.

Abortar é medida que deixa a mulher sozinha com o seu drama, desonera o pai da criança, desonera a administração pública e a sociedade organizada da necessidade de acolher, cuidar, sustentar, juntamente com a mulher, a vida nova que está chegando.

(…)

Um embrião não é um grumo de células, mas indivíduo da espécie humana. Não se trata de verdade de fé e sim de verdade que a razão é capaz de reconhecer. O embrião contém a informação genética que presidirá ao seu desenvolvimento, desde a concepção até a morte. Desenvolve-se humanamente, pode ser submetido a tratamento terapêutico, para garantir o seu desenvolvimento. Existindo uma sequência de DNA típica e exclusivamente humana, trata-se de um ser humano possuidor de subjetividade jurídica e inviolável direito à vida, à integridade física.” (Cardeal Gerardo Agnelo, Arcebispo de Salvador)


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