Que nessa Quaresma possamos imitar a vida penitencial de Cristo

Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós e assim, romper com o pecado que habita em nossos corações, e que tanto nos afasta e nos separa do Plano de Deus.

Para isso, a Igreja ensina e estimula três gestos ao católico, que devem ser assumidos com discrição e com maior seriedade neste tempo quaresmal, sem visar a auto promoção: a esmola, a oração e o jejum. A esmola é um gesto gratuito de solidariedade e partilha em favor daqueles que sofrem alguma necessidade. Portanto, durante esse tempo somos convidados a abrir os olhos para ver a realidade que nos cerca e abrir as mãos aos pobres. A oração não deve ser um emaranhado de palavras tentando impressionar os outros e a Deus, mas sim, abrir as portas do nosso coração para Jesus entrar, pois como dizia Santo Agostinho: "na procura por Deus, é Ele que se adianta e vem ao nosso encontro". E o jejum nos ajuda a exercitar nosso autodomínio e a renúncia aos apelos do consumismo. Essas três formas de penitência são as armas que devemos adotar para imitar a vida penitencial de Cristo, durante o período da Quaresma.

Muito embora a quaresma seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Muito menos podemos considerar a Quaresma como “mais uma” ou como uma simples repetição cíclica do tempo litúrgico. Este momento é único e Jesus passa ao nosso lado e espera de nós - hoje e agora - uma grande mudança: de purificação e de renovação da vida cristã para assim, podermos participar com maior plenitude do Mistério Pascal do Senhor.