terça-feira, 17 de janeiro de 2012

OS NOSSOS DESEJOS E O AMOR DE DEUS




OS NOSSOS DESEJOS E O AMOR DE DEUS


“ Queridos fIlhos, hoje os convido ao amor, que é agradável e querido a Deus. Filhinhos, o amor aceita tudo que é duro e amargo, por causa de Jesus, que é amor. Por isso, queridos filhos, peçam a Deus que venha em seu auxílio, não segundo os desejos de vocês, e sim de acordo com o Seu amor! Abandonem-se a Deus, a fim de que Ele possa curá-los, consolá-los e perdoar-lhes tudo o que em vocês é impedimento ao caminho do amor. Assim Deus poderá modelar a sua vida, e vocês crescerão no amor. Glorifiquem a Deus, filhinhos, com o Hino à Caridade ( ICor 13), para que o amor de Deus possa crescer em vocês, dia a dia, até a sua plenitude. Obrigada por terem respondido ao meu chamado” ( 25/06/1988)

A oração transforma-se num encontro com Deus, quando é feita com o coração, com amor. Se ela porém, permanece apenas um ato interesseiro, se ocorre somente em nível de interesse, então não é mais encontro com Deus, em nível de “ágape”, mas em nível de “filia”. Quando somos movidos à oração apenas pelas nossas necessidades ou por aquelas dos que nos estão próximos, e portanto, pedimos alguma coisa a Deus, corremos o risco de não encontrar o amor divino e, portanto, de procurá-lo não porque nos ama, mas porque pode nos ajudar. Corremos o risco de criar-nos uma imagem de Deus em base de nossas necessidades, e nos afastamos daquilo que Ele realmente é. Se estamos doentes, pedimos a Deus que nos cure; se somos pobres, que nos traga riquezas; se somos fracos, que nos torne fortes; se erramos, procuramos então um Deus misericordioso. A verdade é que Deus, no qual cremos, é rico, nos cura, é poderoso e misericordioso. Não é, porem, digno do seu amor, procurá-lo apenas na hora da necessidade.
Maria ensina a reta atitude que devemos ter na oração: precisamos procurar Deus porque Ele nos ama.Precisamos aproximar-nos Dele e ser-Lhe agradecidos, porque nos criou.
Um amor devoto e confortável a Deus é aquele que vai além de nossas necessidades e o procura apenas por Ele ser amor. Maria sabe que nós precisamos do amor de Deus também quando estamos com Ele. Porque Ele nos ama e nós O amamos, tudo o mais vem por acréscimo. Experimentaremos também a cura, o conforto e a ajuda; portanto, antes de tudo, aquilo de que temos necessidade para a salvação eterna e depois aquilo de que precisamos para as nossas necessidades materiais. Nós, por nossa vez, devemos compreender que o nosso crescimento no amor representa a coisa mais importante para o bem estar do espírito, da alma e do corpo. O amor não pode crescer sem amor. Ele celebra e rende graças a Deus com hinos de amor. A plenitude do amor humano não pode ser avaliada com medidas humanas, mas somente com as divinas. É a sua semente que permite um crescimento em Deus. Por meio desse amor, todas as amarguras e dificuldades se transformam em novos passos, rumo à realização do desejo mais profundo, inato em nós, de sermos semelhantes a Deus.

“Como a corsa anseia pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por vós, ó meu Deus. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei contemplar a face de Deus?Minhas lágrimas se converteram em alimento dia e noite, enquanto me repetem sem cessar: o teu Deus, onde está?Lembro-me, e esta recordação me parte a alma, como ia entre a turba e os conduzia à casa de Deus, entre os gritos de júbilo e louvor de uma multidão em festa. Porque te deprimes ó minha alma, e te inquietas dentro de mim? Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo, Ele é minha salvação e meu Deus!” (Sl 41,2-6)

Fonte: rezem com o coração – Padre Slavko Barbaric

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