quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MATERNIDADE ESPIRITUAL PARA OS SACERDOTES

Adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e Maternidade espiritual

"O que me tornei e como, o devo á minha mãe!". (S. Agostinho)


Filhos amados de Maria, caríssimos irmãos em Cristo Jesus,

A vocação a ser mãe espiritual para os sacerdotes é muito pouco conhecida, insuficientemente compreendida e, portanto pouco vivida, apesar de sua vital e fundamental importância. Essa vocação muitas vezes está escondida, invisível ao olho humano, mas voltada a transmitir vida espiritual. Disto tinha certeza Papa João Paulo II: por isso ele quis no Vaticano um mosteiro de clausura onde fosse possível rezar pelas suas intenções como Sumo Pontífice.

Independentemente da idade e do estado civil, todas as mulheres podem se tornar mãe espiritual para um sacerdote e não somente as mães de família.

É possível também para uma mulher doente, para uma moça solteira ou para uma viúva. Em particular isso vale para as missionárias e as religiosas

que oferecem inteiramente a própria vida a Deus para a santificação da humanidade. João Paulo II agradeceu até mesmo uma menina pela sua ajuda materna: "Exprimo a minha gratidão também à beata Jacinta de Fátima pelos sacrifícios e orações oferecidas pelo Santo Padre, que ela tinha visto em grande sofrimento". (13 de maio de 2000).

Cada sacerdote é precedido por uma mãe, que amiúde também é uma mãe de vida espiritual para seus filhos. Giuseppe Sarto, por exemplo, o futuro Papa Pio X, logo depois de ser consagrado bispo foi visitar sua mãe, na época com setenta anos de idade. Ela beijou respeitosamente o anel do filho e de repente, tornando-se meditativa, indicou seu pobre anel nupcial de prata: "Sim, Peppo, mas você agora não estaria usando esse anel se eu antes não tivesse usado meu anel nupcial". S. Pio X, justamente, confirmava a partir da sua experiência: "Cada vocação sacerdotal vem do coração de Deus, mas passa através do coração de uma mãe!".

Uma ótima prova disto é a vida de S. Mônica. Santo Agostinho, seu filho, que aos dezenove anos como estudantes em Cartago havia perdido a fé, escreveu em suas 'Confissões': "... Tu estendeste tua mão do alto e tiraste minha alma destas densas trevas, pois minha mãe, tua fiel, chorava por mim mais de quanto não chorem as mães pela morte física dos filhos… e no entanto, aquela viúva casta, devota, morigerada, das que são tuas prediletas, já mais animosa graças à esperança, mas nem por isso menos dada ao pranto, não cessava de chorar frente a ti, em todas as horas de oração". Após a conversão ele disse com gratidão: "Minha santa mãe, tua serva, nunca me abandonou. Ela me pariu com a carne para essa vida temporal e com o coração para a vida eterna. O que me tornei e como, o devo à minha Mãe!".

Durante suas discussões filosóficas, Santo Agostinho queria sempre que sua mãe estivesse ao seu lado; ela escutava atentamente, às vezes intervinha com um parecer delicado ou, para assombro dos sábios presentes, dava respostas a questões abertas. Portanto não surpreende que Santo Agostinho se declarasse seu 'discípulo em filosofia'! O sonho de um Cardeal

O cardeal Nicolau Cusano (1401-1464), bispo de Bressanone, não foi somente um grande político da Igreja, famoso legado papal e reformador da vida espiritual do clero e do povo no século XV, mas também um homem do silêncio e da contemplação. Num "sonho" foi-lhe mostrada aquela realidade espiritual que ainda hoje vale para todos os sacerdotes e para todos os homens: o poder do abandono, da oração e do sacrifício das mães espirituais no segredo dos conventos.

Mãos e corações que se sacrificam "... Ao entrar numa igreja pequena e muito antiga, decorada com mosaicos e afrescos dos primeiros séculos, o cardeal teve uma visão imane. Milhares de religiosas rezavam na pequena igreja. Elas eram tão gráceis e recolhidas que havia lugar para todas, apesar da comunidade ser numerosa. As irmãs rezavam e o cardeal nunca tinha visto rezar tão intensamente. Elas não estavam de joelhos, mas firmes em pé, o olhar não longínquo, porém fixo num ponto próximo a ele e no entanto invisível aos seus olhos. Os braços das irmãs estavam abertos e as mãos viradas para o alto, numa posição de oferecimento".

O incrível desta visão é que as irmãs seguravam em suas pobres e delicadas mãos homens e mulheres, imperadores e reis, cidades e países. Às vezes as mãos apertavam-se ao redor de uma cidade; outras vezes um país, reconhecível pelas bandeiras nacionais, estendia-se sobre uma muralha de braços que o sustentavam. Nestes casos também em volta de cada rogadora expandia-se um halo de silêncio e discrição. A maioria das religiosas, porém sustentava com as mãos um só irmão ou irmã. Nas mãos de uma jovem e frágil monja, quase uma menina, o cardeal Nicolau viu o papa. Percebia-se quanto a carga pesasse sobre ela, mas seu rosto brilhava de felicidade. Sobre as mãos de uma idosa freira estava ele próprio, Nicolau Cusano, bispo de Bressanone e cardeal da Igreja romana. Ele reconheceu claramente a si mesmo com suas rugas e com os defeitos de sua alma e de sua vida. Observava tudo com olhos arregalando-se assustados, mas logo ao susto substituiu-se uma indescritível beatitude. O guia, que estava ao seu lado, murmurou-lhe: "Veja como apesar de seus pecados, são ajudados e suportados os pecadores que não deixaram de amar a Deus!". O cardeal perguntou: "O que acontece então aos que não amam mais?". Repentinamente, sempre acompanhado pelo sua guia, encontrou-se na cripta da igreja, onde rezavam outras milhares de freiras. Enquanto aquelas vistas precedentemente sustentavam as pessoas com suas mãos, estas na cripta as sustentavam com seus corações. Estavam profundamente envolvidas, pois se tratava do destino eterno das almas. "Veja, Eminência", disse o guia: "assim são suportados aqueles que deixaram de amar. Algumas vezes acontece que se aquecem com o calor dos corações que se consomem por eles, mas nem sempre. Às vezes, na hora da morte, passam das mãos daqueles que ainda os querem salvar para as mãos do Juiz divino, com quem devem justificar-se inclusive pelo sacrifício que lhes foi oferecido. Nenhum sacrifício fica sem frutos, mas quem não colhe o fruto que lhe foi oferecido, amadurece o fruto da ruína". O cardeal fitou as mulheres vítimas voluntárias. Ele sempre soubera de sua existência. Nunca, porém havia percebido com tanta clareza o que elas significavam para a Igreja, para o mundo, para os povos e para cada indivíduo; somente agora, confuso, compreendia. Ele curvou-se profundamente perante as mártires do amor.

Hoje a Igreja precisa de santos sacerdotes, se no lugar de julgar o que cabe apenas a Deus, nós com amor profundo, dedicarmos nossas orações e adorações Eucarísticas, pela conversão de nossos pastores? O povo de Deus anda no deserto novamente, como quando Deus nos tirou do Egito, e precisamos de pastores, para nos ajudar a encontrar a terra prometida. A Igreja é formada por cada um de nós, e nós somos corresponsáveis pelo rumo do povo de Deus. Adotemos hoje um sacerdote, esta adoção será feita entre você e Deus, nem sempre o sacerdote por quem estamos rezando saberá disso. Como uma mãe que ama, e entende que seus filhos precisam de ajuda, pois ela conhece suas fraquezas, sejamos hoje as novas mães da Igreja. Como Maria que esteve aos pés do Sumo sacerdote, Jesus Cristo, nos momentos do calvário, estejamos nós em pé rezando a Deus Pai, por nossos novos filhos. As orações preferencialmente devem ser feitas todas as quintas feiras, no dia que Cristo instituiu o sacerdócio, na santa ceia, com adoração Eucarística, recitação e meditação do terço nos mistérios dolorosos. Primeiramente ofereça o santo terço pelo sacerdote adotado, ou pelos sacerdotes que nesta semana irão morrer todos os doentes e moribundos, e principalmente os que se encontram em pecado mortal, pela conversão dos sacerdotes, de preferia se possível, rezado na frente do sacrário, ou de uma Cruz, devidamente abençoada por um sacerdote. Em cada mistério doloroso diga:

"Perdão Senhor eles não sabem o que fazem, eu embora indigna serva, peço por meio da intercessão de Nossa Senhora Rainha da Paz e de São José o fortalecimento de seus amados filhos. Senhor tendes misericórdia de vossos sacerdotes."

Credo

Um Pai Nosso em honra a São José, uma Ave Maria, a Deus Pai que escolheu entre muitos seus sacerdotes, uma a Deus Filho que instituiu o sacerdócio, uma a Deus Espirito Santo que Conduz a Igreja.

  1. A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras. (No primeiro mistério contemplemos todos os sacerdotes que hoje são responsáveis pela agonia do Senhor)
  2. A flagelação de Jesus atado à coluna. (No segundo mistério contemplemos todos os sacerdotes que hoje por não servirem dignamente a vocação flagelam Cristo)
  3. A coroação de espinhos de Jesus. (No terceiro mistério contemplemos todos os sacerdotes que hoje por não amar a Deus sobre todas as coisas, tecem e colocam em Cristo uma coroa de espinhos)
  4. A subida dolorosa do Calvário. (No quarto mistério contemplemos todos os sacerdotes que hoje não ajudam Cristo a carregar a Cruz pela remissão dos pecados)
  5. A Morte de Jesus. (No quinto mistério contemplemos todos os sacerdotes que hoje são responsáveis pela morte de Cristo nos corações dos fieis, pela sua vida, que seus pecados formam os novos cravos, que com palavras vans levam vinagre a boa de Nosso Senhor, que por dinheiro vende o que pertence a Deus, os que se encontram em pecados mortais e ferem o corpo de Cristo, ou seja, a Igreja com uma lança)


    Recitamos no fim a Salve Rainha para que Maria como uma boa mãe, os ajude a retornar ao caminho de Deus.


    Rezemos pelas intenções do Sumo Pontífice, um Pai Nosso uma Ave Maria e um Gloria.

    E a oração de São Miguel, protetor da Igreja.



Pedido do Santo Padre

"Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe!"

"Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe!". Significa que: a messe existe, mas Deus quer servir-se dos homens, a fim de que ela seja levada ao celeiro. Deus tem necessidade de homens. Precisa de pessoas que digam: Sim, estou disposto a tornar-me o teu trabalhador na messe, estou disposto a ajudar a fim de que esta messe que está a amadurecer nos corações dos homens possa verdadeiramente entrar nos celeiros da eternidade e tornar perene comunhão divina de alegria e de amor. "Rogai, portanto, ao Senhor da messe"! Isto quer dizer também: não podemos simplesmente "produzir" vocações, elas devem vir de Deus. Não podemos, como talvez noutras profissões, por meio de uma propaganda bem orientada, mediante, por assim dizer, estratégias adequadas, simplesmente reclutar pessoas. O chamado, partindo do coração de Deus, deve sempre encontrar o caminho até ao coração do homem. E, contudo: exactamente para que chegue aos corações dos homens é necessária também a nossa colaboração. Antes de tudo, rogar ao Senhor da messe significa certamente rezar para isso, despertar o coração e dizer: "fazei por favor! Incentivai os homens! Acendei neles o entusiasmo e a alegria pelo Evangelho! Fazei-lhes entender que este é o tesouro mais precioso do que todos os outros tesouros e que quem o descobriu deve transmiti-lo!"

Sensibilizamos o coração de Deus. Mas o pedir a Deus não se realiza somente mediante palavras de oração; comporta também uma mudança da palavra em acção, a fim de que no nosso coração orante se inflame a centelha da alegria em Deus, da alegria pelo Evangelho, e suscite em outros corações a disponibilidade a dizer um "sim". Como pessoas de oração, repletas da Sua luz, atingimos os outros e, envolvendo-os na nossa oração, fazemo-los entrar na luz da presença de Deus, o qual depois fará a sua parte. Neste sentido, queremos cada vez mais rogar ao Senhor da messe, sensibilizar o seu coração, e com Deus tocar na nossa oração também os corações dos homens, para que Ele, segundo a sua vontade, vos faça amadurecer o "sim", a disponibilidade; a constância, através de todas as confusões do tempo, do calor do dia e do escuro da noite, de perseverar fielmente no serviço, haurindo continuamente dele a consciência de que embora trabalhoso este esforço é bom, é útil, porque conduz ao essencial, para que os homens recebam o que esperam: a luz de Deus e o amor de Deus.


BENTO XVI

Encontro com os Presbíteros e Diáconos – Freising 14 de Setembro de 2006


Oração pelos Sacerdotes: Santa Terezinha do Menino Jesus

Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob proteção, do Vosso Coração Amabilíssimo onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai puros e desapegados dos bens da Terra os seus corações, que foram selados com o caráter sublime do Vosso Glorioso Sacerdócio.

Fazei-nos crer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo. Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Vosso Corpo e sangue, o poder de transformar os corações dos homens. Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna.
Amém!

Oração pelos Sacerdotes:

(Oração indulgenciada por S. Pio X em 03/03/1905)

Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes do Amor infinito.

Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas Misericórdias.

Atuai neles e por eles, e fazei que, revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.

Divino Redentor das almas, vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro; contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios; considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.

Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes. Revivei neles; atuai por eles, e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano.

Amém.

Do livro «O Sagrado Coração e o Sacerdócio», de Madre Luísa Margarida Claret de La Touche.


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