terça-feira, 20 de setembro de 2011

COMO RECONCILIAR-SE COM DEUS - LITURGIA DIÁRIA , 20 DE SETEMBRO DE 2011

COMO RECONCILIAR-SE COM DEUS
Pelo Sacramento da Reconciliação. Antes de voltar ao Pai, tendo-nos amado até ao extremo, a nós que éramos Seus e estávamos no mundo, o Senhor deixou-nos dois presentes maravilhosos: O Sacramento do Amor [a Eucaristia], e o Sacramento da Paz [a Confissão, ou Reconciliação]



Um é alimento, outro é remédio; embora ambos alimentem e ambos curem. A Confissão, ou sacramento da Reconciliação, é a fonte maravilhosa da Paz, e o remédio para todos os males. Porque, na realidade, só existe um mal, o pecado. Como só existe, depois do Baptismo, um só remédio para esse mal: O arrependimento sincero, seguido duma Confissão bem feita. Este Sacramento não é só a fonte maravilhosa da Paz, mas ele é também a fonte da Divina Misericórdia, como o Senhor revelou à Sua serva Santa Faustina, n.ºs 1448 e 1602 do seu Diário: «Escreve, filha, fala da minha Misericórdia. Diz às almas onde devem procurar consolo, isto é, no tribunal da Misericórdia, onde continuo a realizar os Meus maiores prodígios, que se renovam sem cessar. Para obtê-los, não é necessário empreender longas peregrinações, nem realizar exteriormente grandes cerimónias; basta aproximar-se com Fé dos pés do Meu representante e confessar-lhe a própria miséria. O milagre da Misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para uma vida plena. Ó infelizes, que não aproveitais esse milagre da Misericórdia de Deus! Clamareis em vão, pois já será tarde demais! «Filha, quando te aproximas da santa Confissão, dessa fonte da minha Misericórdia, sempre desce na tua alma o meu Sangue e a água que saíram do meu Coração, enobrecendo a tua alma. Cada vez que te aproximares da santa Confissão, mergulha-te toda na minha Misericórdia com grande confiança, para que ela possa derramar na tua alma a abundância da minha Graça. Quando te aproximas da santa Confissão, deves saber que sou Eu mesmo quem espera por ti no Confessionário; oculto-me apenas no Sacerdote, mas Eu mesmo actuo na alma. «Aí, a miséria da alma encontra-se com o Deus da Misericórdia. Diz às almas que, dessa fonte de Misericórdia, as graças são colhidas apenas com os vasos da confiança. Se a confiança delas for grande, a minha Generosidade não terá limites. As torrentes da minha Graça inundam as almas humildes. Os orgulhosos sempre estão na pobreza e na miséria, porquanto a minha Graça se afasta deles para as almas humildes». E Santa Faustina continua no seu Diário: "Quero recomendar três coisas à alma que deseja decididamente buscar a santidade e dar fruto, ou seja, tirar proveito da Confissão. Em primeiro lugar: Total sinceridade e franqueza. O mais sábio e o mais santo confessor não consegue derramar na alma, à força, aquilo que deseja, se a alma não for sincera e franca. A alma insincera e reticente expõe-se a grandes perigos na vida espiritual, e o próprio Senhor não se comunica a essa alma num nível mais elevado, porque sabe que ela não tiraria proveito dessas graças especiais. "Em segundo lugar: Humildade. A alma não tira o devido proveito do Sacramento da Confissão se não for humilde. O orgulho mantém a alma nas trevas. Ela não sabe e não quer penetrar devidamente no fundo da sua miséria; esconde-se atrás duma máscara, evitando tudo o que a pode curar. "Em terceiro lugar: Obediência. A alma desobediente não terá nenhuma vitória, ainda que o próprio Nosso Senhor a ouvisse directamente em Confissão. O mais experiente confessor em nada poderá ajudar a uma alma de tal maneira. A alma desobediente expõe-se a grandes desgraças, não podendo progredir na perfeição, nem na vida espiritual. Deus cumula generosamente de graças a alma, mas só se ela for obediente". A Confissão é um sacramento de Misericórdia, mas é necessário que nos aproximemos dele com muita confiança e serenidade. Quanto maior for a nossa confiança, maior será a nossa alegria e a nossa paz. Há, porém, um defeito que pode comprometer tudo isso, transformando o que seria uma fonte de paz num verdadeiro tormento: É o escrúpulo. Há quem olhe o escrúpulo como uma virtude e o confunde com a delicadeza de consciência. O sábio e piedoso Gerson diz que uma consciência escrupulosa prejudica muitas vezes a nossa alma, ainda mais do que uma consciência elástica e relaxada. O escrúpulo exagerado falseia o julgamento, perturba a paz da alma, gera a desconfiança e o afastamento da vida sacramental, alterando a saúde da alma e do corpo. Quantos infelizes começaram pelo escrúpulo e terminaram pela demência! E quantos outros, mais infelizes ainda, começaram pelo escrúpulo e acabaram pela libertinagem e pela impiedade! Foge, pois, desse temível veneno impiedoso, dizendo com S. José Cupertino: «Para trás as tristezas e os escrúpulos; não quero saber deles em minha casa». O escrúpulo exagerado é um temor infundado de haver pecado. Mas o escrupuloso não julga serem simples escrúpulos as suas dúvidas e temores: Ele não se atormentaria, se pudesse qualificá-los como tais. Ele deveria, no entanto, dar crédito ao seu Director espiritual, quando este lhe dá normas para seguir. O escrupuloso só vê em suas acções uma série ininterrupta de pecados; só vê em Deus vingança e cólera. Portanto, que ele se habitue a considerar, sobretudo no Divino Mestre, o atributo que Lhe é mais caro: a Misericórdia. E que faça disto o assunto habitual dos seus pensamentos, das suas meditações e dos seus afectos. É preciso fazer tudo por amor, nada constrangido; é preciso amar mais a obediência do que temer a desobediência. O único remédio para os escrupulosos é uma obediência total e corajosa. É um orgulho secreto, diz S. Francisco de Sales, que nutre e sustenta os escrúpulos; porque o escrupuloso se aferra ao seu juízo e à sua inquietude, apesar dos avisos em contrário do seu Director espiritual. Ele persuade-se sempre, para dissimular a sua desobediência, que sobreveio um caso novo e imprevisto, para o qual seriam inúteis esses avisos. Obedeça, portanto, sem fazer outro raciocínio senão este: "Devo obedecer", e assim será livre dessa terrível enfermidade. A tristeza e a inquietude dos filhos de Deus é uma grande injúria que fazem ao seu Pai Celeste, parecendo dizer com isso que acham pouca doçura em servir a um Senhor tão cheio de Amor e Misericórdia; parecendo querer desmentir as palavras d'Aquele que disse: «Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei!»; comparando-se ao bom lavrador que escolhe para os seus bois "um jugo que lhes seja suave e um fardo leve". "Ai da alma mesquinha e árida que tudo teme, e que, à força de temer, acaba por não ter tempo de amar e correr generosamente! Ó meu Deus, sei que quereis um coração vasto, quando este coração Vos ama. Agirei com confiança, como uma criancinha que brinca nos braços da sua mãe; regozijar-me-ei no Senhor e procurarei alegrar também os outros, expandindo o meu coração sem temor.....Longe de mim, ó meu Deus, essa sabedoria triste e temerosa que paralisa, e que traz sempre nas mãos a balança para pesar átomos.....Não agir com mais simplicidade Convosco, é injuriar-Vos; semelhante rigor é indigno das Vossas entranhas de Pai" (Fenelon). E acabam entregando-se realmente ao mal, porque não têm a simplicidade de acreditar ser possível a Nosso Senhor a vitória de que se sentem incapazes. Que eles se aproximem desse Jesus tão bom, que nos prometeu, junto de Si, "o repouso para as nossas almas"


LITURGIA DO DIA 20 DE SETEMBRO DE 2011

PRIMEIRA LEITURA : Esdras 6, 7-8.12.14-20



SANTOS ANDRÉ E PAULO MÁRTIRES - (vermelho, pref.comum ou dos mártires - ofício da memória) - Leitura do livro de Esdras - Naqueles dias, 7Deixai continuar os trabalhos da casa de Deus; que o governador dos judeus e seus anciãos reconstruam-na no seu lugar. 8Também ordeno como é que se deve proceder com aqueles anciãos dos judeus, tendo em vista a reconstrução da mencionada casa de Deus: das receitas reais provenientes dos impostos de além-rio, a despesa será fielmente paga a esses homens, a fim de que a obra não sofra interrupção. 12O Deus que fez habitar ali o seu nome destrua todo rei, todo povo que ousar fazer qualquer coisa para mudar este decreto e destruir essa casa de Deus que está em Jerusalém! Eu, Dario, dei esta ordem: seja ela pontualmente executada. 14Os anciãos dos judeus puseram-se a construir o templo e fizeram progresso, sustentados pelas profecias de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ado. Prosseguiram a construção, segundo a ordem do Deus de Israel, e segundo a ordem de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, rei da Pérsia. 15Terminou-se o edifício no terceiro dia do mês de Adar no sexto ano do reinado de Dario. 16Os israelitas, os sacerdotes, os levitas e os demais repatriados celebraram com júbilo a dedicação dessa casa de Deus. 17Ofereceram, por ocasião dessa dedicação, cem touros, duzentos carneiros, mil e quatrocentos cordeiros e doze bodes como vítimas pelos pecados de todo Israel, segundo o número das tribos de Israel. 18Estabeleceram os sacerdotes segundo as suas classes, e os levitas segundo suas divisões, para celebrar o culto de Deus em Jerusalém, de conformidade com as prescrições do livro de Moisés. 19Os repatriados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês. 20Os sacerdotes e os levitas, sem exceção, tinham-se purificado; todos estavam puros. Imolaram a Páscoa por todos os repatriados, pelos seus irmãos, os sacerdotes, e por si mesmos. - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (SALMO 121)



REFRÃO: Que alegria quando me disseram: / "Vamos a casa do Senhor!"
1. Cântico das peregrinações. De Davi. Que alegria quando me vieram dizer: Vamos subir à casa do Senhor... Eis que nossos pés se estacam diante de tuas portas, ó Jerusalém! - R.
2. Jerusalém, cidade tão bem edificada, que forma um tão belo conjunto! Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo a lei de Israel, para celebrar o nome do Senhor. - R.
3. Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo a lei de Israel, para celebrar o nome do Senhor. Lá se acham os tronos de justiça, os assentos da casa de Davi. - R.


EVANGELHO : Lucas 8, 19-21


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 19A mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão. 20Foi-lhe avisado: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te. 21Ele lhes disse: Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 03/07/1986 - Hoje Eu os convido, a todos, à oração. Sem a oração, queridos filhos, vocês não podem sentir nem a Deus, nem a Mim, nem a graça que Ihes dou. Por isso, convido-os a agir de tal forma que, no início e no término de seu dia, esteja sempre a oração. Queridos fiIhos, desejo guiá-los, dia após dia, o mais possível, para a oração. Se vocês não crescem é porque não o desejam. Convido-os, queridos fílhos, a providenciar para que, em primeiro Iugar esteja sempre a oração - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


Note bem que eu disse "Confissão bem feita", isto é, com boas disposições do penitente e total sinceridade. E uma das formas mais frequentes de "confissão mal feita" é calar determinado pecado na confissão, por vergonha ou por medo. Conta-se que S. Filipe Néri tinha uma grande amizade por determinado garoto. Aconteceu que esse garoto adoeceu gravemente, e o Santo teve a revelação da sua morte próxima. Pediu então à família que o chamasse, quando estivesse próximo da morte, pois queria prepará-lo bem para o último combate. Agravando-se o estado do menino, o pai mandou avisar a S. Filipe. O Santo não foi encontrado naquele momento, e o recado ficou com um dos padres da sua Congregação. Entrementes, o menino faleceu. Quando o Santo recebeu o recado e correu à casa do garoto, já o encontrou cadáver. S. Filipe ajoelhou-se ao pé da cama, orou fervorosamente durante um certo tempo; depois, aspergiu com água benta o corpo do menino e colocou algumas gotas da água na sua boca. Colocou-lhe a mão no rosto, e chamou-o pelo nome, com voz forte. O garoto mexeu-se na cama, como se estivesse acordando dum profundo sono, abre os olhos, e vendo S. Filipe, exclama: "Padre! Que bom que o senhor veio! Tenho um pecado e quero confessar-me". S. Filipe pede que se esvazie o quarto, pega num Crucifixo e ouve a confissão do menino. Chama em seguida toda a família e põe-se a conversar com o ressuscitado sobre o Céu e a felicidade dos eleitos. E a conversa prolonga-se por mais meia hora, como nos bons tempos de saúde do menino. Finalmente, o Santo pergunta-lhe se queria ir para o Céu. "Mas é claro, Padre!" -- responde o menino. E S. Filipe diz-lhe: "Vai em paz, meu filho, e roga por mim!" O menino fecha suavemente os olhos e torna a morrer. O quarto do garoto converteu-se em capela, e até hoje é visitado com veneração por muita gente
A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO ANDRÉ KIM , E COMPANHEIROS MÁRTIRES - Tornamos célebre neste dia o testemunho dos 103 mártires coreanos que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em maio de 1984. Tudo começou no Século XVII, com o interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o livro do missionário Mateus Ricci com o título "O verdadeiro sentido de Deus", tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na busca das riquezas de Jesus Cristo. Yi Sung-Hun dirigiu-se ao Bispo de Pequim que o catequizou e batizou, entrando por aí a Boa Nova na Coréia, ou seja, por meio de um jovem e ousado leigo cristão que, com amigos, fundaram uma primeira comunidade cristã. Com a eficácia do Espírito, começaram a evangelizar de aldeia em aldeia ao ponto de somarem, em dez anos, dez mil testemunhas da presença do Ressuscitado. Várias vezes solicitaram do Bispo de Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, era de difícil acesso e o Papa sofria com a prepotência de Napoleão, resultado: somente a Igreja pôde socorrer aos cristãos coreanos, trinta anos depois, quando os cristãos coreanos tinham sido martirizados aos milhares, juntamente com os 103 mártires, dentre estes: André Kim, o primeiro padre coreano morto em 1845; dez clérigos e 92 leigos. Alguns testemunhos ficaram gravados, e dentre tantos: "Dado que o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o Senhor de toda a criação, como podeis pedir-me para o trair? Se neste mundo aquele que trair o pai ou a mãe não é perdoado, com maior razão, não posso nunca, trair aquele que é o Pai de todos nós!" (Teresa Kwon). Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja da própria pátria. Na data da canonização, bicentenária do início da evangelização da Coréia, esta nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 Dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano: "O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!" Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!











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